Reflexão interna, partilha de experiências, fortalecimento das equipes e retorno às raízes. Estes foram alguns dos pontos vivenciados durante o encontro de formação de agentes da Campanha da Comissão Pastoral de Terra (CPT) de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Araguaína (TO).
Por Rafael Oliveira, da CPT Araguaína
Organizado a cada três meses, o último encontro deste ano reuniu agentes pastorais de 10 estados atuantes na Campanha – BA, GO, MA, MG, MT, PA, PI, RJ, RO e TO. Comemora-se o fato de muitos rostos novos terem sido notados na reunião, o que reflete a mescla harmônica entre renovação e experiência da equipe.
Neste encontro, em especial, os agentes foram convidados a reavaliar suas atividades realizadas durante todo o ano. Esse “olhar para dentro” proporcionou perceber as mudanças necessárias para, principalmente, cumprir a missão de executar o trabalho de base junto às famílias vulneráveis ao aliciamento ao trabalho escravo.
A partir da constatação da necessidade de manter o foco nos trabalhadores em situação de risco, o grupo sentiu-se chamado, também, a retornar às próprias raízes e comungar da caminhada com aquele que, em 1971, fez a primeira denúncia pública da existência de trabalho escravo no Brasil: Dom Pedro Casaldáliga.
Dessa forma, a primeira reunião de 2015 será realizado em abril, em São Félix do Araguaia (MT), onde Dom Pedro Casaldáliga é bispo emérito. A escolha do local vai de encontro com o início da execução do plano de formação dos agentes da Campanha, já que a primeira etapa de estudos abordará a missão, mística e espiritualidade da CPT.
Na caminhada, a equipe renova sua missão e reafirma os compromissos na luta pela erradicação do Trabalho Escravo contemporâneo tão presente no nosso país. É na face do povo que se ergue disposto a lutar que alimentamos nossa esperança, e de onde partem nossas ações.