Pesquisa do IDDH relaciona ações de PMs com os “Desaparecidos da Democracia”

CT Lúcio Wagner

Estudo compara queda dos autos de resistência com aumento de pessoas desaparecidas. “Em 2013, o número de pessoas desaparecidas já chega a quase 1 mil, enquanto as mortes em autos de resistência, 700”

Por Cláudia Freitas, no Jornal do Brasil

As estatísticas sobre criminalidade no Estado do Rio de Janeiro divulgadas recentemente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), referentes ao mês de agosto de 2013, estão servindo de base para um estudo dos princípios da violência na cidade, elaborado pelo Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (IDDH). O projeto do IDDH tem como meta traçar um perfil das pessoas desaparecidas no Rio, nos últimos anos, comparando o aumento no número de registros desses casos com a diminuição dos autos de resistência (morte em confronto com a polícia), além de prever um suporte jurídico e psicossocial para as famílias das vítimas.

Os responsáveis pela pesquisa avaliam que os policiais militares estão cometendo mais assassinatos, porém passaram a sumir com o corpo da vítima, para atrapalhar as investigações. O desenvolvimento do projeto deverá ser custeado com a renda integral do show “Somo Todos Amarildos”, com a participação de Caetano Veloso e Marisa Monte, que será realizado no dia 20 de novembro, no Circo Voador, na Lapa, Centro da cidade. (mais…)

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Assassinatos e invasões à Terra Indígena Tupinambá de Olivença desmontam ‘mesa de diálogo’

Caminhão com bala no parabrisaAssessoria de Comunicação – Cimi

Três assassinatos e invasões à área indígena coordenadas por fazendeiros, ocorridos neste final de semana na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, sul da Bahia, contradizem os efeitos da ‘mesa de diálogo’ imposta pelo Ministério da Justiça para resolver o conflito fundiário na região, em detrimento da publicação da Portaria Declaratória. Nos últimos meses, cinco Tupinambá e um Pataxó foram assassinados no contexto da luta pela terra tradicional no extremo sul baiano. Na foto ao lado, caminhão escolar Tupinambá com marcas de bala depois de emboscada praticada por pistoleiros em setembro.

Os últimos mortos deste conflito foram Aurino Santos Calazans, 28 anos, Agenor de Souza Júnior, 28 anos, e Ademilson Vieira dos Santos, 36 anos. Conforme lideranças Tupinambá, os três indígenas regressavam da comunidade Cajueiro, por volta das 18 horas desta sexta-feira, 8, no rumo da aldeia Mamão, quando foram emboscados por quatro homens em duas motos. Disparos de arma de fogo foram feitos contra os indígenas e na sequência os assassinos praticaram violências contra os corpos.

Boatos davam conta de que na tarde deste sábado, 9, dois dos executores do crime teriam sido presos, mas a polícia não confirma. “Um deles é Tupinambá, mas os outros três são ‘brancos’. Esse índio a gente já sabia que estava envolvido com os fazendeiros e nem morava na aldeia. Já os outros andavam por aqui armados, ameaçando”, explica o cacique Valdelino Oliveira dos Santos. Para a liderança, trata-se de uma “tragédia anunciada” para as autoridades. (mais…)

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Abya Yala: ¿Por qué nos inculcaron el miedo a la muerte?

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Texto e Fotos por Ollantay Itzamná*, em Servindi

11 de noviembre, 2013.- El mes de noviembre nos muestra destellos sobre la concepción precristiana de los pueblos y civilizaciones aborígenes de Abya Yala sobre la “muerte”.

Desde los pueblos indígenas de México, pasando por los de Centroamérica, hasta los pueblos indomestizos de Suramérica, celebran con algarabía y derroche de colores la fiesta de los difuntos. En algunos pueblos de Mesoamérica, desde finales de octubre las familias visitan con bandas de música a los panteones o cementerios para anunciar y convocar a los difuntos “que la fiesta está ya por llegar”. Los maya chortís de Honduras, hasta finales de noviembre aún continúan celebrando el siquín (altar y comida comunitaria): “Aunque ellos (los difuntos) siempre están con nosotros, todo noviembre especialmente ellos están en la comunidad”, indica Don Timoteo López. (mais…)

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Petição em defesa dos direitos fundamentais dos povos indígenas [Muito importante!]

Petição Laepi Moitará

Em defesa dos Direitos Fundamentais dos Povos Indígenas e Manifesto de Repúdio contra o Retrocesso Constitucional e os Ataques à Democracia e ao Pluralismo [documento final do Colóquio Interdisciplinar sobre “Povos Indígenas e demarcações de terras: a resistência, o confronto e os desafios jurídicos e antropológicos“] (mais…)

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UFPEL – PPG em Antropologia é pioneiro em cotas de acesso afirmativo. Inscrições até 13/12

A adoção de um sistema de seleção por políticas afirmativas tornou o Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPel pioneiro dentro da instituição: ele é o primeiro PPG a realizar reserva de cotas para candidatos negros e indígenas. Com inscrições abertas até o dia 13 de dezembro, o processo reservará no mínimo quatro das 24 vagas ao acesso afirmativo.

De acordo com o professor do PPG que liderou a implantação da seleção afirmativa, Jorge Eremites de Oliveira, a inspiração surgiu do grupo que forma o programa, por meio de estudos e discussões sobre o tema. “Buscamos consolidar o PPG em Antropologia como um espaço aberto à sociodiversidade”, afirma Oliveira. O professor ainda pontua que este é um tema relevante e estratégico para o desenvolvimento do país e da região onde a UFPel está inserida, que acolhe diversas comunidades que podem ser beneficiadas pelo acesso de alunos cotistas.

