BA – Caetité: Protesto fecha estrada ao povoado de Santa Luzia

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Imagem: Caetité Notícias

Redação Caetité Notícias

Desde as cinco horas da manhã do dia 03/07 que moradores do povoado de Santa Luzia, pertencente ao distrito-sede de Caetité, realizaram manifestação de protesto, fechando a estrada vicinal até aquela importante localidade.

Centro produtor de cana-de-açúcar e derivados, além de ser rico em manganês, o povoado de Santa Luzia atualmente está sendo cortado por intenso tráfego de veículos pesados de empresas como a Andrade Gutierrez, Bahia Mineração e de eólicas.

Segundo os manifestantes, além dos transtornos, a poeira gerada está provocando doenças nas crianças. Cerca de 150 pessoas fecharam a estrada vicinal, interrompendo o tráfego e as obras da FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), pois as empresas envolvidas não vêm contribuindo em nada para a melhoria de vida dos habitantes.

Cobrando uma contrapartida decente por parte das empresas – especialmente a Andrade Gutierrez, Bamin e eólicas – colocaram fogo em pneus e impediram o acesso através do povoado.

O progresso trazido por estas empresas não está se refletindo em benefícios aos moradores de Caetité, especialmente aqueles mais diretamente afetados. Apesar de importantes para o progresso do estado, ações reparatórias não estão sendo realizadas, e mesmo aquelas afeitas aos trabalhos – como a pavimentação das estradas – sequer são discutidas com as comunidades.

A polícia militar se deslocou ao local, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. O prefeito municipal, José Barreira de Alencar, estará presente em Santa Luzia, tão logo conclua a reunião com os garimpeiros de Brejinho das Ametistas – também eles autores de manifestação reivindicatória recentemente – onde procurará intermediar os pleitos legítimos dos moradores.

Empresas como Andrade Gutierrez, que estão lucrando com o uso do solo da cidade para suas obras, precisam dar uma contrapartida. Não apenas a Santa Luzia, mas a toda a cidade. Não apenas pelo respeito elementar aos direitos humanos, mas para a melhoria da qualidade de vida. E, finalmente, não de forma passageira, mas com ações de efeito permanente.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Zoraide Vilasboas.

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