O Guerreiro partiu, mas suas palavras continuam fortificando a luta

O Regional Rondônia do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)  manifesta seu pesar aos familiares e ao Partido dos Trabalhadores (PT) pela tragédia ocorrida na última sexta-feira, 11 de março, em acidente de trânsito, na BR-364, km 355, próximo a Ji-Paraná (RO), que levou a óbito Eduardo Valverde, ex-deputado federal, e Ely Bezerra Sales, radialista e membro do diretório estadual do PT e secretário adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócio-Econômico e Turismo da Prefeitura de Porto Velho. A comitiva da executiva estadual seguia para o município de Costa Marques.

Também foi vítima do acidente o membro da executiva municipal de Costa Marques, Jones Alves de Sousa, que sofreu ferimentos graves, passou por cirurgia e está sob cuidados médicos.

O ex-deputado federal Eduardo Valverde, em seus dois mandatos, foi presidente da Frente Parlamentar Indigenista na Câmara Federal. Valverde marcou sua presença no estado de Rondônia como político guerreiro pela causa dos excluídos. Na sua vida política apoiou com garra e entusiasmo a causa indígena. No momento político da história de Rondônia, exercia a presidência do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores.

No velório, os povos indígenas de Rondônia prestaram homenagem e reconheceram a mística guerreira que Eduardo Valverde plantou neste chão rondoniense. Falaram em nome de todos os povos indígenas do Brasil, agradecendo ao deputado sua presença em todos os momentos de suas lutas, como povos. O testemunho da co-responsabilidade a causa e o esforço de cobrar a dívida do Estado brasileiro com os povos indígenas, e seu empenho em garantir os direitos dos povos indígenas no Congresso Nacional.

As lideranças da CUNPIR declararam que a voz do Eduardo Valverde “vai ficar ecoando em nossos ouvidos e em nossas lutas, que os pés marcharão para a paz porque ele na presença e o diálogo era o destaque do político popular”.

Os indígenas deixaram sobre o caixão o grande cocar de honra ao cacique defensor da causa indígena. E a matriarca Karitiana realizou o ritual da paz e envio do espírito.

A fé e a esperança compartilham a vida dos que partem e com os que ficam.

http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5367&eid=293

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