O Modelo de Desenvolvimento e seus Impactos Socioambientais será o título da palestra a ser proferida pelo membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na aula inaugural do mestrado profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública. Coordenado pelos pesquisadores Ary Miranda e Marcelo Firpo, o curso tem caráter inovador e faz parte da estratégia de implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF). A aula será realizada no dia 5 de maio, às 14h, no salão internacional da ENSP.
O mestrado profissional tem o objetivo de educar e qualificar os trabalhadores graduados que atuam nas diferentes áreas da saúde e afins, educação do campo e nas ciências agrárias, em áreas de reforma agrária e comunidades camponesas. A turma será formada por 28 alunos. “O curso trabalha na produção do conhecimento científico, relacionando os processos de trabalho e os impactos na saúde e no ambiente aos movimentos sociais. Do total de alunos, 24 possuem experiência voltada para o trabalho no campo. Completam a turma quatro profissionais do Sistema Único de Saúde que desenvolvem trabalhos voltados para os objetivos do mestrado”, afirmou Ary Miranda, um dos coordenadores.
Em evento na ENSP para discutir a oficialização do curso em março de 2014, João Pedro Stédile falou sobre a parceria com a Fiocruz para o desenvolvimento do mestrado profissional. “A Fiocruz tem uma longa parceria com os movimentos sociais do campo. O processo de abertura da instituição para a sociedade e para a comunidade em geral nos proporcionou um diálogo para o estabelecimento de parcerias. Construir um mestrado com esse tema era um antigo desejo, visando uma melhor preparação para os nossos professores, agrônomos, médicos e demais profissionais que atuam nos assentamentos, mas não tiveram na sua carreira esse conhecimento mais especifico e aprofundado. A metodologia do curso não tira os profissionais da sua área de atuação, pois a produção de conhecimento está atrelada à sua prática.”
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