Mercosul e Unasul suspendem Paraguai da próxima cúpula do bloco

Em comunicado conjunto, Argentina, Brasil e Uruguai anunciaram decisão de retirar país de encontro em Mendoza após impeachment relâmpago de Fernando Lugo

O Mercosul e a Unasul (União das Nações Sul-americanas) decidiram neste domingo suspender a participação do Paraguai da próxima cúpula do bloco, que será realizada na próxima sexta-feira na Argentina e na qual serão discutidas que medidas tomar em relação ao país após o impeachment deFernando Lugo.

Em comunicado conjunto, Argentina, Brasil e Uruguai anunciaram sua decisão de “suspender o Paraguai, de forma imediata e por este ato, do direito a participar da 43ª Reunião do Conselho de Mercado Comum e Cúpula de Presidentes do Mercosul”.

O bloco sul-americano, do qual o Paraguai é sócio fundador, também vetou a participação do Paraguai das reuniões preparatórias para a cúpula do Mercosul, que serão realizadas na cidade argentina de Mendoza.

A medida foi adotada, segundo argumenta a declaração, em consideração ao Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul, assinado em 24 de julho de 1998, e que determina “a plena vigência das instituições democráticas” como “condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração”. (mais…)

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O Golpe de Estado no Paraguai e a América do Sul

Por que o golpe de Estado quando praticamente se encerra a experiência de um tímido governo popular, arriscando as relações do país com seus vizinhos regionais de quem depende tanto comercialmente e no plano energético? O golpe de Estado se estabelece no elo mais fraco da cadeia de governos progressistas da região e sinaliza que as velhas estruturas da dependência, que combinam as oligarquias locais com o imperialismo, estão vivas. O artigo é de Carlos Eduardo Martins.

Carlos Eduardo Martins (*)

O golpe desferido contra o governo de Fernando Lugo é um importante sinal de alerta para as democracias e governos populares do Cone Sul.

Quais as razões para a sua imposição há nove meses do término do mandato popular do Presidente eleito, em plena realização da Rio + 20, momento de forte liderança internacional brasileira, ignorando solenemente o apelo e a presença dos chanceleres da Unasul e Mercosul em território paraguaio, bloco este com quem o Paraguai possuía, em 2007, 45% do seu comércio exterior, sujeitando-se ainda à punição pela violação de suas cláusulas democráticas, que vão da expulsão do Mercosul ao fechamento de fronteiras e interrupção do fornecimento de energia, se tomarmos em consideração o Protocolo de Ushuaia II, ratificado pelos poderes executivos de todos os seus Estados? (mais…)

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MG – Morador de rua é encontrado morto em Venda Nova

Moradores de rua dormiam na Rua Wandas Abras e quando acordaram encontraram o colega ensanguentado

Um morador de rua, foi encontrado morto na manhã deste domingo, na Rua Wandas Abras, no Bairro Mantiqueira, na Região de Venda Nova em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), moradores de rua dormiam no local e quando acordaram encontraram o colega ensanguentado. A PM não soube dizer se o homem foi vítima de tiros, facadas ou espancamento.

O Estado de Minas mostrou essa semana que Minas lidera assassinatos de moradores de rua no país. Nos últimos 15 meses, entre fevereiro de 2011 e maio de 2012, foram assassinados pelo menos 61 moradores de rua no estado. Quase todos os casos (54) ocorreram em Belo Horizonte. No mesmo período, pelo menos 195 mortes de moradores de rua foram registradas em todo o país.

O levantamento foi feito pelo Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável (CNDDH), composto por representantes do Ministério Público, da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, da Pastoral da Rua e de duas organizações ligadas a moradores de rua.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/06/24/interna_gerais,302071/morador-de-rua-e-encontrado-morto-em-venda-nova.shtml#.T-dXWepMFb8.gmail. Enviada por José Carlos.

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Lugo diz que foi vítima de golpe parlamentar

O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, destituído pelo Senado em um rápido julgamento político na sexta-feira, reapareceu na madrugada deste domingo e afirmou que foi vítima de um golpe parlamentar com uma ferramenta jurídica, em entrevista para a emissora estatal de TV. Federico Franco, que era o vice-presidente e foi empossado como novo governante do país, negou em declarações feitas no sábado que tenha ocorrido um golpe de estado do Paraguai e pediu compreensão diante do mal-estar gerado entre os governos latino-americanos que condenaram o processo.

