Injustiça – Entendendo o racismo ambiental

por Sheryda Lopes – O Estado

O racismo é um tema polêmico e que geralmente é associado a fatores como a cor da pele e práticas religiosas ou culturais historicamente discriminadas. Porém, existe uma forma de racismo que também abrange questões territoriais: é o racismo ambiental, causador de injustiças cometidas contra grupos vulneráveis, geralmente, durante a realização de políticas públicas ou obras do setor privado. Essas violações de direitos ocorrem tanto no campo quanto no meio urbano.

Para o sociólogo Robert Bullard, também diretor do Environmental Justice Resource Center, Atlanta (EUA), o racismo ambiental tem uma correlação direta entre a exploração da terra e a exploração das pessoas. “De forma geral, os indígenas são a parte da população que se defrontam com algumas das piores formas de poluição, entre elas a do mercúrio usado nos garimpos e as populações marginais que vivem perto dos lixões e aterros sanitários, incineradores e de outros tipos de operações perigosas praticadas pelas empresas mineradoras. A poluição industrial se manifesta também no aleitamento materno das mães das grandes cidades como São Paulo ou Nova Iorque”, conforme escreveu em artigo publicado janeiro de 2005, na Revista Eco 21.

Segundo Cristiane Faustino, integrante da coordenação colegiada do Instituto Terramar, e relatora nacional do direito humano ao meio ambiente da Plataforma Dhesca (Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), as principais vítimas do racismo ambiental são as populações pobres e negras, além de indígenas, quilombolas e outros grupos “étnicos e racialmente excluídos dos processos de participação politica, e em desvantagem econômica”. A tomada dos territórios para a realização de empreendimentos e degradação ambiental, como a contaminação de recursos hídricos dos quais as comunidades no entorno dependem para sobreviver, por exemplo, são algumas consequências desse tipo de injustiça.

“Consideramos que há um processo de expropriação do campo, de alteração do modo de vida desses povos dentro do próprio território. Isso ocorre porque há um modelo de desenvolvimento dominante que prega que o modo de viver urbano e branco é superior, e que os manejos da terra tradicionais são atrasados”, explica. Para a pesquisadora Tania Pacheco, militante e autora do blog Combate Racismo Ambiental, existe um processo de expropriação de terras que geralmente não dá aos moradores outra alternativa a não ser sair do seu local de origem. (mais…)

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Mesmo sem guerras, Brasil é o país mais violento do mundo

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Adital* – O Brasil ultrapassou países com históricos de guerras e conflitos armados no número de assassinatos e se tornou o país mais violento em todo o mundo, mesmo sem estar em nenhum cenário de guerra. É o que afirma um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês).

De acordo com o UNODC, sete pessoas em cada 100 mil são assassinadas por ano em todo o mundo, contudo, quando analisamos apenas a América Latina, esse número sobe consideravelmente. No ano de 2010, foram 146.648 pessoas assassinadas, chegando a uma taxa de 15,4 assassinatos a cada 100 mil pessoas.

Já quando passamos a avaliar os números por país, o Brasil é campeão. Foram registrados no país da Copa do Mundo deste ano, em 2010, 42.785 assassinatos, seguido pela Índia, com 40.752 e o México com 27.199. Os três países juntos possuem 25% dos crimes de morte que ocorrem em todo o mundo. (mais…)

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Na Rua Não Estamos Sós!

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O Coletivo Urucum – Direitos Humanos, Comunicação e Justiça – desenvolveu uma plataforma virtual que fará o registro e o monitoramento das violações aos direitos humanos ocorridas durante os protestos relacionados direta ou indiretamente à Copa do Mundo em Fortaleza (CE). O projeto se chama “Na Rua“.

Atualizado diariamente, o site apresenta coberturas de manifestações, relatos dos atos, depoimentos, entrevistas, crônicas, galerias de fotos, vídeos, cartilhas de direitos humanos, além de demais orientações para quem vai participar dos protestos.

