Um em cada quatro gays sofreu com violência no último ano no continente europeu

Mais de 60% dos entrevistados têm medo de sair de mãos dadas com o parceiro
Mais de 60% dos entrevistados têm medo de sair de mãos dadas com o parceiro

A Agência Europeia dos Direitos Fundamentais (FRA) conduziu o estudo por meio de um questionário online, elaborado em 2012

PARIS, FRANÇA. Um quarto dos homossexuais europeus sofreu algum tipo de violência nos últimos cinco anos. É esse um dos resultados de uma pesquisa feita com 93.079 pessoas da União Europeia (UE) e da Croácia, divulgada, ontem, no Dia Internacional contra a Homofobia.

A Agência Europeia dos Direitos Fundamentais (FRA) conduziu o estudo por meio de um questionário online, em 2012, e ouviu pessoas a partir de 18 anos que vivem em países membros do bloco e na Croácia. O órgão considera ser esse o levantamento mais detalhado sobre a discriminação sofrida pelo grupo LGBS (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) na região.

“Descobrimos que mais de 80% dos entrevistados em todos os países relataram ter sido submetidos a comentários negativos ou intimidação na educação”, lamentou Dennis van der Veur, um porta-voz da FRA, durante a apresentação de uma prévia do estudo.

A FRA explicou que o objetivo de divulgar os dados é sublinhar a necessidade de promover e proteger os direitos fundamentais das pessoas LGBT para que eles possam viver uma vida digna.

“Eu nunca ousei mostrar o meu ‘eu verdadeiro’ por muitos motivos. É importante para mim que a sociedade não saiba quem eu realmente sou por causa do medo que sinto”, disse um homem bissexual búlgaro de 20 anos aos pesquisadores.

Prevenção. Segundo Morten Kjaerum, da FRA, são necessárias medidas para “romper as barreiras, eliminar o ódio e criar uma sociedade onde todos possam exercer plenamente seus direitos”. Inspirada nessa missão, a FRA publicou uma série de diretrizes para guiar quem pretende mudar a situação verificada. Elas são: garantir um ambiente seguro na escola, combater discriminação com base na orientação sexual ou na identidade de gênero, reconhecer e proteger pessoas que são vítimas de crimes de ódio e garantir tratamento igual na contratação e no ambiente de trabalho.

Em suas recomendações, o estudo ainda pede que a UE considere falar explicitamente de discriminação com base na identidade sexual em legislações já existentes e futuras.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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