
“Há 28 anos quiseram fazer calar a voz do líder indígena Marçal, o grito foi além fronteiras e fez ao mundo dirigir o seu olhar para o povo Guarani-Kaiowá , porque é forte o grito dos homens, que estão juntos como um arco-íris no abraço de Mar a mar. Vamos continuar a gritar a invencível causa dos pobres, como irmãos e irmãs com o amor da Mãe Terra, como um sinal de bondade de ternura e vida plena, acreditemos na proposta de vida dos povos indígenas” (Francy Perez).
Os milhares de manifestações, de atos contra a impunidade e solidariedade ao povo Guarani, são sinais claros de que é necessário dar um basta a esse massacre e genocídio dos povos nativos desta terra. Essa guerra secular tem que acabar!
“É o que está acontecendo neste Estado, onde, em ondas sucessivas de repetidos assassinatos contra grupos indígenas, semeia-se ao lado de corpos crivados de balas, a sensação de que se vive num Estado cuja lei só submete os pequenos. Enquanto aguardam pela identificação e delimitação de suas áreas, um a um do povo Guarani vai tombando, semeando cruzes, misturando-se ao pó e ao capim braquiária e a cana, e seu dono, de hálito de pólvora e bovinos métodos de extermínio” (Carlos Alberto – “Acorda Mato Grosso do Sul” – novembro 2011).
Contra a impunidade e em defesa dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul
“Queremos justiça, queremos justiça!” Em coro, mais de 300 pessoas, gritam no auditório da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul. A voz potente de Mercedes Sosa, pede que não sejamos indiferentes ante tantas vidas matadas, num mundo tão injusto! De Marçal Tupã’i a Nísio Kaiowá Guarani, muitas vidas foram plantadas no chão encharcado de sangue. Forte emoção no plenário. Uma criança Kaiowá entra trazendo uma vela acesa. A luz não pode ser sepultada. Nísio, assim como Marçal e centenas de lideranças desse povo, irão iluminar os passos na reconquista de suas terras. (mais…)
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