Lugo participou de uma mesa redonda com jornalistas locais e estrangeiros, sinalizando que “em nove meses a situação retornará à normalidade com as eleições gerais do dia 21 de abril de 2013”. Franco completará o período de governo de Lugo, que era de cinco anos até 15 de agosto de 2013.

“Os bispos me visitaram antes do julgamentos político e pediram a minha renúncia para pacificar o país”, disse. “Contra o derramamento de sangue e a favor da paz, eu resolvi aceitar o resultado injusto do impeachment”, afirmou o ex-bispo da província de San Pedro, a região mais empobrecida do país. Lugo acusou os meios de imprensa locais, respondendo aos próprios interesses, de não terem se informado dos detalhes de sua defesa, embora não tenha dado mais detalhes sobre esse tema. (mais…)

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Marco Aurélio Garcia diz que Brasil não vai intervir em questões internas do Paraguai

Marcos Chagas*, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, descartou a possibilidade de o Brasil e os demais países do Mercosul (Argentina e Uruguai) intervirem em questões internas do Paraguai. Mas Garcia reiterou as críticas do governo brasileiro à forma como foi conduzido o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, que na última sexta-feira (22) foi substituído pelo seu vice, Federico Franco.

Em entrevista à Agência Brasil, Marco Aurélio Garcia rechaçou qualquer atitude que sinalize uma tentativa de intervenção em questões internas paraguaias. Ele reforçou que isso não ocorrerá nem por parte do governo do Brasil, nem do Mercosul.

O Brasil assumirá no fim da próxima semana, em reunião de cúpula, na Argentina, a presidência temporária do bloco, por seis meses, e a pauta principal da reunião deverá ser o impeachment de Lugo. Da parte brasileira, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência disse que o governo federal vai agir “sintonizado com as medidas adotadas pelo Mercosul”. (mais…)

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Legitimidade do governo paraguaio é questionada; Franco fica contra parede

Assunção – O novo governo paraguaio do presidente Federico Franco se encontrava isolado neste domingo de seus vizinhos latino-americanos, que de forma unânime questionaram a legitimidade da destituição na sexta-feira de seu predecessor, Fernando Lugo.

Seus sócios do Mercado Comum do Sul (Mercosul), Argentina, Brasil e Uruguai, decidiram no sábado retirar ou chamar para consultas seus embaixadores, depois que os países da Alba (Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua) anunciaram que não reconhecerão o novo governo.

O Brasil, principal sócio comercial do Paraguai (60% do total) com grandes interesses no país, classificou a destituição de Lugo de “ruptura da ordem democrática”.

“O governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do presidente do Paraguai decidido no dia 22 de junho passado, no qual não foi adequadamente garantido o amplo direito de defesa” e “considera que o procedimento adotado compromete o pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional”, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

“As medidas a serem aplicadas devido à ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os sócios do Mercosul e da Unasul, à luz dos compromissos com a democracia no âmbito regional”, disse o ministério brasileiro. (mais…)

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A Cúpula termina, mas as lutas continuam

A Cúpula dos Povos levou 80 mil pessoas à Marcha dos Povos e mobilizou diariamente 30 mil pessoas: sucesso

A terceira e última Assembleia dos Povos, realizada nesta sexta-feira (22), marcou o fim da Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental. Na Assembleia, representantes de entidades e movimentos elaboraram e apresentaram planos de campanhas e ações para as organizações nos próximos anos. O fim da Cúpula dos Povos não significa o fim do processo de construção de um novo paradigma, que continuará entre as redes e organizações que participaram do evento. Entre as mais variadas campanhas e ações programadas para os próximos anos, a luta contra a ‘economia verde’ perpassa todos os temas.

Foram programadas campanhas relacionadas a cada uma das cinco plenárias realizadas ao longo da Cúpula. Sobre a Plenária 1, que trata de direitos, foram agendadas campanhas anti-militarização; por igualdade de gênero dentro das organizações; por liberalização das drogas; contra a criminalização da juventude; por solidariedade com Cuba e Haiti; contra a privatização das sementes. (mais…)

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