Tania Pacheco, com informações de Mônica Lima
Enquanto se espera uma decisão quanto ao recurso de agravo de instrumento impetrado hoje pelo Defensor Público da União Daniel Macedo junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), uma notícia acalmou um pouco a angústia da Aldeia Maracanã: segundo o juiz da 8ª Vara Federal, Renato Cesar Pessanha, o prazo para a expulsão só começou a ser contado a partir de hoje, segunda-feira, primeiro dia útil após a decisão da justiça.
A solidariedade aos indígenas aumenta a cada instante, na Aldeia, onde são esperados também representantes da Comissão e da Secretaria de Direitos Humanos, que se comprometeram a fazer uma reunião com a comunidade, às 20 horas. Daniel Macedo também estará presente , esperando-se que traga novidades. Há, entretanto, uma tensão provocada por informes que dão conta de que o desembargador que deverá julgar o agravo é conhecido por decisões pouco simpáticas à defesa dos direitos humanos.
Paralelamente, esta manhã, uma reunião que deveria ter sido realizada com representantes de comunidades tradicionais de diferentes municípios do estado foi esvaziada por um motivo “curioso”: as viaturas que deveriam buscar os participantes foram deslocadas pelo governo do estado para “outras tarefas”, que ninguém sabe quais foram. As pessoas das comunidades, algumas das quais deveriam ter sido buscadas já de madrugada, para poderem chegar a tempo, ficaram esperando em vão seus transportes. E o encontro, evidentemente, não aconteceu!