Durante 13 anos, a siderúrgica teria acumulado resíduos perigosos num terreno vizinho ao loteamento, transformando a região num barril de pólvora
Gustavo Stephan / O Globo
RIO – As placas indicam o perigo: “Área com recomendação de restrição de uso. Potencial risco à saúde”. Nelas, moradores do conjunto habitacional Volta Grande IV, em Volta Redonda, são orientados a não usar água de poço, cultivar vegetais nem fazer escavações. Espalhadas pelo bairro há um mês, elas reforçam a apreensão em relação à contaminação do solo por resíduos da produção de aço. A promotora Flávia Brandão, do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público estadual, pediu a retirada das 750 famílias — cerca de 2.200 pessoas — que moram na área. Ela quer que a realocação seja custeada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A decisão está nas mãos do juiz da 3ª Vara Cível de Volta Redonda, Luiz Cláudio Gonçalves. De acordo com o MP, durante 13 anos a siderúrgica acumulou resíduos perigosos num terreno vizinho ao loteamento, transformando a região num barril de pólvora. (mais…)