A Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pediu nesta segunda-feira (29), à Justiça Federal e à Comissão Nacional da Verdade (CNV) que sejam ouvidos os militares, da ativa e da reserva, que supostamente teriam participado da operação conhecida como Guerrilha do Araguaia, ocorrida nos estados de Tocantins (Goiás) e Pará, na década de 70, durante a ditadura civil militar. O anúncio foi feito nesta terça-feira (30), em reunião da Comissão com familiares de mortos e desaparecidos políticos do Araguaia.
O documento, que foi enviado à Coordenadora da CNV, Rosa Maria Cardoso da Cunha, e à Juíza Federal Solange Salgado da Silva Ramos de Vasconcelos, da 1ª Seção Judiciária do Distrito Federal, que responsabilizou o Estado brasileiro pela busca e localização dos restos mortais dos guerrilheiros, traz uma relação com cerca de 300 militares que teriam participado da operação. De acordo com o ofício, a relação de nomes foi apurada durante as investigações do colegiado desde a sua criação, em 1995.
O documento foi assinado pelo presidente da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Antônio Rodrigues Barbosa, e pelo Procurador da República, Ivan Cláudio Marx.
—
Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.