MS – Acusado de furtar ovo de páscoa, homem é surrado por segurança das Lojas Americana

Um ovo de páscoa foi o motivo para Márcio Antonio de Souza, de 33 anos, ser espancado, segundo ele, dentro da Lojas Americanas, localizada no centro de Campo Grande. O homem, que trabalha como vigilante, caminhava pela loja quando, por volta das 9 horas deste sábado (23), foi abordado por um segurança e levado para uma sala reservada.

No local, Márcio teria sido acusado de furtar um ovo de páscoa e foi brutalmente agredido. Ele foi para a Santa Casa de Campo Grande, onde recebeu atendimentos no setor de ortopedia, com o nariz fraturado.

O rapaz conta que o chocolate havia sido comprado em outro estabelecimento, mas garante que nao teve tempo de explicar. A família acredita que a agressão foi motivada por racismo. Márcio é afro-descendente.

“Tinha comprado dois ovos de páscoa no Makro (outro estabelecimento na Capital) e marcado para entregar um deles na rua Cândido Mariano para minha filha, na frente da loja. Após dar o presente dela, resolvi atravessar a loja das Americanas para pegar minha moto, que tinha deixado na rua Dom Aquino. Foi quando fui pego pelo segurança”, conta Márcio. (mais…)

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Especial: Pará – a autonomia e sustentabilidade indígena nos últimos 20 anos

Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA

O Pará é o segundo Estado brasileiro em número de populações indígenas, segundo as estatísticas da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Possui oficialmente 39 terras indígenas e 41 etnias. Levantamentos recentes, contudo, mostram que tal número pode ser maior: havendo registro da existência de 55 etnias no Estado, falando 27 idiomas. Desde o descobrimento do Brasil, há 511 anos, até então, os índios têm estado à margem de uma sociedade que nem sempre valoriza sua cultura, seus conhecimentos e sua individualidade. No entanto algumas conquistas foram alcançadas e, de um povo submisso aos colonizadores, os indígenas tornaram-se cidadãos, portadores de direitos.

É o que demonstra a Tese “Autonomia e sustentabilidade indígena: entraves e desafios das políticas públicas indigenistas no Estado do Pará entre 1988 e 2008”, defendida pela antropóloga Rosiane Ferreira Gonçalves, a qual teve por objetivo analisar como (e se) as políticas públicas indigenistas elaboradas desde 1988 e executadas no Pará garantem (ou não) a autonomia e sustentabilidade econômica, ambiental e sociocultural dos povos indígenas nelas envolvidos.

O estudo foi apresentado ao Programa de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), e traz algumas reflexões interessantes quando se vivencia mais uma vez o Dia Nacional do Índio, dia 19 de abril. Será que o cenário atual da realidade dos povos indígenas no Pará merece comemoração? (mais…)

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Entrevista: Promovendo o Ano dos Afrodescendentes

Direitos dos povos

O Ano Internacional dos Afrodescendentes deve servir para comemorar o tema, promovendo avanços para garantir os direitos dos povos e o combate ao racismo, defende o professor Paulo Vinícius Baptista da Silva.

Falando à Rádio ONU a partir de Indiana, sobre a sua participação no congresso “África e a sua Diáspora”, organizado pela Unesco, ele defende uma produção científica sobre os afrodescendentes ancorada num conhecimento sobre o continente.

O académico brasileiro diz ter constatado que a questão da diáspora é de reconhecida importância nos pesquisadores africanos, que devem criar uma rede baseada na matriz de pensamento da filosofia africana e produção de conhecimento.

Acompanhe a entrevista a Eleutério Guevane.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/195004.html

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MA – Começa coleta de dados de pesquisa com quilombolas

Durante este mês de abril, 23 comunidades quilombolas tituladas do Maranhão, duas do Rio de Janeiro e seis de São Paulo receberão visitas das equipes de pesquisadores responsáveis pela coleta de dados da pesquisa de avaliação nutricional. O trabalho de campo começou no dia 9 e busca revelar o perfil nutricional de crianças menores de cinco anos, além de avaliar a situação socioeconômica das famílias. O levantamento abrangerá 173 comunidades quilombolas que obtiveram título de posse coletiva da terra entre 20 de novembro de 1995 e 14 de outubro de 2009. No total, serão 55 municípios pesquisados. Durante as visitas, as crianças nessa idade serão medidas e pesadas.

Conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o levantamento pretende, também, analisar o acesso das 173 comunidades quilombolas aos serviços, benefícios e programas governamentais.

Em um estudo realizado em 2005 pelo ministério, dados revelaram que, de cada dez crianças com até 5 anos que vivem em comunidades quilombolas, uma está desnutrida. A mesma avaliação constatou que 11,6% dos meninos e meninas dessas localidades apresentam déficit de altura para a idade, principal indicador para aferir a desnutrição. O levantamento igualmente traduziu o perfil socioeconômico da população. (mais…)

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Ambientalistas são mortos em chacina com cinco vítimas no Paraná

Vítimas levaram tiros nos olhos e na nuca - Reprodução TV Globo

SÃO PAULO – Cinco homens foram encontrados mortos na madrugada deste sábado, 23, no município de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. Eles estavam amarrados e foram mortos com tiros na cabeça. Entre as vítimas, estavam três ambientalistas.

