Advogado de jovem ironizado por repórter na TV diz que prisão foi irregular

‘Não há provas materiais. A suposta vítima do estupro fez exame de corpo de delito e não havia nenhum vestígio desse crime’, afirmou José Raimundo dos Santos Silva ao iG

João Paulo Gondim, iG Bahia

O advogado de um jovem preso no final de março e alvo de deboche em uma reportagem do programa “Brasil Urgente”, da TV Band Bahia, pode ter sido detido erroneamente. É o que sustenta o advogado do rapaz, exposto em rede nacional e alvo de gozações e ironias da repórter Mirella Cunha, que o entrevistava, em conversa com o iG.

“Não há provas materiais. A suposta vítima do estupro fez exame de corpo de delito e não havia nenhum vestígio desse crime, nada foi atestado. A única testemunha do caso não presenciou o suposto crime, apenas ouviu relatos do que havia acontecido”, afirmou o advogado do rapaz, José Raimundo dos Santos Silva.

Paulo Sérgio Silva Souza, de 18 anos, foi preso no dia 31 de março por suspeita de estupro. Desde então, ele está detido na 12ª Delegacia (Itapuã). Em meados de maio, uma entrevista que ele deu um mês antes para a repórter Mirella Cunha, da versão baiana do programa “Brasil Urgente”, da Band, repercutiu em todo o Brasil. A jornalista ironizou a baixa instrução do entrevistado e declarou que ele queria estuprar a mulher. Enquanto ele falava, a sonoplastia inseriu barulho de choro. Em determinado momento, a repórter disse “Paulo Sérgio estuprador”. O apresentador do programa, Uziel Beueno, declarou que o detido era “metido a estuprador”. (mais…)

Ler Mais

Indígenas exigem melhorias

Uma negociação mediada pelo Ministério Público Federal (MPF) colocou um ponto final na ocupação da sede do Departamento de Saúde Indígena (Dsei) – que funciona na sede da Funasa em Porto Velho, por indígenas que são atendidos pelo Polo Base de Humaitá e da Casai (Casa do Índio) da Capital. A manifestação foi iniciada na terça-feira e encerrada na quinta-feira desta semana, com a promessa de destinação de três veículos para fazer o transporte de pacientes e equipe médica no Polo Base de Humaitá, onde as viaturas disponíveis estão em precárias condições. Outra viatura foi disponibilizada para a Casai de Guajará-Mirim. Um novo protesto é programado para o fim do mês.

Os veículos ainda estão em fase de emplacamento. Além disso, o Dsei está fechando um contrato para aluguel de carros que serão utilizados no atendimento à saúde indígena. A negociação também incluiu a garantia de participação de 10 lideranças em uma reunião na prefeitura de Ji-Paraná para falar sobre a execução de verbas destinadas à saúde indígena. (mais…)

Ler Mais

Mais trabalho escravo em BH

Sem estrutura. Alojamento era dividido por dezenas de operários, que só tinham seus colchões FOTOS STIC-BH/DIVULGAÇÃO

Construtoras foram obrigadas a fazer acerto de operários resgatados de obras

Daniel Leite e Natália Oliveira

A promessa é tentadora: emprego numa cidade grande, bom salário, um lugar para morar e a chance de dar uma vida melhor às famílias que ficam para trás. A realidade, porém, é outra: os R$ 1.500 mensais às vezes viram só R$ 200, a comida é só arroz, o alojamento são colchões amontoados ou papelão no chão. Mais uma denúncia de que trabalhadores da construção civil estavam em situação análoga à escravidão resultou ontem em acordo, no Ministério do Trabalho. (mais…)

Ler Mais