ONGs denunciam à ONU perseguição da polícia a manifestantes contra Belo Monte

Entidades apontam imparcialidade e problemas no pedido de prisão preventiva contra 11 participantes de encontro contra Belo Monte.  Religiosa de 73 anos, padre de 65, professora de 62, jornalista e pescador estão entre os indiciados

Organizações de defesa de direitos humanos denunciaram nesta quinta-feira, dia 28, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU), criminalização política e perseguição policial decorrente de uma manifestação contra Belo Monte realizada no último dia 16, no Pará. Na ocasião, instalações do Consórcio Construtor responsável pelas obras da usina foram danificadas, o que gerou o indiciamento de 11 militantes e apoiadores da campanha contra a hidrelétrica. Segundo os defensores nenhum dos réus causou qualquer dano ao patrimônio da empresa e o indiciamento é uma clara tentativa de intimidação.

Segundo a polícia, a professora Antonia Melo, de 62 anos, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, a religiosa Irmã Ignês Wenzel, 73, o padre Alirio Bervian, 65, o pescador Elio Alves, presidente da associação de moradores da Vila Santo Antonio (desapropriada pelos empreendedores da obra), o jornalista Ruy Sposati, assessor de imprensa do Xingu Vivo, o professor Lazaro Verçosa, a professora e sindicalista Mônica Brito, e os missionários Ana Laide Barbosa, José Cleanton Curioso e Nilda Ribeiro, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) – todos residentes em Altamira -, além do cineasta e documentarista Rafael Salazar, residente em São Paulo, são acusados de dano qualificado, roubo, formação de bando e quadrilha, desobediência e perturbação de trabalho e sossego alheios. Eles tiveram a prisão preventiva pedida à Justiça na última segunda, 25. (mais…)

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Nota Pública da Comunidade Quilombo Rio dos Macacos

Enquanto os leões não tiverem os seus
contadores de histórias, as histórias das caçadas
glorificarão os caçadores. Provérbio Yourubano

A comunidade quilombola do Rio dos Macacos, em razão da Nota de Esclarecimento emitida pela Marinha do Brasil, datada de 13 de junho de 2012, deliberadamente omissa aos fatos que reiteradamente vem acontecendo na comunidade, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. No termo de doação datado de 1954, apresentado pela MB, fica compromissado que a União indenizaria os eventuais posseiros que residiam no território. Desafiamos a Marinha do Brasil a apresentar os documentos referentes aos processos de indenização das 60 famílias quilombolas expulsas do seu território, à época, para construção do condomínio da Vila Naval.

2. No mesmo termo de doação, há condicionante para a construção da barragem. A MB, deliberadamente, esconde do público que a barragem deve obrigatoriamente servir para o abastecimento de água para os bairros de Paripe, Tubarão e São Tomé de Paripe, e não somente para o condomínio da Vila Naval. Desafiamos a MB a comprovar que cumpriu a referida condicionante, sem a qual, a doação se torna inválida. (mais…)

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Corregedoria Nacional de Justiça apresenta balanço do Programa Justiça Plena

Da Agência Brasil

Brasília – A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, faz hoje um balanço do Programa Justiça Plena e divulga relatório sobre os resultados obtidos até agora.

Criado em novembro de 2010, o programa monitora o andamento de processos de grande repercussão social. No momento, 108 são monitorados e 13 já foram concluídos. O assassinato da ex-deputada federal alagoana Ceci Cunha é um dos casos de grande repercussão já julgados. Ceci, o marido e mais dois parentes foram mortos em dezembro de 1998, pouco depois de a deputada ser diplomada no cargo. O ex-deputado Talvane Albuquerque, seu suplente à época, foi condenado como mandante do assassinato.

Recentemente foram incluídas no programa a ação penal contra os envolvidos no desvio de recursos destinados à construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e oito ações civis públicas em que o Ministério Público questiona a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA) e do complexo de Teles Pires (MT/PA).

Edição: Graça Adjuto

 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-28/corregedoria-nacional-de-justica-apresenta-balanco-do-programa-justica-plena

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Cúpula dos Povos: Aviso sobre certificados de participação

Já enviamos certificados de participação por e-mail a todas as pessoas que fizeram inscrições individuais no Catarse (primeira segunda fases), mediante pagamento de R$ 10. No entanto, muitos e-mails voltaram ou entraram em caixas de spam.