Os cinco amigos estavam em uma casa na área rural de Piraquara. O imóvel pertence a Jorge Roberto Carvalho Grando, funcionário da prefeitura de Pinhais, onde foi secretário de meio ambiente. Ele, o irmão Antonio Grando, que também era funcionário da prefeitura de Pinhais, o empresário Gilmar Reinert, o funcionário da Colônia Penal Agrícola de Piraquara, Valdir Vicente Lopes e Albino Silva, vizinho de Jorge e funcionário da Sanepar foram mortos por volta de meia noite desta sexta-feira. (mais…)

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TO – Ocupantes de território quilombola Kalunga do Mimoso são informados sobre desapropriações

Durante duas audiências públicas realizadas nas cidades de Arraias e Paranã, 18 e 19, os ocupantes não quilombolas da área reconhecida como território da comunidade Kalunga do Mimoso receberam informações sobre os procedimentos de desapropriação dos imóveis rurais localizados nos mais de 57 mil hectares a que os remanescentes de escravos têm direito. A retirada de proprietários e posseiros foi debatida com representantes do Ministério Público Federal, Incra, Prefeituras, Câmara de Vereadores das duas cidades onde está localizada a área, Itertins, Defensoria Pública, Superintendência Estadual do Patrimônio da União, Superintendência Estadual de Patrimônio Cultural e Coordenação Nacional de Regularização de Territórios Quilombolas. Kalunga do Mimoso é a primeira das 27 comunidades que se auto definiram como quilombolas no Tocantins que está próxima de receber o título comunitário definitivo da terra. As notificações dos proprietários e a realização de vistorias para avaliação dos imóveis acontecem em maio e junho, com quatro equipes do Incra.

O procurador da República Álvaro Manzano falou sobre a determinação constitucional da União em titular as áreas remanescentes de quilombolas, atribuição do Incra fiscalizada pelo Ministério Público Federal para que sejam assegurados os direitos dos quilombolas e dos proprietários de imóveis. Aos ocupantes que não têm título definitivo, serão apresentadas alternativas para o recebimento das indenizações. O superintendente regional do Incra, Ruberval Gomes da Silva, destacou a importância da titulação para assegurar o acesso às políticas públicas, e que a regularização da comunidade resgata a história, tradições e cultura dos quilombolas na região. (mais…)

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Negros têm o dobro de chances de ser assassinados

Apesar de a taxa geral de homicídios ficar estável no país, entre pretos e pardos esse índice cresceu

A probabilidade de um homem negro morrer assassinado no Brasil é mais do que o dobro se comparada à de um branco. A informação faz parte do Relatório Anual das Desigualdades Sociais, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a partir de dados do Ministério da Saúde e da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios). Os últimos dados estatísticos disponíveis sobre homicídios são de 2007.

O estudo mostra também que, apesar de as taxas de homicídios permanecerem estáveis nos últimos anos, o número de negros (que incluem negros e pardos) assassinados cresceu vertiginosamente. (mais…)

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Desigualdade racial se agrava no Brasil, diz relatório da UFRJ

Desigualdade racial se agrava no Brasil, diz relatório da UFRJ
Por outro lado, trabalho constata que pretos e pardos foram os mais beneficiados pelo estabelecimento do SUS

Wilson Tosta / RIO – O Estado de S.Paulo

O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009-2010, lançado semana passada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta a persistência e o agravamento da desigualdade entre pretos e pardos, de um lado, e brancos.

O trabalho, produzido pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da UFRJ, mostra, por exemplo, que em 2008 quase metade das crianças afrodescendentes de 6 a 10 anos estava fora da série adequada, contra 40,4% das brancas. Na faixa de 11 a 14 anos, o porcentual de pretos e pardos atrasados subia para 62,3%. (mais…)

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BA – “Raça entre classe e espaço: questões sobre a experiência das cotas raciais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro”

O Laboratório de Investigações em Desigualdades Sociais – LIDES, juntamente com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – PPGCS, o Programa A Cor da Bahia e o Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO, convidam a todos para a palestra ‘Raça entre classe e espaço’, a ser proferida pelo antropólogo André Cicalo, no dia 29 de abril, às 9:00, na sala de aula do LIDES, localizada no campus de São Lázaro.

 

A pesquisa do antropólogo André Cicalo tem por intenção debater, do ponto de vista etnográfico, como “raça” emerge entre discursos de “classe” e “espaço” na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Por determinação de lei específica, tal universidade introduziu cotas raciais com o intuito de favorecer o ingresso de estudantes auto-declarados “negros”. Nesse contexto, uma pergunta que se continuou a fazer é se o racismo pode ser enfrentado através de medidas que parecem reforçar, na coletividade, a noção de diferenças raciais. Na apresentação aqui proposta, Cicalo argumenta que a diversidade social produzida pelas cotas na UERJ acaba refletindo, mais ou menos fielmente, as tensões sociais e raciais do espaço urbano, ao mesmo tempo em que mostra caminhos interessantes para negociar os contrastes aí presentes. (mais…)

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