Dourados registra 23 assassinatos contra indígenas este ano

dourados31Dourados Agora

A cidade de Dourados registrou este ano 23 assassina-tos contra indígenas e 107 casos de agressão. Os números são do Conselho Distrital de Saúde Indígena com base nos atendimentos dos postos de Saúde na Reserva. De acordo com o coordenador da entidade, o indígena Fernando de Souza, os números são preocupantes porque já se aproximam do total de casos do ano passado (36).

Em relação aos números de agressão, a aldeia Jaguapiru registrou 60 casos, já a Bororó 42. São notificações classificadas como “causas externas” divididas entre situações de suicídio, estupros e espancamentos.

De acordo com Fernando, hoje a aldeia passa por situação de crise. Segundo ele, em 100% dos casos, os envolvidos são de famílias desestruturadas. Este fatos também influencia no uso de drogas e a bebida alcoólica.

“Nossos indígenas hoje enfrentam diariamente o confinamento de dividirem espaço de 3,6 hectares com 13 mil indígenas. A violência está em todos os lugares e pouco se faz para mudar esta realidade. Falta expectativa de vida dos nossos jovens e cair no mundo do crime é uma das alternativas mais fáceis infelizmente”, lamenta. (mais…)

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Vergonha: Em revide contra declaração de Dilma de acatar desejo da sociedade por Plebiscito da Reforma Política, Câmara aprova projeto que cancela a Política Nacional de Participação Social

O Plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira o projeto (PDC 1491/14) que anula o decreto presidencial que criou a Política Nacional de Participação Social, com diversas instâncias para que a sociedade influencie as políticas públicas. Foram necessárias duas horas e meia para vencer a obstrução do PT, PCdoB e Psol, que tentaram impedir a votação.

A oposição – apoiada pelo PMDB, pelo PSD e outros partidos da base – critica o decreto por considerar que ele invade prerrogativas do Congresso Nacional e pode significar uma tentativa de aparelhamento do Estado, já que toda a participação será coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência.

O governo, por outro lado, afirma que o decreto tem como objetivo ampliar o diálogo do Executivo com os movimentos sociais.

Após a votação, a sessão do Plenário foi encerrada.

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Gilberto Carvalho diz que Dilma tem que acelerar demarcações indígenas

Constituição Demarcação JáA declaração de Gilberto Carvalho vai ao encontro da Carta Aberta divulgada pela própria Dilma Rousseff dois dias antes de sua reeleição

Agência da Notícia

Para o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, bastante conhecido na região do Norte Araguaia por ser o principal pivô da desintrusão da fazenda Suiá Missú, dando lugar a Terra Indígena Marãiwatsédé, o novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem que acelerar as demarcações indígenas.

Ele admitiu que o seu partido, o PT, cometeu erros nos últimos anos e disse que a legenda está fazenda uma autocrítica, “nós temos um projeto vitorioso que acaba de ser confirmado por milhões de votos. O que eu chamo de autocrítica são alguns elementos como a questão do diálogo com movimentos sociais, com a sociedade, que nós temos que aprimorar. O atendimento à demanda dos excluídos que nós temos que acelerar, eu cito a questão dos indígenas que nós temos que acelerar essa reforma agrária, entre outras coisas”, disse ele.

Carvalho é o centro do indigenismo do Governo Dilma Rousseff. O ministro, que é responsável pelo contato com os movimentos sociais, trouxe para o Governo o indigenista Paulo Maldos e sua ex-mulher, a antropóloga Marta Azevedo, que ocupou a presidência da Funai de 2012 a junho de 2013. Gilberto Carvalho e Paulo Maldos coordenaram pessoalmente as duas operações de limpeza étnica levadas a cabo pelo Governo no Mato Grosso e Maranhão.

A declaração de Gilberto Carvalho vai ao encontro da Carta Aberta divulgada pela própria Dilma Rousseff dois dias antes de sua reeleição. Na carta, Dilma se compromete a engavetar a PEC 215, fortalecer a Funai e implementar a Convenção 169 da OIT. No texto, a presidente também exalta as duas operações de limpeza étnica feitas pelo Governo sob a coordenação de Gilberto Carvalho.

O Norte Araguaia com o aceleramento de demarcações seria o principal atingido, em Santa Cruz do Xingu, por exemplo, está em estudo um projeto de ampliação de RESERVA indígena.

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Na defesa de uma educação que valorize saberes tradicionais, encontro reúne professores indígenas

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Luana Luizy- Assessoria de Comunicação (Cimi)

Na defesa de uma educação que valorize saberes tradicionais e contemple as especificidades de cada etnia, mais de 30 povos se reúnem esta semana em Luziânia (GO), no 2° Encontro Nacional de Professores Indígenas.

A afirmação da identidade étnica e cultural, o respeito à memória histórica e a consideração dos projetos societários definidos de forma autônoma por cada povo são pautas reivindicadas por cerca de 100 indígenas presentes no evento que vai até o dia 31 de outubro.

“A gente enfrenta muitos problemas na área de educação e já escutamos tantas recusas, temos direito a especificidade, mas quando buscamos melhorias escutamos não. Onde está meu direito de ser específico? Da minha comunidade ter a sua forma de ser respeitada? O governo só quer nosso atraso”, protesta Flaubert Guajajara. (mais…)

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No Mato Grosso do Sul, povos indígenas se unificam em defesa da TI Guyraroká e de suas retomadas

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Matias Benno, Cimi regional MS

Guyraroká traduzido para o português significa algo como “O Terreiro dos Pássaros” e segundo os indígenas Guarani-Kaiowá, era neste local que milhares de tipos de aves repousavam de suas migrações voluntárias colorindo as manhãs e os poentes com todos os tipos de cores e formas. Assim como os filhos da terra, com os desmatamentos e ocupações recentes – feitos pelos Karai (não indígenas) – do território localizado nas imediações de Dourados, os passarinhos deixaram o local em fuga tendo que iniciar uma dolorosa onda de migrações forçadas.

