A falta de poder de decisão do representante da Delmont deixou os trabalhadores decepcionados.
Por Ribamar Silva
Em audiência realizada às 08 da manhã de quarta feira, dia 27 de junho, na sede do Ministério Público do Trabalho 7º região, em Limoeiro do Norte, com a procuradora do Trabalho Dra. Geórgia Aragão, empregados da empresa Delmont, assessoria jurídica da empresa representada pelo o Dr. Denílson Cardoso, frente sindical com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Limoeiro do Norte através do João Ribeiro da Costa, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais através do Reginaldo Araújo, Conlutas e RENAP (Rede Nacional de Advogados Populares) esteve reunida em uma mesa de negociação para buscar uma solução para as reivindicações que os trabalhadores da Delmonte estão cobrando da empresa.
Durante quase duas horas as partes interessadas estiveram frente a frente com o Ministério Público do Trabalho, e nada foi solucionado visto que a assessoria jurídica da empresa através do Dr. Denílson Cardoso, não levou para a audiência, nenhum poder de decisão, mesmo diante da extensa pauta de reivindicações apresentadas e comprovadas pela categoria.
Os trabalhadores haviam criado uma expectativa de uma possível negociação, mais acabaram sofrendo uma tremenda decepção com as palavras do assessor substituto do Dr. Nilton Assunção, isso porque, os trabalhadores foram informados que Dr. Denílson Cardoso viria com poderes de decisão, coisa que não aconteceu, o que deixou a todos os representantes decepcionados.
Os funcionários da empresa estão entrando em seu terceiro dia de paralisação total, onde reivindicam o combate ao assédio moral, não as humilhações, o cumprimento rigoroso de direitos trabalhista garantidos em lei, condições adequados de trabalho, pois hoje a precariedade está em todos os setores, alem de uma assistência médica já que muitos lidam com agrotóxicos no expurgo.
Relatos de funcionários da empresa, afirma que são vários empregados que contraíram doenças, em função da carga de serviço e peso, além do que o homem suporta, como também de ter que cumprir horas extras, que muitas vezes não são pagam. Há também outro relato de funcionário de que, são vários empregados que já adoeceram trabalhando e não receberam uma assistência médica da empresa.
Para muitos o regime de trabalho aplicado aos funcionários da empresa de plantio Delmont, instalada na Chapada do Apodí, não há nenhuma diferença do tempo da escravidão.
Os empregados nesta audiência tiveram uma conquista diante dos fatos denunciados. Segundo o assessor jurídico do sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Limoeiro do Norte, a Dra. Geórgia Aragão procuradora do município 7º região, devido às denúncias determinou uma investigação para diagnosticar os fatos narrados.
Com relação aos funcionários que estão com problemas de saúde, contraídos durante o período que trabalham na empresa, ela através do representante se comprometeu que segunda feira irá realocar esses funcionários que precisam de uma perícia médica.
Em relação à pauta principal que são as horas intínéris, essas estão fazendo parte dos dissídios coletivos hoje dia 27/06/2012 impetrado pela Federação dos Trabalhadores (as) da Agricultura do Ceará (Fetraece) e o outro pela Faec, que é a federação das Empresas do Ceará, e isto está sendo discutido em nível de Tribunal.
Enviada por Rodrigo de Medeiros Silva.
Fonte: TV Jaguar
gente eu queria denunciar o posto de combustivel 24h de limoeiro do norte, la a jornada de trabalho é de mais de 12h com um folga semanal. tambem nao existe o minimo de segurança para os funcionarios, pois é constantemente assaltado e o proprietario quer descontar do salario dos funcionarios alem do que la nem todos os funcionarios tem a carteira assinada. investiguem por favor. chega de trabalho escravo no interior do sertao. nao aguetamos mais.