A Comunidade Pataxó Hãhãhãe, através de seus líderes, agradece a todos os parceiros que ajudaram a conquistar os 54,105 hectares de suas terras, que há mais de 30 anos estavam para ser julgadas no STF.
Enviada por José Carlos.
A Comunidade Pataxó Hãhãhãe, através de seus líderes, agradece a todos os parceiros que ajudaram a conquistar os 54,105 hectares de suas terras, que há mais de 30 anos estavam para ser julgadas no STF.
Enviada por José Carlos.
A cada dia o Xingu+23, que acontecerá nos próximos 13 a 17, em Vitória do Xingu, estado do Pará (Norte do país) para debater a resistência à hidrelétrica Belo Monte, recebe mais adesões. Além de artistas que já haviam confirmado presença no evento, há poucos dias o cantor Gilberto Gil, a ambientalista e ex-ministra Marina Silva, o cantor Arnaldo Antunes e o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff também divulgaram apoio à iniciativa.
Para chamar ainda mais atenção para a luta contra o mega-empreendimento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Gilberto Gil cedeu sua canção “Um sonho” para ser transformada em clipe. Em poucos dias a música, que apesar de ser de 1977, ainda é atual, se tornou o hino do evento, por falar claramente sobre a luta contra o desenvolvimentismo, principal discurso em torno de Belo Monte.
Por meio de ações como estas, sobretudo nas mídias sociais, o evento ganhou mais repercussão e deverá receber além de artistas, cantores e ambientalistas de Belém, São Paulo e São Luís, ativistas dos Estados Unidos e da Turquia. (mais…)
Conflito iminente em ocupação de sem tetos em Diadema
No dia de ontem, 8/6, 150 famílias ocuparam um terreno abandonado em Diadema, uma Área de Interesse Social (AIS-1, o que significa que é destinada, no zoneamento da cidade, para fins sociais, como moradia). A reivindicação dos sem teto é uma negociação com o poder público para a construção de moradias populares dignas e regulares.
Hoje, 9/6, pela manhã, o secretário de habitação da cidade, Milton Nakamura, veio ao terreno e chamou a Guarda Municipal para iniciar imediatamente o despejo das famílias. Ele alega que a ocupação do terreno é crime ambiental, ainda que nessa mesma área já haja um programa de habitação popular, que está parado há 20 anos e encontra-se em fase de licenciamento ambiental.
HÁ VIATURAS DA GUARDA MUNICIPAL NO LOCAL E O CONFLITO É IMINENTE! A GUARDA FECHOU AS ENTRADAS DO TERRENO E NÃO DEIXA ENTRAR NEM PESSOAS NEM MANTIMENTOS.
Os integrantes da ocupação – batizada de Ivo Teles em homenagem a um morador da ocupação do Pinheirinho em São José dos Campos assassinado pela polícia – afirmaram estar abertos ao diálogo e demonstram preocupação frente a um perigo de violência por parte da polícia. (mais…)
Um importante debate será realizado em 14 de junho, quinta-feira, na ACM (Rua da Lapa, 86, 6º andar), às 18h: “O que está em disputa no Rio e na Rio+20?”.
Chico Alencar e Marcelo Freixo dividirão a mesa com Etelvina Mazzioli (MST), Jean Pierre Leroy (Fase), Nnimmo Bassey (Amigos da Terra) e Nora Cortiñas (Mães da Praça de Maio).
Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul, coordena. A atividade faz parte da preparação para a Cúpula dos Povos, que começa no dia seguinte.
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Enviada por Mônica Lima.
João Paulo
Ele foi batizado como Edinaldo, se tornou Naldo, que era mais simples e verdadeiro (como ele), e acabou sendo Naldinho para os que tiveram a sorte de conviver com ele. Nasceu no Maranhão, viveu até a juventude no Pará, trabalhou em Minas, estudou em São Paulo. O mundo para ele era uma casa e todas as pessoas faziam parte de sua família. Era tão alegre e inteligente que deixava todo mundo confuso: não se submetia às tiranias da seriedade, mas era capaz de análises de argúcia impressionante. Tudo começava e terminava no afeto. Ele era todo coração.
Naldo morreu na semana passada, aos 37 anos, em Rio Branco, no Acre, onde era professor da rede pública e militante de vários movimentos sociais. No dia 1º, cerca de 50 pessoas se reuniram no salão paroquial da Igreja São José, no Centro de Belo Horizonte, para lembrar o amigo e cantar para ele as canções que ele gostava de ouvir. Eram pessoas de vários campos da militância popular, pessoas ligadas à Igreja, ao movimento de mulheres, aos sem-terra, aos partidos políticos de esquerda, à associação de catadores de material reciclável, entre outros. Companheiros de luta. Naldo foi, com toda a alegria que emanava, um companheiro e um lutador.
No centro da roda dos amigos que se reuniram para seu quarup afetivo, alguns poucos objetos dispostos com cuidado, como oferendas, sintetizavam a trajetória de Naldo: uma Bíblia, um enfeite feito de penas de aves da floresta, um volume de Grande sertão: veredas, algumas contas, um pequeno instrumento de percussão, uma rede, flores. Estavam ali, como matéria, algumas das balizas de um homem justo e bom. Mas o melhor dele foi surgindo à medida que as pessoas foram destacando, cada uma a seu jeito, do que era feito de verdade Naldinho. (mais…)
Retificamos a chamada anterior para a Reunião Extraordinária do Fórum de Saúde RJ, na próxima terça (12/06), que ocorreria na UERJ.
