Federação de Apicultores do Pará e Emater realizam congresso nacional em Belém e alertam para o sumiço das abelhas

Apicultura em Itaituba nos sistemas agroflorestais trazendo mais 'segurança alimentar'                                                                 Foto: Vânia Carvalho
Apicultura em Itaituba nos sistemas agroflorestais trazendo mais ‘segurança alimentar’ Foto: Vânia Carvalho

Iolanda Lopes – Portal de Agroecologia da Amazônia

Técnicos, agricultores, pesquisadores do Pará, do Brasil e de outros 13 países se reúnem desta quarta-feira, 5 de novembro, até o sábado, 8, no 20º Congresso Brasileiro de Apicultura (Conbrapi). O evento, que vai congregar conferências, simpósios, minicursos, clínicas tecnológicas, rodadas de negócios e visitas técnicas, será realizado no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia. 

O congresso, que acontece pela primeira vez na Amazônia, tem realização da Federação de Apicultores do Pará (Fapic) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). O Conbrapi, que vai discutir apicultura, meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) e polinizadores silvestres, envolve as mais diversas discussões de naturezas técnica, científica, profissional, social, econômica, ambiental e de políticas públicas voltadas para os setores e áreas afins. 

Para as discussões técnicas, três mil participantes estão sendo esperados. O Congresso é o principal fórum de divulgação, discussão e consolidação do conhecimento e negócios dos setores no Brasil. Os eixos principais de discussão são sustentabilidade, tecnologia e mercado. Segundo o engenheiro agrônomo Gerson de Morais, presidente da Fapic, a atividade apícola tem retorno e mercado garantido. “Queremos demonstrar que o lucro chega a ser de 100%. Para as discussões teremos aqui os melhores especialistas do País”, afirma o agrônomo. 

A apicultura preserva os ecossistemas e contribui para a perpetuação das espécies vegetais, por meio da polinização.Um dos centros de discussão será o fenômeno do desaparecimento das abelhas, que vem ocorrendo no mundo. A situação preocupa, uma vez que a produção de alimentos está relacionada com a existência das abelhas.Segundo dados da Emater, que acompanha apicultores e meliponicultores por meio do Programa Nacional de Apicultura e Meliponicultura (Pngeo), o desaparecimento de abelhas já chega a 15% no Pará.

“Estamos incentivando os apicultores a compensar esse desaparecimento através da criação de mais abelhas e a produção de mel, por meio de projetos técnicos, que está sendo comercializada para o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar“, diz o técnico da Emater, Wanderley Ribas.

No ano passado, o Pará produziu mais de 300 toneladas de mel, sendo que 150 destas foram introduzidas na merenda escolar.

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