Pataxós de Santo Antônio do Pontal, Governador Valadares – MG

O Povo Pataxó, originário do Sul da Bahia, ocupa a Fazenda Guarani, no município de Carmésia/MG desde a década de 1970, totalizando aproximadamente 300 pessoas. Há um grupo que vive no município de Itapecerica na Aldeia Muã Mimatxi e na aldeia Jundiba Cinta Vermelha, no município de Araçuaí, juntamente com uma família de Pankararu. Há outro grupo que vive no município de Guanhães, no parque do Rio Correntes. Há a aldeia Tucunã, no município de Açucena.

No distrito de Santo Antônio do Pontal, município de Governador Valadares, há sete famílias de Pataxó. Conhecidos pelo seu semi-nomadismo, a chegada dos Pataxó em Minas é conseqüência de dois fatos históricos importantes: o primeiro, quando ocorre o famoso ‘Fogo de 51’ caracterizado pela ação violenta da polícia baiana que desarticulou as aldeias, dispersando o Povo Pataxó, como forma de promover a ‘ocupação civilizada’ na região de Porto Seguro; o segundo foi a transformação de 23.000 hectares de seu território em parque nacional – o Parque Nacional do Monte Pascoal, criado em 1943, e tendo sua área limítrofe oficialmente demarcada no ano de 1961, reduzindo seu território tradicional em 23.000 hectares.

As famílias Pataxó que vivem no município de Governador Valadares estão neste local desde a década de setenta, são oriundas da aldeia de Barra Velha, próxima a cidade de Itabela no sul da Bahia. Os índios viviam em uma área chamada de Fazenda Ministério, a fazenda se tornou um assentamento de reforma agrária pertencente ao MST. Os Pataxó reivindicam uma terra e melhorias em suas casas. Os índios vivem do trabalho em fazendas e de outras atividades casuais.

Já existe um pedido para a aquisição de terra na FUNAI. As famílias estão bastante desmotivadas em se organizar e lutar pelos seus direitos. Eles fazem artesanato e cantam na língua Pataxó. São indígenas que precisam de um atendimento diferenciado do Governo para manter sua cultura e ser integrado na sociedade dignamente.

Fonte: CEDEFES

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