Portanto, se você realizou inscrição individual e ainda não recebeu certificado, mande um e-mail para [email protected], com o assunto “Certificado de participação”. Assim, mandaremos os certificados diretamente para os que não o receberam inicialmente.

http://feedproxy.google.com/~r/CupulaDosPovosNaRio20/~3/sMItg__N5Vg/?utm_source=feedburner&utm_medium=email

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Pelo fim das ameaças e intimidações a Frei Gilvander Moreira

O Movimento Nacional de direitos Humanos/MG e o Instituto de Direitos Humanos – DH, MIDHIA – Comunicação e Direitos Humanos vem pelo presente, repudiar as constantes ameaças de morte e intimidações sofridas por Frei Gilvander Luis Moreira, Defensor de Direitos Humanos.

As lutas empreendidas e bandeiras de direitos humanos levantadas em defesa dos pobres de Belo Horizonte e de Minas Gerais têm incomodado setores que há tempos fazem de tudo, para intimidar e calar a voz deste profeta.

No último dia 21 de junho de 2012, Frei Gilvander Luis Moreira recebeu uma homenagem na Câmara dos vereadores de Belo Horizonte, MG, contemplado com o Diploma de Honra ao Mérito, por indicação do Vereador Adriano Ventura.

No dia seguinte à homenagem, o Frei Gilvander Moreira voltou a sofrer ameaças por telefone. As ligações e ameaças seguiram nos dias 25, 26 e ontem, dia 27 de junho. Entre as palavras de ameaças e intimidações, o agressor fala palavrões e sugere que o Frei mude de Belo Horizonte o quanto antes e que “sua batata já assou”. (mais…)

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CE – Ministério Público vai abrir investigação sobre empresa Delmont Limoeiro

A falta de poder de decisão do representante da Delmont deixou os trabalhadores decepcionados.

Por Ribamar Silva

Em audiência realizada às 08 da manhã de quarta feira, dia 27 de junho, na sede do Ministério Público do Trabalho 7º região, em Limoeiro do Norte, com a procuradora do Trabalho Dra. Geórgia Aragão, empregados da empresa Delmont, assessoria jurídica da empresa representada pelo o Dr. Denílson Cardoso, frente sindical com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Limoeiro do Norte através do João Ribeiro da Costa, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais através do Reginaldo Araújo, Conlutas e RENAP (Rede Nacional de Advogados Populares) esteve reunida em uma mesa de negociação para buscar uma solução para as reivindicações que os trabalhadores da Delmonte estão cobrando da empresa.

Durante quase duas horas as partes interessadas estiveram frente a frente com o Ministério Público do Trabalho, e nada foi solucionado visto que a assessoria jurídica da empresa através do Dr. Denílson Cardoso, não levou para a audiência, nenhum poder de decisão, mesmo diante da extensa pauta de reivindicações apresentadas e comprovadas pela categoria.

Os trabalhadores haviam criado uma expectativa de uma possível negociação, mais acabaram sofrendo uma tremenda decepção com as palavras do assessor substituto do Dr. Nilton Assunção, isso porque, os trabalhadores foram informados que Dr. Denílson Cardoso viria com poderes de decisão, coisa que não aconteceu, o que deixou a todos os representantes decepcionados. (mais…)

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Convocatória: reunião sobre os assassinatos dos defensores dos direitos humanos Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra, hoje, 18h

Militantes do Grupo Homens do Mar da Baia da Guanabara exterminados: O pescador Almir,foi encontrado morto, com as mãos amarradas nas costas, tendo marcas nítidas de execução. João Luiz Telles Penetra, ou “Pituca” como era conhecido, que também é fundador da Associação e único articulador da resistência da pesca artesanal na Ilha de Paquetá continua desaparecido.

Lutadores que enfrentam grandes empreendimentos, como CSA, Comperj/Petrobras  e, muitos deles, estão marcados para morrer. O assassinato de Almir e o desaparecimento [triste expressao]  de Pituca confirmam isso.

Convocamos para reunião objetivando organizar a luta em defesa dos companheiros da AHOMAR e para denúncia dos assasinatos brutais de ambas as lideranças.

LOCAL: Sede da Secretaria da Regional do ANDES-SN

HORA: 18h

DATA: 28/6

Secretaria Regional Rio de Janeiro
Av. Rio Branco, 277/1306 – Centro
20040-009 – Rio de Janeiro – RJ
Telefax: (0xx21) 2510 4242

Enviada por Mônica Lima.

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Irmãos gêmeos abraçados são agredidos e um morre

Oito desconhecidos atacaram José Leandro e José Leonardo da Silva, de 22 anos, depois de uma festa em Camaçari (BA). Golpes foram tão violentos que um dos rapazes não resistiu 

Salvador – Irmãos gêmeos, José Leandro e José Leonardo da Silva, de 22 anos, voltavam abraçados de uma festa promovida pela Prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na madrugada de domingo, quando foram abordados por oito homens que não conheciam. Eles saltaram de um micro-ônibus quando viram a festa, nas proximidades do Espaço Camaçari, onde eram realizados os shows.

