Após 10 dias de ocupação e nove dias de greve de fome, a Superintendência do Incra no Maranhão continua com o descaso e desrespeito aos quilombolas, indígenas e camponeses.
Eu apoio a luta dos acampados no Incra-Ma
Durante toda esta quarta-feira, 17, após exaustivas tentativas de negociações do movimento, o Incra discutiu com os quilombolas, indígenas e camponeses a pauta reivindicada se comprometendo a firmar o compromisso de nesta quinta-feira, dia 18, às 9 horas, na sede do órgão ocupada. Porém, às 13 horas não houve qualquer pronunciamento do superintendente do Incra-MA, Jowberth Frank Alves da Silva, tampouco explicações ou justificativas sobre a ausência.
Enquanto o Incra, impelido por questões burocráticas e políticas, adia a tomada de decisões, cinco mulheres e três homens de várias comunidades quilombolas e indígenas continuam em greve de fome. Em suas comunidades, as ameaças e ações violentas continuam sendo praticadas. Há dois dias um camponês do território Alegria, município de Timbiras, sofreu tentativa de homicídio.
Alimentadas pelo toque dos tambores e maracás e pela força dos Encantados, as comunidades estão determinadas a continuar a luta até alcançar a titulação de seus territórios, o fim das ameaças dos fazendeiros e a concretização de seus direitos.
“Não temos fome de pão, temos fome de justiça e do direito de existir”.
Naildo Braga, da comunidade de Pau Pombo – Santa Helena, em greve de fome.
São Luís – MA, 18 de junho de 2015
Acampamento Bem Viver
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Imagem: Reprodução da página do Facebook “Eu apoio a luta dos acampados no Incra-Ma”
Enviada para Combate Racismo Ambiental por Claudio Castro.