O “Na Rua” também vai coletar dados dessas violações, como o número de manifestantes detidos. Além do eixo de comunicação, o “Na Rua” também possui um eixo jurídico responsável por um trabalho muito importante: apurar e encaminhar as denúncias de violação realizadas através de uma ferramenta no site, bem como acompanhar os manifestantes detidos nas delegacias. (mais…)

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Vitória da Justiça Paranaense Sobre o Fracking – Fraturamento Hidráulico no Brasil

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O juiz federal Leonardo Cacau Santos La Bradbury, de Cascavel, suspendeu na tarde desta quarta-feira dia 04/06/2014 as 19:00 os efeitos da 12ª rodada de licitações promovidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Os contratos já assinados pelas empresas vencedoras para explorar gás de xisto no Paraná também foram suspensos. A liminar atinge as empresas Copel, Bayar Empreendimentos, Tucumann Engenharia, Petrobras, Petra Energia e Cowan Petróleo e Gás. A exploração da reserva de gás de xisto seria feita por meio da técnica fracking – fratura hidráulica – que é considerada por ambientalistas e geólogos como altamente danosa ao meio ambiente.

Na decisão, o juiz suspende a licitação e ordena que sejam realizados estudos técnico-ambientais pelo Ibama que demonstrem a viabilidade, ou não, do uso da técnica.

A Justiça cobra ainda uma prévia regulamentação pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) autorizando a utilização da técnica, estabelecendo, inclusive, o seu alcance e limites de atuação das empresas exploradoras.

Outra exigência da Justiça é a publicidade da avaliação ambiental de áreas sedimentares.

As empresas estão impedidas de assinar contratos de concessão dos blocos localizados dentro da faixa de fronteira e os já assinados estão com seus efeitos suspensos.

 A ANP também terá que disponibilizar a íntegra dos contratos de concessão em seu site institucional.

Conheça um pouco mais sobre a Ação :

O MPF (Ministério Público Federal) de Cascavel propôs ação civil pública para que sejam suspensos os efeitos decorrentes da 12ª Rodada de Licitações realizada pela ANP, que ofereceu a exploração de gás de folhelho (o “gás de xisto”), na modalidade fracking (fraturamento hidráulico), na Bacia do RioParaná .

De acordo com o MPF, a ação é necessária em vista dos potenciais riscos ao meio ambiente, à saúde humana e à atividade econômica regional, além de vícios que anulariam o procedimento licitatório. A ação foi proposta em 20 de maio contra ANP, Copel, Petrobras, Bayar, Cowan Petróleo, Petra Energia e Tucumann Engenharia. De acordo com o MPF, o oferecimento do gás de xisto na 12ª Rodada de Leilões realizada pela ANP foi precipitado e temerário, já que essa técnica de exploração é altamente questionada no mundo inteiro (foi proibida, inclusive, em países como Itália, Áustria, Dinamarca e Alemanha) e representa um potencial e extenso dano ambiental em caráter irreversível, especialmente em relação aos cursos de água e aquíferos que se localizam na região em que ocorrer -no caso, na Bacia do Rio Paraná , atingindo diretamente o Aquífero Guarani, um dos maiores do Brasil.

O MPF pede que seja concedida liminar para suspender imediatamente os efeitos da rodada de licitações na bacia do Rio Paraná (setor SPA-CS) até a realização de estudos técnicos que demonstrem a viabilidade, ou não, do uso da técnica do fraturamento hidráulico em solo brasileiro, com prévia regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Além disso, pede especial ênfase na realização e publicidade da Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares (AAAS), cujos resultados deverão vincular a possível exploração dos correspondentes blocos, oportunizando-se adequadamente a participação técnica e das pessoas que serão impactadas diretamente pela exploração, como os moradores da Terra Indígena Xetá e da comunidade quilombola Manoel Ciríaco dos Santos, que não foram consultados previamente, em violação à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Gás de xisto e o fracking -O gás de folhelho é também chamado de gás não convencional, porque está aprisionado em formações de baixa permeabilidade (águas ultraprofundas), além de apresentar alto custo de exploração e produção. Apesar desse tipo de gás ser explorado há décadas em algumas partes do mundo, nunca houve o desenvolvimento de uma técnica economicamente viável para sua exploração, já que o procedimento de retirada das rochas em que fica alojado era caro e demorado.

