Em dez anos, população que se autodeclara negra aumenta, e número de brancos cai

Débora Melo – Do UOL, em São Paulo

Embora a população que se autodeclara branca ainda seja maioria no Brasil, o número de pessoas que se classificam como pardas ou pretas cresceu, enquanto o número de brancos caiu. É o que mostra um novo volume do Censo Demográfico de 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta sexta-feira (29).

O percentual de pardos cresceu de 38,5%, no Censo de 2000, para 43,1% (82 milhões de pessoas) em 2010. A proporção de pretos também subiu de 6,2% para 7,6% (15 milhões) no mesmo período. Por outro lado, enquanto mais da metade da população (53,7%) se autodeclarava branca na pesquisa feita dez anos antes, em 2010 esse percentual caiu para 47,7% (91 milhões de brasileiros). (mais…)

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A questão da localização na produção de habitação do programa Minha Casa, Minha Vida no Rio de Janeiro

Raquel Rolnik*

Compartilho aqui trecho de um artigo do arquiteto urbanista Antônio Augusto Veríssimo sobre a produção de habitação do programa Minha Casa, Minha Vida no Rio de Janeiro, com enfoque na questão da localização. Para ler o artigo completo, clique aqui.

Habitação, Emprego e Mobilidade: subsídios para o debate sobre a localização da HIS na cidade do Rio de Janeiro

Antônio Augusto Veríssimo**

O presente artigo foi escrito no início de 2010 como uma reação ao movimento de certos setores empresariais que reivindicavam, junto aos executivo e legislativo municipal, mudanças na legislação com o objetivo de integrar ao perímetro urbano áreas de ocupação restrita por se situarem em  regiões inadequadamente servidas por infraestrutura ou  utilizadas por atividades agrícola na Região Administrativa de Santa Cruz.

Na defesa de seus interesses, estes agentes argumentavam que a liberação dessas áreas para a produção de conjuntos habitacionais, a serem financiados pelo Programa Minha Casa Minha Vida, viria suprir a necessidade de produção de milhares de unidades necessária para atender o défict habitacional existente e aquela demanda adicional que seria criada pela atração de novos moradores provocada pela implantação de novas unidades industrias no polo de Santa Cruz. (mais…)

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MS – V Seminário Internacional: Fronteira Étnico-Culturais e Fronteiras da Exclusão – Inter/multiculturalidade e formação de educadores

O Seminário ocorrerá de 10 a 13 de setembro, na UCDB. Confira o serviço abaixo:

OBJETIVOS

  • Promover a reflexão e o diálogo entre pesquisadores e representantes de movimentos sociais de diferentes estados do Brasil e de diferentes países sobre inter/Multiculturalidade e formação de educadores.
  • Socializar pesquisas acadêmicas articuladas com a inter/multiculturalidade e formação de educadores;
  • Socializar experiências de formação de educadores que se pautam na inter/multiculturalidade;
  • Refletir sobre importância da formação de educadores numa perspectiva inter/multicultural para os movimentos indígenas, negros, feministas e populares;
  • Incentivar a articulação entre conhecimentos acadêmicos e as outras formas de conhecimento tendo em vista a formação de educadores numa perspectiva inter/multicultural;
  • Fomentar o fortalecimento e a formação de redes de pesquisa regionais, nacionais e internacionais que tenham como foco a inter/multiculturalidade e a formação de educadores. (mais…)

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Para ver e refletir: O Príncipe (Nicolau Maquiavel)

“O Príncipe” é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532. Trata-se de um dos tratados políticos mais importantes já escritos, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. Entre outras coisas, descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.

A visão EEUU do vídeo não deve nos impedir de refletir sobre ele. TP.

Enviado por José Carlos.

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Rio+morte

Rio de Janeiro tira sua máscara verde: dois pescadores artesanais cariocas foram assassinados por suas lutas socioambientais

O Rio de Janeiro acaba de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, onde o objetivo principal foi o de lançar uma nova agenda político-econômica baseada no conceito de “Economia Verde”, ideia que, como denunciaram centenas de organizações e movimentos da sociedade civil, ao invés de trazer soluções reais às crises socioambientais do mundo, propõe mais avanço do capital sobre a natureza, mais mecanismos de mercado e menos direitos para as comunidades que habitam e cuidam dos territórios.

Passaram alguns dias e aquela cidade repleta de cartazes sobre a Rio+20, sustentabilidade e natureza, tirou sua máscara “verde” e revelou o verdadeiro rosto que se esconde por trás daqueles que propõem a “Economia Verde”. Na sexta-feira passada (22), os pescadores artesanais e membros da Associação de Homens e Mulheres do Mar (AHOMAR), Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra (Pituca) desapareceram, seus corpos foram encontrados nos dias seguintes com sinais claros de terem sido assassinados.

Rádio Mundo Real conversou com o presidente da AHOMAR, Alexandre Anderson de Souza, sobre o assassinato de seus companheiros e sobre a situação em geral que vêm enfrentando as comunidades de pescadores da Baía de Guanabara nos últimos anos, uma história de perda de bens comuns, de ameaças e perseguições, mas também de luta e resistência. (mais…)

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