Eram 3:30h da madrugada do dia 5 de julho de 2011. Na Praça da Assembleia, ao lado do Centro Comunitário da Comunidade Dandara, no Céu Azul, região da Nova Pampulha, –quando o céu ainda estava salpicado de estrelas– região não muito distante da suntuosa e megalomaníaca Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, MG, Brasil, um belo horizonte se ensaiava para nascer – não apenas mais um dia, mas um dia histórico de luta das 950 famílias dandarenses que, obstinadamente, lutam há 2,3 anos não apenas pelo direito à moradia, mas por moradia digna e pelo direito de se viver com dignidade.
Envolvidos pelo frio e pela umidade de uma noite junina e pelas luzes cintilantes dos bairros circunvizinhos da capital mineira, eram mais de 2 mil pessoas reunidas: a Família Dandara, com seus filhos e filhas dandarenses. Imagem inesquecível que certamente ficará na retina de todos/as que se reuniram ali. (mais…)
Por Fernanda Cruz – Asacom
Há vinte anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco 92) e o ciclo social de conferências das Nações Unidas, que a ela se seguiu, discutiram os problemas globais que afetam a humanidade e pactuaram uma série de propostas para enfrentá-los (as convenções sobre mudanças climáticas, biodiversidade, desertificação, a Agenda 21, Carta da Terra, entre outras). Mas aquilo que deveria ter sido o início da reversão das situações de miséria, injustiça social e degradação ambiental frustrou boa parte das esperanças depositadas neste processo.



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