Oliveira também explica que esse é um processo resultante de uma extensão das políticas já adotadas para seleção de alunos para os cursos de graduação, a partir de uma discussão ainda dos anos 1990: “Gradualmente as cotas também têm sido implantadas em cursos de mestrado e doutorado, situação esta que conta com apoio de movimentos étnicos e sociais, ONGs, agências de fomento à ciência e tecnologia, associações científicas etc”. (mais…)

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Carta dos povos indígenas de Goiás e Tocantins para Dom Tomás Balduíno

Carta à Dom Tomás Balduíno, Bispo de Goiás (GO), por Antônio Veríssimo da C. Apinajé, Liderança do povo Apinajé do estado do Tocantins
dom tomás balduíno

Prezado companheiro,

Após nossos sinceros cumprimentos em nome do povos  Apinajé,  Krahô, Krahô Kanela, Xerente e Tapuia, comunicamos que fomos informados de sua internação em UTI de hospital da cidade de Ceres (GO). Também já sabemos que foi transferido e se encontra hospitalizado em Goiânia (GO).

Todas essas notícias nos deixaram profundamente entristecidos e abalados. Diante dessa situação pedimos que nos compreenda e nos desculpe por não poder visitá-lo neste momento. Porém, queremos que saiba de nosso respeito e consideração a sua história e sua luta. E que apesar das distâncias geográficas, mesmo assim estamos juntos com você em mais essa batalha, agora em defesa de sua própria Vida.

Nós, os Povos Indígenas dos estados de Tocantins e Goiás, somos muito gratos a você. Para nós você é um Mestre, Conselheiro, Profeta, um defensor inalienável e convicto da Causa e da Vida dos povos marginalizados, escravizados e excluídos. (mais…)

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“Indígenas no Brasil: Demanda dos povos e percepções da opinião pública”

livro Indígenas no Brasil

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Organizado por Gustavo Venturi e Vilma Bokany e lançado pelo Instituto Rosa de Luxemburgo e Fundação Perseu Abramo, Indígenas no Brasil: Demanda dos povos e percepções da opinião pública tem dois níveis de importância para nós. Primeiro,  trata-se de uma pesquisa extremamente rica,  realizada pela FPA ao longo de 2010 e 2011, envolvendo três grupos distintos – lideranças indígenas que continuam na luta no território; índios não-aldeados ou de periferias urbanas; e população não-indígena – e suas opiniões sobre a realidade indígena no Brasil de hoje. Esse material é mostrado em tabelas ricas e bem cuidadas, que fornecem material para as nossas reflexões, das páginas 185 a 262 do livro.

Mas os organizadores foram além e nos forneceram um segundo presente: um primeiro olhar sobre esses dados, traduzido em artigos escritos por pessoas que são consideradas especialistas na questão no Brasil, mesmo que nem sempre concordemos com todas as opiniões publicadas. É assim que encontramos, pela ordem, os organizadores introduzindo a questão em “Indígenas no Brasil: Estado nacional e política públicas”, seguidos de: (mais…)

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Desafios de implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas/PNGATI: processos formativos em gestão territorial no Brasil

Oficina PNGATIO Instituto Internacional de Educação do Brasil/IEB, o Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento do Museu Nacional/LACED-UFRJ, o Instituto Sociedade, População e Natureza/ISPN e a Fundação Nacional do Índio/FUNAI convidam para a Oficina: Desafios de implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas/PNGATI: processos formativos em gestão territorial no Brasil.

Objetivos:

  • Sistematizar informações que permitam estabelecer subsídios para a elaboração e implementação de programas de capacitação e processos formativos em gestão territorial em Terras Indígenas, por meio de modalidades diversas, tais como cursos de extensão, cursos técnicos e universitários, voltados para povos indígenas e profissionais relacionados ao tema.
  • Proporcionar alinhamento geral entre atores e iniciativas de formação em gestão territorial em Terras Indígenas, discutindo as diversas modalidades e estratégias de processos formativos e gerando materiais para a elaboração de publicações.

Data e Local:

12 e 13 de novembro de 2013, no Centro Cultural Brasília/CCB – SGAN 601, Módulo B, Asa Norte, Brasília/DF.

Participantes:

Indígenas, Universidades, IFETs, ONGs, Órgãos Governamentais e de Cooperação Internacional

Veja aqui o folder do evento.

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Impactos Socioambientais do COMPERJ: debate é amanhã, 11, às 18:30 horas, na UFF

lancamento_relatorio_comperj_niteroiA Comissão de Meio Ambiente convida para o debate “Impactos Socioambientais do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ)”.

Na ocasião, será apresentado o relatório da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca) com a presença de:

Chico Alencar (Deputado Federal – PSOL – RJ)
Cristiane Faustino (Relatora da Plataforma Dhesca)
Alexandre de Souza (presidente da AHOMAR)
Henrique Vieira (presidente da comissão)

Amanhã, segunda-feira, 11 de novembro, às 18:30h.

Local: Auditório do Serviço Social da UFF

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Desaprendendo na escola, por José Ribamar Bessa Freire

 

Foto: Valter Assunção
Foto: Valter Assunção

Taqui Pra Ti

Um professor Kaxinawá me contou da visita que a educadora Nietta Monte fez à sua aldeia, no Acre, há muitos anos, quando ela conversou durante horas com um velho sábio. Enquanto ouvia as narrativas tradicionais saborosas e cheias de vida que circulam em língua indígena, passou diante dela um jovem, caminhando em direção ao igarapé. Nietta, então, perguntou:

– Este menino aí conhece as histórias que o senhor me contou? Ele fala a língua Kaxinawá?

O velho respondeu:

– Não, minha filha! Coitadinho! Ele não sabe nada, é que ele foi para a escola, onde se desaprende tudo o que a gente sabe. (mais…)

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