Campanha “Por uma infância sem racismo” será lançada amanhã, 26, no Distrito Federal

Secretarias da Criança e de Igualdade Racial do GDF e UNICEF fazem parceria contra o racismo no Distrito Federal

Brasília, 25 de março de 2013 – As Secretarias de Estado da Criança e de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Distrito Federal, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), vão lançar, nesta terça-feira, 26 de março, a campanha “Por uma infância sem racismo”.

A iniciativa conjunta tem como objetivo conscientizar a população da capital do País sobre impacto do racismo nas crianças e nos adolescentes.

O lançamento da campanha será no Auditório Dois Candangos, no Campus Universitário Darcy Ribeiro, Faculdade de Educação (FS), às 14h. Na ocasião, haverá assinatura do Protocolo de Intenções entre o UNICEF e as Secretarias da Criança, de Promoção e Igualdade Racial, de Educação, de Saúde, de Cultura, de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, da Mulher, de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, além da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

A campanha foi lançada nacionalmente pelo UNICEF e parceiros em 2010. Desde então já teve adesão de várias organizações e governos municipais como São Paulo (SP), Contagem (MG), Salvador (BA), Vitória (ES), Nova Iguaçu (RJ). Além de chamar atenção para os impactos do racismo na infância e adolescência, aponta para a necessidade de quebrar o círculo vicioso do racismo para valorizar a diversidade étnica e racial por meio de 10 dicas. A iniciativa também tem como objetivo a criação e o fortalecimento de políticas públicas que promovam iniciativas de redução das disparidades existentes, como o Governo do Distrito Federal está fazendo agora, lançando um plano de trabalho multisetorial que visa exatamente isso.

Dados – Estudo realizado pela Codeplan, usando como referência os dados do Censo Demográfico 2010, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema Único de Saúde (DataSus), revela, entre outras coisa, que a situação da população negra do DF é a que enfrenta maior dificuldade para ingressar nos primeiros anos de estudo.

Educação
A maior dificuldade de acesso da população negra à educação está nos primeiros anos de estudo, quando a diferença fica em torno de 5% em relação a população não negra que é de 0 a 3 anos e 4 a 5 anos. Já um levantamento feito por grupo de idade e sexo, os negros de 4 e 5 anos são os que apresentam maior dificuldade de acesso à escola em relação à população não negra, que representa 8%.

Gravidez precoce
Na gravidez precoce, há relevante diferença entre o número total de crianças nascidas de mães negras (23.841) e de mães não negras (10.740). O grupo de 15 a 19 anos é responsável por mais de 15% do total de nascidos vivos de mulheres negras.

Óbitos
Não há diferença entre negros e não negros quando considerados os óbitos de crianças de 1 a 4 anos. Em relação a óbitos de crianças e adolescentes por causas externas de pessoas de 10 a 19 anos residentes no Distrito Federal, as causas externas são compostas por acidentes e violência. A população negra jovem é muito mais vulnerável a esse tipo de óbito do que a população não negra.

Os dados mencionados são considerados durante a elaboração de políticas públicas para crianças e adolescentes. A ação das Secretarias da Criança, da Promoção da Igualdade Racial e demais parceiros da campanha “Por uma infância sem racismo” será por meio do estabelecimento de metas e ações, com prazos definidos, que vão contribuir direta ou indiretamente para a redução da incidência do racismo na infância.

Conheça o site da campanha:http://www.crianca.df.gov.br/component/content/article/321.html

Informações para Imprensa:
UNICEF
Alexandre Amorim
E-mail: [email protected]
Telefones: (61) 3035 1947 e 8166 1636

Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal (Ascom)
Eliane Araújo
E-mail: [email protected]
Telefones: (61) 3233 0937 e 7812 8242

Comments (2)

  1. Eveline,
    nós somos apenas um blog na militância, lutando na garra e sem qualquer tipo de patrocínio ou de possibilidade de ir além do que fazemos: ajudar na construção da contra-hegemonia e, especificamente, no combate ao racismo (e a outros ismos, paralelamente).
    Talvez a UNICEF… Sugiro uma olhada no saite deles.
    Tania.

  2. Sou professora Articuladora de uma creche na Rede municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro e professora de uma turma de Jovens e Adultos,quero receber material disponível para desenvolver um trabalho junto às comunidades onde eu trabalho, sobre COMBATE AO RACISMO.
    Endereço para correspondência:Rua Barão de Iguatemi,187 CEP 20270-060 Rio de Janeiro – Capital

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