Nesses últimos dias aconteceram reuniões com várias entidades, Movimento Quilombola e Indígena do Maranhão sobre a ocupação no auditório do INCRA Maranhão. Hoje (15/06) é o sexto dia de greve de fome de 8 quilombolas e indígenas que chegaram a tal ato extremo para exigir do INCRA e do governo federal e estadual a resolução da posse das terras que é um direito dessas populações.
Apesar de os dados mais recentes da CPT sobre conflitos do campo no Maranhão não terem sido fechados (ou seja, mesmo defasados), pelo quarto ano consecutivo o Maranhão é o estado com o maior número absoluto de conflitos, ameaças de mortes e assassinatos no campo brasileiro, com o maior déficit habitacional proporcional do país (aproximadamente 1/3 dos maranhenses sem moradia própria) e com quase 350 processos abertos para titulação de terras quilombolas (quase 30% dos processos do país), num total de quase de 900 comunidades quilombolas autodeclaradas em terras maranhenses.
Até hoje nenhuma dessas comunidades quilombolas foi titulada pelo INCRA. O povo indígena Gamela luta para ser reconhecido oficialmente como tal, mas a morosidade dos órgãos federais responsáveis por esse processo é funcional aos interesses do agronegócio. Tais índices nos revelam que a questão agrária no Maranhão é um problema nacional mais que urgente.
Sejam solidários com essa causa justa. Divulguem a luta dessas comunidades que agora ocupam a Superintendência Estadual do INCRA, em São Luís, sob risco de algumas pessoas perderem a vida por conta de uma greve de fome coletiva, uma tomada de decisão extrema para que possam ter seus direitos básicos atendidos. Estamos nas ruas e nas redes sociais para denunciar a inoperância do governo estadual e federal pelo descumprimento continuado da Constituição Federal.
Ajude-nos divulgando esta mensagem e assinando a petição a Dilma Rousseff, Maria Lúcia Falcón e Patrus Ananias, AQUI.
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Informações enviadas por Anita Penha.