Polícia encontra asiáticos em situação ilegal degradante no DF

A Polícia Federal fez imagens nas casas em que os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, em Samambaia.

Jornal Nacional

A Polícia Federal fez uma operação, no Distrito Federal, para combater o tráfico de pessoas.  Uma quadrilha trazia cidadãos de países asiáticos para trabalhar ilegalmente no Brasil.

A Polícia Federal fez imagens nas casas em que os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, em Samambaia, a menos de 40 quilômetros de Brasília.

As condições de higiene são péssimas. Em um cômodo, quatro pessoas dividem um único  colchão de casal. No quarto dos fundos, a maioria dorme apenas sobre edredons, e um lençol é o que separa o banheiro do quarto.

Nossa equipe foi a outros dois alojamentos. Tudo igual.  Os agentes encontraram 80 pessoas vivendo nessa situação precária. Quase todas vieram de Bangladesh, no sul da Ásia.

A polícia identificou três rotas. Em uma delas, passavam pela República da Guiana e entravam no Brasil por Boa Vista, em Roraima. Em outra, o acesso era a Bolívia, Peru e Cidade de Assis Brasil, no Acre. O terceiro caminho era pela Bolívia, depois Corumbá, em Mato Grosso do Sul.

As investigações mostraram que os imigrantes iam para Brasília para trabalhar principalmente na construção civil e em frigoríficos, com a promessa de receber salários de até US$ 1.500.

Segundo a polícia, eles chegaram a pagar US$ 12 mil para atravessadores. Quando chegaram aqui, tiveram que pagar mais US$ 1.000, US$ 1.500 para outros intermediários, os coiotes.

Seis pessoas suspeitas de estar envolvidas no recrutamento dos bengaleses foram identificadas e estão sendo investigadas. “Há a suspeita de retenção  de salário, de retenção de documento e também da utilização  de documentos falsos. Estes estrangeiros são vitimas do trafico de pessoas para fim de exploração econômica. Em razão disso, aplica-se também  resolução do Conselho Nacional de Imigração que garante  o direito de permanência dessas pessoas no Brasil”, explica o delegado Dennis Cali, chefe serviço de repreensão ao trabalho forçado.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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