Modificamos o local da reunião para o Sindicato dos Médicos (Avenida Churchill, 97/ 11º andar – Castelo), às 18h, para que as entidades que compõem o Fórum participem do Ato em Defesa da Educação e Saúde Pública.
O Ato terá sua concentração às 13h, na Candelária, e Marcha às 14h, até a Praça XV. De lá, partiremos para o SINMED.
Contamos com a presença de todos para o Ato e para a Reunião!
Enviada por Mônica Lima.
Na última quarta-feira (6), 43 estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas em Guarulhos, foram detidos durante a reintegração de posse do campus. Os alunos estavam acampados no local desde o dia 22 de março em protesto contra as más condições do campus: ali, eles montaram barracas e ocuparam o refeitório e a reitoria
Os detidos foram levados pela polícia em um ônibus cedido pela reitoria da universidade. A operação foi executada pela tropa de choque da Polícia Militar e acompanhada pela Polícia Federal (PF). (mais…)
No último dia 10 de maio, o programa Brasil Urgente Bahia exibiu, e a Band reprisou nacionalmente, a matéria “Chororô na delegacia: acusado de estupro alega inocência”, feita pela repórter Mirella Cunha
Por Conceição Lemes, no Vi o Mundo
Porém, só a partir de 21 de maio, quando o vídeo caiu nas redes sociais, o episódio ganhou repercussão nacional.
O jornalista e blogueiro Renato Rovai foi o primeiro a denunciar a barbaridade: A repórter loira, o suposto negro estuprador e uma sequência nojenta.
Um grupo de jornalistas enviou carta aberta ao governador, ao Ministério Público e à Defensoria Pública do Estado condenando os abusos de programas policialescos na Bahia. O Ministério Público Federal decidiu investigar o caso.
Indignado, o baiano Gerson Carneiro, leitor do Viomundo e defensor de causas lúcidas e injustiçadas, nos mandou o link do vídeo, com esta mensagem:
“Poxa, independentemente de qualquer culpa do rapaz, isso não se faz. Todos os preconceitos estão aí. Um negro, pobre, acusado de estupro, sem advogado, algemado, acuado por uma loira detentora da situação naquele momento. O rapaz indefeso responde ingenuamente aos deboches da moça. Jornalismo tinha que ter um órgão regulador como tem Direito, Medicina, Engenharia, Arquitetura…”. (mais…)
Recebi de um leitor a imagem que ilustra este editorial. Primeira página de O Globo pós-golpe de 1964, Presidência interina de Ranieri Mazzilli, enquanto os donos do poder e seus gendarmes decidem o que virá. Treze dias depois o então presidente da Câmara volta a seu assento de congressista e a ditadura é oficialmente instalada. Comentário do amável leitor: eis aí os defensores midiáticos da democracia sem povo
Por Mino Carta, em Carta Capital
De fato, acabava de ser desferido um golpe de Estado, mas seus escribas, arautos e trompetistas declamam e sinfonizam a história oposta. O marciano que subitamente descesse à Terra, diante da página de O Globo, e de todas as dos jornalões, acreditaria que o Brasil vivera anos a fio uma ditadura e agora assistia à sua derrubada. Em editorial, nosso colega Roberto Marinho celebrava: “Ressurge a Democracia!” (mais…)
Estudo desenvolvido pelo professor Carlos Alexandre dos Santos mostra como aspirações camponesas ainda organizam as comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul
Luciana Barreto*
A melhor tese de doutorado do país em Antropologia foi produzida na Universidade de Brasília. A história dos quilombolas no Mato Grosso do Sul, sob a perspectiva do campesinato e da memória de seus idosos, além da luta política pelo direito à terra dessas comunidades, resultou em mérito e reconhecimento à pesquisa desenvolvida pelo professor-substituto do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, Carlos Alexandre Plínio dos Santos. O estudo foi selecionado pelo Prêmio Capes de Tese Edição 2011, divulgado nesta semana. Foram eleitas as 45 melhores teses de doutorado, defendidas em 2010, em diferentes áreas do conhecimento.
Sob a orientação da professora Ellen Fensterseifer Woortmann, Carlos Alexandre demonstrou em sua tese que as aspirações camponesas que orientaram a formação dos primeiros quilombolas são as mesmas que até hoje mantêm as 17 comunidades rurais negras que investigou, no Mato Grosso do Sul. São ideais como acesso à terra, formação de famílias e controle do processo de trabalho.
Para o pesquisador, as interações ocorridas entre ex-escravos da região pesquisada e das fazendas escravocratas do Triângulo Mineiro e do sul de Goiás ocasionaram o que ele chamou de “irmandade”, ou seja, “uma união que tem como principal objetivo a preservação de um projeto camponês”. A partir desse processo, novos núcleos se fortalecem e se organizam, “interligando, até mesmo, territorialidades espacialmente descontínuas”. (mais…)