O fraturamento hidráulico (fracking, em inglês), foi descoberto apenas na década de 1990, por um magnata do petróleo no Texas (EUA). O método consiste em “fraturar” as finas camadas de folhelho com jatos de água sob pressão. A água recebe adição de areia e de produtos químicos que mantêm abertas as fraturas provocadas pelo impacto, mesmo em grandes profundidades. O procedimento envolve a exploração sísmica 3D, a preparação do terreno, a perfuração vertical e horizontal, a fratura hidráulica, a gestão de resíduos e a produção propriamente dita. É importante salientar que a composição química do fluido de fraturamento é segredo industrial. Ou seja, sequer é possível saber quais são, exatamente, os componentes utilizados. Exames laboratoriais indicam a presença de arsênico, glicol e elementos radioativos, produtos que também estão presentes nos resíduos do fraturamento hidráulico e poderão contaminar a água potável e o ar. Além do problema ambiental da imensa quantidade de água utilizada para a realização do fraturamento hidráulico, há, ainda, a contaminação do solo e da água de poços e lençóis freáticos com o gás metano. “Os danos serão incomensuráveis a médio e longo prazo, além da contaminação da água potável (já escassa!) e, neste aspecto, destaca-se o Aquífero Guarani, os prejuízos também atingirão a economia paranaense, considerando que essa região sobrevive em grande parte da agricultura e da criação de animais.”, destacam os procuradores da República em Cascavel, Carlos Henrique Macedo Bara e Luís Felipe Schneider Kircher.

Tenha a Íntegra da ACPL :

http://www.prpr.mpf.gov.br/pdfs/2014/cascavel/xisto-531-2014-61-LCAD_1.pdf

www.facebook.com/groups/392409314227631/

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Juliano Bueno de Araujo.

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Ministério Público Federal investiga extração ilegal de prata em Minas

Ação indica que a Kinross Brasil extraiu 42 toneladas do minério de Paracatu, sem licenças. Perdas para União seriam de R$ 57 mi

Zulmira Furbino e Marta Vieira – Estado de Minas

O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública contra a mineradora canadense Kinross Brasil, que atua em Paracatu, na região Noroeste de Minas, por danos causados ao patrimônio público e ao meio ambiente na extração ilegal de prata. Segundo o MPF, entre 1998 e 2010, a empresa extraiu e comercializou, sem a autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), 42 toneladas do minério no local, com um prejuízo total de R$ 57,2 milhões para a União. Além disso, nesse período, e mesmo depois de obter a licença para a exploração, em 2010, a empresa trabalhou sem licença ambiental, sustenta o procurador da República, José Ricardo Teixeira Alves. O MPF também vai pedir à Justiça a suspensão das atividades da Kinross até a apresentação do licenciamento ambiental para a extração da prata.

Segundo Alves, a Kinross responde por todo o prejuízo gerado pela exploração clandestina, inclusive o relativo às atividades de sua antecessora, a Rio Paracatu Mineração. “Na sucessão empresarial, houve apenas alteração na denominação da companhia, mas a empresa permaneceu a mesma, inclusive com o mesmo CNPJ”, justifica o MPF. Na ação, o órgão relata que a Rio Paracatu conseguiu autorização para extração do minério de ouro em 1985, segundo a Portaria de Lavra nº 1.186, do Ministério das Minas e Energia (MME). Naquele mesmo ano, protocolou pedido de extensão dessa portaria para a exploração do minério de prata. “Mas o ministério nem chegou a analisar o requerimento”, afirma o MPF. (mais…)

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Números, lobos e os limites da razão, por Claret Fernandes*

*para Combate Racismo Ambiental

A militante encarregada de comprar a passagem ida e volta de Altamira a BH acaba adquirindo-a até São Paulo. A aeronave passa em Belo Horizonte. O trecho entre Altamira e São Paulo é maior, mas o preço é mais em conta. Coisas da aviação e do capital, que faz a mercadoria girar para gerar mais lucro.

Em Confins, sofrendo reforma, o único restaurante vende refeição a quarenta e cinco reais por pessoa. Amanda é criança, então paga dezoito.

