Informativo da Aty Guasu: Em Iguatemi, lideranças da Yvy Katu e chefe da Funai são ameaçados por jagunços

Aty Guasu no interior da Casa de Reza. Foto: Tania Pacheco
Aty Guasu: interior da Casa de Reza. Foto: Tania Pacheco

Informativo da Aty Guasu

No dia 07 de fevereiro de 2014, às 15:00, em pleno dia, as lideranças Guarani Kaiowa do tekoha Yvy Katu-Japorã-MS foram perseguidas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros das fazendas na rua da cidade de Iguatemi, MS.

Os pistoleiros das fazendas estavam na camionete Ranger de cor prata. Diante da perseguição, os líderes indígenas abandonaram o carro e correram pela rua da cidade e entraram no escritório da FUNAI em Iguatemi-MS.

Na sequência, os pistoleiros passaram a cercar o escritório onde estava os líderes indígenas e o chefe da FUNAI do escritório foi perseguido e ameaçado de morte também.

No dia 07 de fevereiro, tanto os indígenas do MS e seus apoiadores quanto os funcionários da FUNAI recomeçam a sofrer a ameaça de morte. Solicitamos às autoridades federais com urgência a investigação e punição aos pistoleiros (autores) e mandantes/fazendeiros.

Vamos ficar atentos companheiros (as): os fazendeiros e os seus pistoleiros estão nas ruas do MS.

Aty Guasu luta contra a violência financiada pelos fazendeiros

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Suécia alerta que ódio a africanos atingiu níveis alarmantes no país

Estátua suecoPor Wellington Calasans, especial para o R7, em Estocolmo

Relatório divulgado na segunda-feira (3) pelo governo sueco apresenta um cenário preocupante para as pessoas de origem africana. Segundo a publicação, a “afrofobia” contribui claramente para tornar os afrodescendentes mais vulneráveis do que outros grupos, em termos de discriminação e crimes de ódio na Suécia.

O relatório define a afrofobia como “a hostilidade para com as pessoas de raízes da África subsaariana”. Na Suécia, a afrofobia se manifesta em agressões verbais, bloqueios de espaços sociais, ataques físicos e na discriminação, incluindo emprego, habitação e na educação.

No mesmo estudo, há uma categoria chamada “afro-suecos” que inclui todos os residentes de ascendência africana. O número desse grupo é de cerca de 180 mil pessoas, dos quais 90% têm origem na África subsaariana. O restante é do Norte da África, América do Sul e outros países.

Destes 180 mil, 40% são de nativos com um ou dois pais oriundos da África subsaariana. O grupo também inclui muitas pessoas adotadas. (mais…)

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“Rolezinho”: diálogo com ideias de Antonio Candido

Antonio CandidoDireito à fantasia, acumulação sem limites e desigualdade. Como alguns dos temas estudados pelo mestre ajudariam a compreender novo fenômeno das periferias

Por Max Gimenes, em Outras Palavras

O tema do momento são os “rolezinhos”, idas em grupo de jovens da periferia aos shopping centers para se divertir. Todos os dias, novas entrevistas ou artigos pipocam na internet com a opinião de todo tipo de “especialista”. Para não falarmos dos nem sempre muito animadores comentários de internautas comuns em portais de notícia e em redes sociais.

Em meio à enxurrada renovada diariamente de informações e opiniões inéditas, inescapável nestes nossos tempos de domínio da internet, um abrigo tranquilo e fecundo para pensar de modo mais aprofundado os assuntos do momento talvez esteja off-line: mais precisamente, no seio das reflexões de velhos intérpretes do Brasil, que em vez do tratamento de informações fragmentadas e imediatas pensavam a realidade brasileira como um todo e mais a frio, o que lhes permitia atar pontas nem sempre perceptivelmente ligadas de um desenvolvimento histórico atípico como o nosso. (mais…)

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PE – Denúncia contra atuação da PM na terra dos Fulni-ô

FUNIL-O II PEAPRESENTAÇÃO DE CARTA DENÚNCIA CONSTITUÍDA DE ASSINATURAS QUE FORAM REUNIDAS NO INTERIOR DAS ALDEIAS INDÍGENAS DO  POVO FULNI-Ô

ENCAMINHADA AO: SECRETARIO DE DIREITOS HUMANOS, À FUNAI BRASÍLIA, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, PROCURADORIA GERAL DO ESTADO, OAB-PERNAMBUCO, UNIVERSIDADES, ÓRGÃOS DE IMPRENSA.

Por meio do presente documento, homens, mulheres, jovens e anciãos, membros representantes do povo Fulni-ô de Águas Belas – Estado de Pernambuco, manifestam aqui o sentimento de repúdio e indignação à entrada não autorizada de policiais militares alocados no 4º C.O.M. de Águas Belas e o9º B.P.M. de Garanhuns-PE, na área do aldeamento indígena da aldeia Fulni-ô.

Denunciamos junto às competências legais reconhecidas pelo estado democrático de direito as reincidentes ameaças que diversos cidadãos indígenas vêm sofrendo nos últimos meses. (mais…)

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Perigo dos agrotóxicos fica maior com ação de ruralistas no Congresso

AGROTOXICOS CONGRESSOFernando Carneiro, no MPA

O agronegócio brasileiro vem pressionando a Presidência da República e o Congresso para diminuir o papel do setor de saúde na liberação dos agrotóxicos. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no planeta e a cada dia se torna mais dependente deles. Qual o impacto que essas medidas terão na saúde da população brasileira?

