As visitas foram realizadas entre 15 e 17 de junho e participaram quase 300 “turistas” brasileiros e estrangeiros. A intenção do projeto Rio+Tóxico era aproveitar que os olhos do planeta estavam virados para o Rio de Janeiro durante a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para sensibilizar a população sobre as lutas socioambientais que estão, obviamente, fora dos cartões postais da cidade eleita Patrimônio Mundial como paisagem cultural pela Unesco
A reportagem é de Lívia Duarte e publicada pelo sítio da FASE, 02-07-2012.
Contudo, as atividades não são ações isoladas: fazem parte do processo de apoio às comunidades que já acontece há anos e têm o objetivo de criar mais redes de solidariedade e apoio, fortalecendo as resistências a grandes empreendimentos tóxicos instalados na região.
Partindo do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) – o banco público que financia boa parte dos empreendimentos visitados – , os “turistas” chegaram à Magé, onde pescadores resistem contra os impactos causados pela Petrobras na Baía da Guanabara. Ou à Santa Cruz e Pedra de Guaratiba, locais afetados pela instalação da siderúrgica ThyssenKrupp. Em Duque de Caxias, além dos impactos da atividade petroleira na refinaria conhecida como REDUC, foram visitadas a Cidade dos Meninos (onde há 50 anos resíduos de inseticida abandonados geram doenças na população) e Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina. Fechado em junho, ainda faltam muitas respostas para as pessoas que viviam da cata de materiais na região e para solução dos problemas ambientais gerados. Com isso, foi possível mapear algumas das injustiças ambientais e violações aos direitos humanos mais graves na região. (mais…)