Os irmãos foram ameaçados com facas, espancados e receberam pedradas. Leonardo morreu no local. Leandro sofreu fraturas na face, mas conseguiu ainda, antes de receber atendimento, acionar a polícia. Levado para o Hospital Geral de Camaçari, foi medicado e liberado, mas deve passar por uma cirurgia corretiva.

Os criminosos foram localizados pouco depois das agressões, por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e levados à 18ª Delegacia, responsável pelo caso. Com eles foram encontradas duas facas e pedras. Reconhecidos por Leandro, cinco deles foram presos em flagrante – e confessaram participação no atentado. “Até agora os dados apontam para crime de homofobia”, diz a delegada Maria Tereza Santos Silva. (mais…)

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Tortura refratária

Conhecer o passado é fundamental para compreendermos o presente e não cometermos os mesmos erros pretéritos no futuro 

Robson Sávio Reis Souza*

Uma série de reportagens publicadas pelo Estado de Minas e Correio Braziliense expôs para o Brasil e o mundo as torturas contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante a ditadura militar, em Minas Gerais. Recuperar a memória histórica da violência institucional sofrida por ela se constitui, simbólica e objetivamente, como importante causa para descortinarmos o passado, ainda mais em tempo de Comissão da Verdade. As matérias confirmam que Minas foi um importante centro da repressão política no período de exceção. A farta documentação que foi reunida pela Comissão Estadual de Indenização às Vítimas de Tortura, ao longo dos últimos 10 anos, poderá trazer novas luzes para uma melhor compreensão desse período.

Para além da exposição jornalística – que se estendeu por uma semana, envolvendo vários veículos de comunicação –, resta ainda, sob o ponto de vista político e histórico, destacarmos pelo menos três questões fundamentais. Em primeiro lugar trata-se da extensão da prática da tortura. Ao contrário do que comumente é conhecido, o regime ditatorial foi muito mais amplo do que se imagina. Ou seja, além de militantes de movimentos, partidos e sindicatos, a máquina política da repressão conseguiu atingir um número muito maior de ativistas que continuam anônimos, mas que foram vítimas de todo tipo de perseguição e sevícias. A partir de dados e informações dos militantes e instituições de direitos humanos de Minas, a comissão, em 2000, previa a recepção de cerca de 200 a 300 pedidos de indenização. Esse número já supera a casa de um milhar. Ou seja, centenas de pessoas, pelo interior do estado e, portanto, do Brasil, foram vítimas do regime de exceção. Isso deve pôr em evidência uma série de novos atores que precisam ser reconhecidos e cujas histórias merecem ser ouvidas e contadas. (mais…)

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Aumenta número de jovens presos em Minas

"É uma coisa que a gente nunca imagina que vai acontecer, uma dor grande", *Paula, mãe de rapaz preso aos 18 anos

Entre 2008 e 2012, número de detentos entre 18 e 25 anos nos presídios de Minas Gerais registrou crescimento de 162%

Guilherme Paranaiba

A auxiliar de serviços gerais Paula (nome fictício), de 36 anos, nunca imaginou que o tráfico de drogas, crime cujo crescimento explodiu no país nos últimos anos, interferiria no futuro de sua família. Mas há seis meses veio o golpe. Aos 18 anos, o mais velho de seus quatro filhos foi preso em flagrante vendendo pedras de crack em um aglomerado da Região Oeste de BH e desde então está detido à espera de julgamento. O caso do rapaz é o retrato do aumento expressivo do número de presos entre 18 e 25 anos nas unidades prisionais de Minas Gerais nos últimos quatro anos.

No fim de 2008, quando pouco mais de 30 mil pessoas estavam detidas sob a tutela do estado, 6,2 mil tinham entre 18 e 25 anos. Hoje, entre os 43 mil homens e mulheres privados de liberdade, 16,3 mil têm entre 18 e 25 anos, o que representa um aumento de 162% no número de presos desta faixa etária. Se em 2008 o percentual de detentos até 25 anos representava 20,4% do total, levantamento concluído em 5 de junho mostra que esse índice subiu para 37,7%. A única coisa que não mudou entre 2008 e 2012, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), é a razão pela qual as pessoas são presas: o tráfico de drogas continua sendo o crime que mais leva à cadeia, seja de forma provisória ou definitiva. (mais…)

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