No Brasil, a cada ano, cerca de 500 mil pessoas são contaminadas, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) e estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os brasileiros estão consumindo alimentos com resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido e ingerindo substâncias tóxicas não autorizadas.

Em outubro passado, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou que 36% das amostras analisadas de frutas, verduras, legumes e cereais estavam impróprias para o consumo humano ou traziam substâncias proibidas no Brasil, tendência crescente nos últimos anos. (mais…)

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Proyecto Conga: Denuncian a gerente de Yanacocha por explosiones cerca de lagunas en Bambamarca

Imagen: Prensa Alternativa
Imagen: Prensa Alternativa

Servindi – Las obras del proyecto Conga a cargo de la empresa Yanacocha se reiniciaron en Cajamarca. Así lo demuestran recientes explosiones registradas en la provincia de Hualgayoc – Bambabamarca, que han motivado que alcaldes de dos centros poblados firmen una denuncia en contra de Javier Velarde Zapater, gerente general de la minera.

José Ángel e Ítalo Cieza, alcaldes de los centros poblados “El Alumbre” y “Llaucán” señalan que las actividades se desarrollan en áreas cercanas a las lagunas Seca, Negra, Mamacocha Grande y Mamacocha Chica.

La denuncia con fecha 6 de febrero de 2014 se hizo, además, en contra de efectivos de la División de Operaciones Especiales (DIROES) de la Policía Nacional y efectivos de la región al servicio de la minera y que amenazan a la población que transita por la zona. (mais…)

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Índio falou, tá falado, por José Ribamar Bessa Freire

lingua tupi 1Em Taqui Pra Ti

A prova está no dicionário: dos 228 mil verbetes que o Houaiss apresenta em uma de suas edições, cerca de 45 mil são palavras emprestadas de línguas indígenas. Alguma dúvida de que o conhecimento dessa herança linguística é necessário para entender o português que falamos, e até mesmo para consolidar a nossa identidade?

“Há várias línguas faladas em português”, afirma José Saramago no documentário Língua: vidas em português. Basta olhar as variedades regionais para dar razão ao escritor. Como explicar tal diversidade? Parte dela reside no fato de que os índios que aqui moravam falavam centenas de línguas autóctones diferentes e quando começaram a usar um idioma que veio de fora – o português – nele deixaram impressas suas marcas, fruto de uma relação que a sociolinguística denomina de “línguas em contato”. Como as línguas indígenas eram diferentes em cada região, as marcas que deixaram não foram as mesmas.

No início do século XVI, o poeta Sá de Miranda lançou aos mares do futuro a nau da língua portuguesa, vinculando seu destino à expansão do comércio marítimo. Durante um par de séculos, o português passou a ser falado na Índia, na Malásia, na Pérsia, na Turquia, na África, no Japão e até na China e na Cochinchina. Tornou-se “língua franca”, isto é, um idioma usado para comunicação entre pessoas cujas línguas maternas são diferentes – como ocorre hoje com o inglês. (mais…)

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Nota Pública: Ouvidoria da SEPPIR repudia ações dos chamados “justiceiros” nas ruas da zona sul do Rio de Janeiro

OUVIDORIA BALÃO3A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República repudia as ações dos chamados “justiceiros” que despiram e prenderam em postes dois jovens negros, sob a alegação de que estariam efetuando furtos nas ruas da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

As cenas degradantes, amplamente divulgadas nas redes sociais, não deixam dúvidas quanto à afronta ao Estado Democrático de Direito e às garantias individuais e coletivas, além de evidenciarem aberto conflito com os esforços do governo e da sociedade brasileira no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade racial.

A discriminação, tanto no espaço privado dos shoppings, como nas ruas de bairros “nobres”, se manifesta no cerceamento do direito de ir e vir e, não raro, resulta em hostilidades, ameaças e agressões a jovens negros, sejam eles pobres ou não.

Cônscios da gravidade desses fatos, estamos envidando os esforços necessários para que as instituições públicas, os movimentos sociais, os meios de comunicação e as organizações de defesa da sociedade se mobilizem para assegurar os princípios e garantias constitucionais, fundamentais para toda a população brasileira, sem distinção.

O país não pode e não vai conviver com a restrição de direitos e garantias, nem com quaisquer tipos de tortura.

Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial da SEPPIR

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Diretor de ’12 Anos de Escravidão’ diz que é necessário mostrar violência

Silas Martí , Folha de S.Paulo

Quando decidiu fazer “12 Anos de Escravidão”, o cineasta britânico Steve McQueen, 44, queria sanar uma lacuna na filmografia sobre o tema, lembrando que há mais filmes sobre o Holocausto do que sobre os negros escravizados nas Américas.

Mas acabou apontando também uma ausência marcante nas estatísticas de Hollywood ao se tornar um dos primeiros negros com chances reais de levar o Oscar de melhor diretor, uma categoria que teve só dois outros negros indicados até agora.

“É um filme sobre onde estivemos, onde estamos e para onde vamos nesse debate sobre raça”, diz McQueen, em entrevista à Folha. “É incrível ser indicado ao Oscar, e tenho orgulho de ser um diretor negro ali. Mas, além desse dado da minha cor, estou feliz que o filme seja reconhecido pelos meus pares.” (mais…)

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