Espionagem no Xingu Vivo: representação ao MPF requer investigação sobre CCBM e Abin e garantia de vida para o criminoso

Tania Pacheco

A nossa ‘democracia’ parece nos reservar quase que diariamente um novo fato para nos surpreender e indignar. Ontem, dia 25 de fevereiro, publicamos duas matérias sobre a espionagem do CCBM no Movimento Xingu Vivo.  Funcionário de Belo Monte é flagrado espionando reunião do Xingu Vivo para informar ABIN é na verdade dividida em duas partes. A primeira noticia a descoberta do espião filmando e gravando com uma caneta a reunião do Movimento no dia 24 de fevereiro. A segunda é um vídeo no qual A.C.O. dá detalhes sobre como foi contratado, quanto recebia, que agia também vigiando e denunciando as lideranças dos trabalhadores, que as informações eram depois repassadas pela CCBM para a Abin, Agência Brasileira de Informações, etc. Na outra matéria – MPF vai apurar denúncia de espionagem contra o Consórcio Construtor de Belo Monte – informávamos, já, a decisão do Ministério Público Federal de investigar a questão.

Nesta terceira, podemos ler, nas cópias fotográficas abaixo, enviadas por Dion Monteiro, a representação, assinada por Antônia Melo e pelo assessor jurídico do Movimento e encaminhada ao PMF. Nela, temos a íntegra da denúncia e o pedido de instauração de inquérito público civil e criminal, além de dados complementares sobre as investigações que já vinham sendo feitas sobre a Boate Xingu, envolvendo denúncias de exploração social, tráfico humano e trabalho escravo. O documento pede igualmente garantias de segurança para as lideranças do Xingu Vivo e para o próprio criminoso. Junto, são encaminhados materiais como a caneta, cópia do vídeo e os crachás usados por A.C.O., no Movimento e no seu “trabalho” no canteiro de obras de Belo Monte. Abaixo, a íntegra do requerimento.

 

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