[EcoDebate] Homens como Paulo Francis, Gustavo Corção e outros da direita eram rançosos como os atuais, com a diferença que eram eruditos e inteligentes. Geralmente lidavam com argumentos elaborados para defender a causa dos poderosos. Nelson Rodrigues, então, era um luxo, talento reconhecido até pela esquerda mais esclarecida.
A atual direita que frequenta jornais importantes desse país continua rancorosa, mas sem o charme da erudição e da inteligência. Uma direita panfletária e medíocre. Nem por razão de ofício a gente se sente desafiado a ler seus articulistas. Só há uma novidade: além de homens de direita, hoje temos também mulheres. Não é pretensão discutir aqui o que seja direita ou esquerda no mundo de hoje, nem de suas alianças em momentos eleitorais.
A direita brasileira não tem nada a oferecer ao nosso povo. Tanto é que não conseguem eleger sequer o representante do bairro, quanto mais o presidente da República. A última eleição que ganhou foi com Fernando Henrique. Nota-se nessa campanha, além da opção explícita pelos tucanos, um certo desespero de quem já não controla mais a opinião e o voto popular.
As ofensas à Dilma no jogo de abertura da copa não surpreendem. Há um lastro fascista na elite branca que hoje se revela deslavadamente na internet e num momento como esse. O pior é que pessoas como Fernando Henrique e Aécio de alguma forma concordaram com as ofensas. Agora, todas as tentativas de retocar as afirmações são apenas “remendos novos em panos velhos”, para utilizar a metáfora do Evangelho.
O mais espantoso é que ela continua levantando as mesmas bandeiras da década de 70 e 80 do século passado: inflação, desemprego, PIB, corrupção. Qualquer brasileiro mediano sabe que esses são indicadores de uma moral hipócrita e farisaica, particularmente a corrupção. A direita brasileira não entrou no século XXI. (mais…)
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