Reconhecidos por uma mulher que também foi baleada, mas sobreviveu, eles podem ser demitidos
Daniela Garcia
Policiais militares suspeitos de atirar contra duas moradoras de rua e de matar uma delas estão presos provisoriamente. A informação é da Corregedoria da PM de Minas Gerais. Segundo o coronel Heberth Fernandes, os dois cabos lotados na 125ª Companhia do 22º Batalhão foram encaminhados para uma unidade prisional da corporação na sexta-feira (4). A identidade deles não foi revelada.
Na noite da última quarta-feira (2), Lucinéia Lopes da Silva, de 40 anos, foi morta com um tiro no olho e a outra moradora de rua, E.M.R., 19 anos, foi baleada na mão e continua no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII com escolta policial.
Segundo o boletim de ocorrência, um dos suspeitos desceu de uma viatura e atirou contra as mulheres em um posto de combustível desativado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul da Capital.
Como o patrulhamento da região não é de responsabilidade da 125ª Companhia, os PMs disseram à corregedoria que estavam no posto para resolver problemas pessoais, durante o horário de trabalho. Mas negaram a autoria do assassinato e da tentativa de homicídio.
A corregedoria teria dado início à investigação sobre as circunstâncias do crime no mesmo dia. “A sobrevivente fez reconhecimento fotográfico dos militares”, afirma o coronel Heberth. Como falta pegar o relato de outra testemunha, os suspeitos foram presos temporariamente para não atrapalhar a apuração do episódio.
As armas e os coletes à prova de bala dos dois policiais foram recolhidos. “Houve dois disparos contra cada vítima. Só o exame da balística poderá comprovar se os tiros partiram das armas dos policiais”, diz o coronel.
Se forem considerados culpados, os cabos podem ser demitidos da corporação, segundo o corregedor. Após a prisão por 30 dias, os militares ficam sujeitos a sofrer processo na Justiça comum.
O caso também será apurado pela equipe da delegada Elenice Cristine, da Homicídios Sul. Uma das linhas de investigação relaciona o crime a uma vingança.
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Enviada por José Carlos.