 ‘É livre’, diz a atendente. Isso significa que é sem balança e que o cliente pode servir mais de uma vez. Haja estômago para comer desse tanto!

O sabor daquele prato, na noite do dia treze de maio, era de todo especial para quem viajara desde nove horas e não encontrara almoço no aeroporto de Manaus, também em reforma por causa de uns poucos jogos.

A comida mineira, com sua rica culinária, é só por si já apetitosa, mas seu preço, ali, é salgado. Além do calor do fogão, com as panelas sobre a chama acesa, como se fosse à lenha, ela tem a quentura das vésperas de Copa. Agora o calor pode ser ainda maior, pois só faltam 7 dias.

Na acolhedora BH, no entanto, com suas árvores e praças, com cara de interior, as sombras e bancos são gratuitos. É claro que não se pode pensar nos impostos embutidos, nos quase 50% de ICMS na conta de luz e nalgum vereador que, sem criatividade para projetos, queira taxar a sombra, o sol, o ar, o assento. Pois taxa hoje é um dos principais mecanismos de transferência de renda dos oprimidos para a classe opressora.

Há, ainda, pousadas modestas e acessíveis em Belô. Ficamos lá nos dias dezoito a vinte, após vir de São Paulo à noite e enfrentar pelo caminho uma forte chuva de granizo. O barulho era tanto que o ônibus parecia desintegrar-se. (mais…)

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Polícia Militar atinge seis indígenas e dispara mais de 200 bombas de gás lacrimogênio

Mobilização Nacional Indígena – Durante a II Mobilização Nacional Indígena, mais de 600 indígenas se manifestaram durante uma passeata até o estádio Mané Garrincha, em Brasília. O ato já era de conhecimento da Polícia Militar, pois os mesmos acompanhavam toda a mobilização desde o período da manhã, do dia 27 de maio.

Porém, ao chegarmos ao estádio, nós fomos recebidos com mais de 200 bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha (atiradas contra seis indígenas) e spray de pimenta.

Embora a imprensa nacional tenha dado o destaque apenas a flechada que atingiu apenas um policial e não divulgou o ferimento dos indígenas, nós publicamos este vídeo com o intuito de mostrar para toda a sociedade o quanto a mídia nacional está totalmente alinhada à ganância do Governo Federal que por sua vez está nas mãos da bancada ruralista do Congresso Nacional. Até quando, nós vamos ficar à mercê da nossa terra, da nossa cultura, para atender as necessidades capitais do agronegócio brasileiro?

Assistam ao vídeo e vejam o que a mídia brasileira tentou esconder da sua própria nação: PROTEGER UM ESTÁDIO DOA A QUEM DOER. Pátria amada?

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Indígenas Ocupam Marquise do Congresso Nacional

Mobilização Nacional Indígena – Em um ato inédito e desbravador, mais de 600 indígenas de diversas etnias do Brasil ocuparam a marquise do Congresso Nacional em Brasília, no dia 27 de maio de 2014. O ato fez parte da II Mobilização Nacional Indígena. As mais de 100 etnias de todo o Brasil, reivindicam as ações e estratégias do Governo Federal, alinhadas às necessidades do agronegócio da Bancada Ruralista do Congresso Nacional que impedem a demarcação de terras indígenas, impulsionam a exploração em terras indígenas e propícia toda a insegurança as famílias indígenas.

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Inconstitucionais, mas muitos com aval do STF: “Conheça os 10 benefícios legais que só a FIFA vai ter na Copa do Mundo”, por Alan Mansur

fifaapiorCopa do Mundo no Brasil trouxe inovações legislativas com benefícios fiscais, de registros, comerciais e civis, tendo como beneficiária a FIFA, suas subsidiárias e parceiras comerciais

Por Alan Mansur*, em Ebeji

A Copa do Mundo no Brasil trouxe inovações legislativas com benefícios fiscais, de registros, comerciais e civis, tendo como beneficiária a FIFA, suas subsidiárias e parceiras comerciais.

Desde 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar os eventos da FIFA (Copa das Confederações – 2013 e Copa do Mundo – 2014) o Brasil começou a tomar providências para alterar as leis para favorecer a realização do evento no Brasil.

