Tania Pacheco
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro está convidando para a homenagem que prestará à Juíza Patrícia Acioli, ex-aluna da UERJ. Uma pedra de bronze será colocada na próxima sexta-feira, às 11 horas, no Salão Nobre da Faculdade de Direito, no 7º andar da Universidade. A família receberá uma cópia, e haverá manifestações de pessoas do Judiciário que conheceram a admiravam o trabalho e a coragem da Juíza.
Para não esquecer e monitorar
Patrícia foi assassinada com 21 tiros quando chegava do trabalho, na porta de sua casa em Piratininga, Niterói, no dia 11 de agosto de 2011. Embora ameaçada de morte há mais de cinco anos e de se saber que seu nome fazia parte de uma lista de pessoas “marcadas para morrer”, Patrícia estava há meses sem proteção.
O assassinato teve como motivo o fato de a Juíza, responsável pela 4a. Vara Criminal, de São Gonçalo, manter uma atitude intransigente em relação à formação de milícias e a outros crimes praticados por PMs, tendo condenado e enviado cerca de 60 para a prisão.
No dia 10 de outubro, o Ministério Público Estadual pediu a transferência do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM, de São Gonçalo, e apontado como mandante do crime, e do tenente Daniel Santos Benitez Lopes, um dos executores, para um presídio federal fora do Rio, com Regime Disciplinar Diferenciado.
O promotor Rubem José Bastos Vianna, titular da 7ª Promotoria de Justiça, justificou o pedido dizendo que o sistema penitenciário do Rio de Janeiro é vulnerável, e “os dois demonstraram periculosidade acima da média. Ocupam postos com inegável interferência nos fatos”. Mas o pedido foi negado pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal, de Niterói, na última quinta-feira, dia 3 de novembro. Os dois oficiais continuarão presos em Bangu I, aguardando o julgamento no qual são também acusados outros nove PMs, por eles chefiados.
O juiz Peterson Barroso Simão marcou para quarta-feira, dia 9 de novembro, o início das audiências sobre o caso. A continuação dos depoimentos das testemunhas e dos suspeitos está marcada para os dias10,11,16,17 e 18 de novembro.
perdas, sempre causa muita revolta, ainda mais se tratando de inocentes…, mais o que mais fica de visivil as mulheres que carregam a vida diária de ser mãe, mulher, educadora e muitas das vezes chamada de louca, infelizmente é a discriminação, mais nada como, existir mulheres que ainda estão vivas e com força para parar esse tipo de mundo, homens e mulheres, estudos uma confusão, peço paz a são Gonçalo e principalmente ao fórum onde ela trabalhava e fica bem ao lado de onde eu moro, mais minha janela fica de frente para igreja de santa catarin a padroeira dos estudantes, saber que existiu mulheres como minha mãe, minha tia e muitas que morreram sem nenhuma causa aparente, casos sem solução, so escutamos que somos mulheres erradas…, eu sei que eu não sou e estudei muito, amo a profissão de advogada, mais sou tec., nada contra as demais, mais tudo faz surgir mais desenhos e cores para fazer o nosso planeta dizer que nasceram estrelas e morreram amando suas profissões, e suas causas…deus esteja entre todas, e os anjos acampem ao redor de todas nos mulhere, porque precisamos de alguma forma de um ensinamento que maria mãe de jesus cristo nos deixou, a compaixão de cristo. que deus nos ilumine como pessoas, e não nos condene que no dia da justiça final, estaremos um diante do outro para por as nossas faltas, seja com nos mesmos ou com o nosso próximo, amo minha filha, estella, como amo todas as crianças, vinde a mim pois delas serão o reino dos céus. creio em deus pai todo poderoso criador do céu e da terra, eu perdi meu filho neste mesmo dia, em que ela foi assassinada, eu tenho certeza, que nos momentos mais difícil, sempre tem um deus, nos dando força. fique com nossa senhora de fátima, nossa rainha da paz, eternamente.
Bela iniciativa, Marisa. Se puder e quiser, envie um lembrete na véspera, se possível com mais informações sobre como será a homenagem, e noticiaremos.
A juíza Patrícia Acioli ficou na memória da população gonçalense e das militantes do Movimento de Mulheres em SG. Um dos seus últimos julgamentos foi o de uma mulher – Joseane Monteiro, 19 anos, assassinada em 2007, pelo seu ex namorado William Jefferson. Ele foragido da justiça foi condenado a 19 anos de prisão e continua sendo procurado pela polícia e Disque Denúncia. O Movimento de Mulheres acompanhou as 8 horas de julgamento e viu o quanto a Dra Patrícia era determinada justa, ética e humana. Ela será homenageada pelas mulheres gonçalenses no dia 08 de dezembro, 10 horas, na Av. Albino Imparato, s/n – Jardim Catarina (ao lado do DPO e em frente a Lona Cultural); ocasião que inauguraremos o CEOM PATRICIA ACIOLI (Centro Especial de Orientação à Mulher). Compareça e prestigie.
Marisa Chaves
Presidente do Conselho da Mulher de SG