Na manhã da última quinta-feira, dia 23, após muitas curvas terem sido viradas pela história, indígenas das etnias Guarani, Kaiowá, Terena e Kinikinau, vindos dos quatro cantos do estado do Mato Grosso do Sul, reuniram-se no solo sagrado da aldeia de Guyraroká para a realização do Conselho da Grande Aty Guasu. (Leia aqui a carta do encontro) (mais…)

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UPPs, especulação imobiliária e desigualdade

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Valorização da terra, nas favelas “pacificadas” do Rio, atrai cobiça da Zona Sul e expulsa antigos moradores. Há saídas? 

Por Gabriel Bayarri – Outras Palavras

Poucos problemas no mundo são mais polêmicos e complexos que os que tratam a questão do uso da terra e a legalização de seu uso. Muitas religiões têm normas sobre a terra e a herança, a maioria das comunidades tem tradições culturais profundamente arraigadas e cada governo enfrenta o desafio da gestão da terra de forma diferente, com amplo conjunto de leis e diferentes níveis de vontade política.

Em muitos países as regras não favorecem as mulheres que possuem terras, por razões que vão desde a pobreza até os costumes. Nos países “ricos”, os registros da propriedade abarcam a maior parte do território e em geral estão bem guardados. Porém, poucos países em vias de desenvolvimento têm mais do 30% de suas terras cadastradas (1). E com frequência os arquivos da propriedade estão vinculados à classe média comercial. (mais…)

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Preconceito contra nordestinos foi alimentado pela loucura de colunistas, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Tão deprimente quanto as manifestações violentamente preconceituosas contra nordestinos após o resultado da eleição presidencial é identificar em muitos dos tuítes e posts raivosos o DNA da intolerância de alguns colunistas e jornalistas.

Não se enganem, colegas. Esses crimes virtuais cometidos por zumbis incapazes de enxergar no outro um ser humano detentor do mesmo direito à dignidade foram alimentados por argumentos construídos e divulgados, ao longo do tempo, por pessoas que não se preocuparam com o resultado negativo de seus discursos. Mas, autoproclamando-se arautos da decência, sabem que são norte intelectual para muita gente.

Liberdade de expressão não é um direito fundamental absoluto. Não há direitos fundamentais absolutos. Pois a partir do momento em que alguém abusa de sua liberdade de expressão, indo além de expor a sua opinião, espalhando o ódio e incitando à violência, isso pode trazer consequências mais graves à vida de outras pessoas. (mais…)

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Movimentos sociais prometem intensificar cobranças sobre governo e Parlamento

Organizações sociais prometem intensificar a vigilância e a pressão sobre a presidenta reeleita Dilma Rousseff, sobre governadores e parlamentares (Marcello Camargo/Agência Brasil)Marcelo Camargo/Agência Brasil
Organizações sociais prometem intensificar a vigilância e a pressão sobre a presidenta reeleita Dilma Rousseff, sobre governadores e parlamentares (Marcello Camargo/Agência Brasil)

Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

Centro do debate nesses primeiros dias após a divulgação do resultado das eleições, a economia não será o único desafio a tirar o sossego dos governantes que assumirem em 1º de janeiro. Independentemente do apoio dado durante o pleito, organizações sociais prometem intensificar a vigilância e a pressão sobre a presidenta reeleita Dilma Rousseff, sobre governadores e parlamentares para ver atendidas suas reivindicações e impedir o que classificam de “retrocessos em direitos sociais”.

“Vemos os próximos anos como de muitos riscos para os direitos das mulheres e para tudo o que conquistamos com muita luta nos últimos 30 anos. Nossa expectativa é de resistência”, disse à Agência Brasil a diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Guacira Oliveira. A preocupação do movimento femininista diz respeito não só à diminuição do número de mulheres eleitas para o Congresso Nacional e para chefiar os executivos estaduais, mas, principalmente, com a nova composição do Parlamento, classificado pelo Cfemea como uma legislatura mais “reacionária, conservadora, anti-igualitária e fundamentalista”. (mais…)

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Mineradora realiza campanha para retomar atividades contra a vontade de comunidades peruanas

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Adital

A comunidade camponesa de Segunda e Cajas, em Huancabamba (Departamento de Piura), no noroeste do Peru, vem sendo alvo de ações da empresa mineradora Río Blanco, como campanhas escolares e entrevistas de percepção com dirigentes e ex-dirigentes locais sobre os impactos ambientais da mineração no região. Tais iniciativas estão sendo entendidas pela comunidade como uma possível retomada das atividades da companhia.

O projeto minerador Río Blanco, da empresa Río Blanco Copper S.A. (antes denominada Majaz S.A), subsidiária da empresa chinesa Zijin Tongguan, dispõe da concessão sobre os territórios das comunidades de Segunda e Cajas (Huancabamba) e de Yanta (Ayabaca). Em 2007, o projeto passou por Consulta Popular, na qual 30 mil moradores de Ayabaca, Pacaipampa e Carmen de la Frontera puderam se manifestar a favor ou contra. Como resultado, o projeto foi rejeitado por 97% da população, que defenderam um modelo de desenvolvimento baseado na agricultura. (mais…)

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