Em 2010, depois de debates no Congresso Nacional, foi editada a Lei 12.350/2010, que trouxe benefícios fiscais e tributários. Já em 2012, a Lei nº 12.663/2012, conhecida como “Lei Geral da Copa”, trouxe artigos para a proteção da marca, vantagens comerciais, civis e até tipos penais específicos para garantir as vantagens comerciais da FIFA.

Todos estes benefícios legais já foram aplicados na Copa das Confederações, em 2013, espécie de evento preparatório para a Copa do Mundo. Assim, são estes os principais benefícios legais que a FIFA terá nesta Copa do Mundo:

1) Benefícios ficais e tributários da Copa do Mundo de 2014: As isenções estimadas pela Receita Federal são de R$ 560 milhões a R$ 1 bilhão. Os benefícios estão previstos na Lei nº 12.350/2012, e consistem em isenções no pagamento de IR (imposto de renda), IOF (imposto sobre operações financeiras), IPI (imposto sobre produto industrializado), II (imposto de importação), PIS/Pasep importação, contribuições sociais, CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico).

Estas vantagens tributárias são para a FIFA, suas subsidiárias, associações de futebol estrangeiras membros da FIFA (como as associações e confederações de futebol argentinas, alemãs, francesas, japonesas, espanhola), emissora e prestadoras de serviços da FIFA. (mais…)

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MPF vai à Justiça para obrigar prefeitura a resolver problemas do maior hospital de urgência de Belém

No final de 2013, população flagrou macas sendo lavadas de maneira irregular no hospital. Sangue escorria pela calçada. Foto: Arquivo pessoal -  Mayra Araújo
Higiene: macas lavadas  ao ar livre, e sangue escorrendo pela calçada até a rede de coleta de águas pluviais. Foto: arquivo pessoal de Mayra Araújo; final de 2013

Situação pode levar a uma tragédia. No total, 21 problemas deve ser sanados com urgência. Foi pedida multa pessoal ao prefeito e à secretária de saúde

MPF PA

A situação do Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, o maior hospital de urgência e emergência de Belém, chegou a um nível insustentável. Essa é a visão do Ministério Público Federal (MPF), que ajuizou ação na Justiça Federal para obrigar a prefeitura de Belém a resolver os problemas.  Depois de várias auditorias do Departamento Nacional de Auditorias do Sus e recomendações de melhorias, o hospital encontra-se ainda com pelo menos 21 irregularidades graves, que podem colocar em risco a vida de pacientes, trabalhadores e visitantes.

A ação tramita na 5ª Vara da Justiça Federal na capital paraense e pede que o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e a secretária de saúde, Maria Selma Alves, sejam pessoalmente intimados em caso de decisão favorável ao MPF e que sejam obrigados a pagar multa se descumprirem a ordem judicial. Quem vai decidir sobre os pedidos é o juiz federal José Flávio Fonseca de Oliveira.

Algumas das irregularidades vêm sendo apontadas desde que o MPF começou a fiscalizar o Pronto-Socorro, em 2005, sem nenhuma atitude por parte do poder público municipal. “São situações inconcebíveis e pasmosas, mas que ocorrem frequentemente no hospital, como a falta de materiais simples, tais quais, gaze, esparadrapo e fios de sutura, e de medicamentos comuns, como a dipirona, complexo B e solução fisiológica. Chegou-se, nesse rumo, a uma situação de calamidade, inadmissível às vistas de qualquer pessoa”, diz a ação, assinada pelos procuradores da República Melina Tostes e Alan Mansur Silva.

Os problemas vão desde irregularidades no serviço de UTI e no controle de infecção hospitalar até a falta de colchões em bom estado nos leitos dos pacientes. A limpeza hospitalar está precária, as roupas de cama e para pacientes não são suficientes, há mofo nas paredes, áreas alagadas, partes do forro do teto quebradas, banheiros deteriorados, elevadores e ar condicionado que não funcionam, mobiliário em péssimo estado de conservação e higiene, restos contaminados sem destinação correta. Dois setores estão entre os mais problemáticos: o de nutrição e o de farmácia, que exigem reformas urgentes. (mais…)

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