A Secretaria Nacional de Direitos Humanos e as ameaças a Fernanda Giannasi

Fernanda Giannasi, fiscal do Ministério do Trabalho e liderança indiscutível na luta pelo banimento do amianto no Brasil, recebeu mais uma carta enviada da Alemanha, através do  correio da Universidade de Berlim. O remetente é o mesmo das anteriores, escrevendo à maquina, em inglês, e usando um timbre carimbado, como se se tratasse de um grupo da universidade.

Desta vez, não há selos nazistas, nem ameças diretas. Em lugar das acusações a Fernanda (que iam das de “nazista e racista” a outras de baixíssimo cunho sexual) e das ameaças de morte, o autor faz uma defesa radical do “asbestos” – matéria prima do amianto – apresentado por ele como sinônimo de “Eternit” – material indestrutível, capaz inclusive de “salvar a humanidade da contaminação radioativa”.

O tom mudou, aparentemente, mas nada indica que não voltará ao anterior, ou que as ameaças tenham sido esquecidas.  Por isso, este Blog repete o que já afirmou na semana passada: é urgente que nos unamos na defesa de Fernanda, ao mesmo tempo cobrando das autoridades – brasileiras e alemãs – uma investigação em relação ao autor e suas ameaças. A própria Universidade de Berlim, ao quadro da qual supostamente o autor pertence, ou da qual se utiliza, precisa se pronunciar a respeito da questão.

Reafirmamos, igualmente, que Fernanda pode contar com total apoio e solidariedade deste Blog, mas este fato merece a atenção de todas as pessoas, entidades e organismos envolvidos nas lutas pelos direitos humanos. A começar pela própria Secretaria Nacional responsável pelo Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, no qual ela deve ser imediatamente incluída. TP.

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Lo “políticamente correcto”

Marcelo Colussi (especial para ARGENPRESS.info)

“Por hipocresía llaman al negro, moreno; trato a la usura; a la putería, casa; al barbero, sastre de barbas y al mozo de mulas, gentilhombre del camino” (Francisco de Quevedo)

Como acertadamente lo dice Edilberto Aldán, hoy “un fantasma recorre nuestro diario convivir, el fantasma del lenguaje políticamente correcto”.

Aunque no esté muy claro -o en absoluto claro- en qué consiste esta “corrección”, existe un consenso generalizado respecto a que debemos practicarla, que debemos ser “políticamente correctos”.

Empujados por esta tendencia, entonces, no podemos decir “negros” sino “gente de color”; siempre hay que hacer la referencia explícita de género y no olvidar nunca decir “bienvenidos y bienvenidas”, “los y las presentes”, o utilizar esa jerigonza de “los y las niñ@s” o “los y las niñXs”. En esa línea, también, no se debe decir “discapacitados” sino “gente especial”, hay que decir “homosexuales” y jamás mencionar “maricones”; se debe usar “tercera edad” en vez de “ancianos” -ni pensar en decir “viejos”-, referirse a los ciegos como “no videntes” y se debe evitar usar la palabra “gordo” reemplazándola por “persona con problemas de alimentación”. De igual modo, es políticamente correcto hablar de “pueblos originarios” en vez de “indios”, o de “trabajadoras del sexo” en vez de “prostitutas” -por supuesto decir “putas” es sacrílego-. Nunca se ha escuchado insultar a nadie diciendo “¡hijo de sexoservidora!”, pero eso sería lo correcto. La palabra “sirvienta” debe ser sustituida por “colaboradora doméstica”, y nunca decir “ex borracho” sino “alcohólico recuperado”. (mais…)

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Seguindo a linha da Campanha da Fraternidade 2011, entidades realizam simpósio sobre Mudanças Climáticas

Evento tem início na próxima segunda, dia 14 de março, e debaterá temas que também pautam a campanha da CNBB

Seguindo o tema da Campanha da Fraternidade 2011 – “Fraternidade e a Vida no Planeta”, lançada ontem (9), em Brasília, entidades e movimentos sociais promovem evento para discutir os efeitos das Mudanças Climáticas. O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social realiza, entre os dias 14 e 16 de março, o 2º Simpósio Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social. O evento acontecerá no Centro de Formação Vicente Cañas, no município de Jardim Ingá (GO).

Segundo o sociólogo e coordenador do Fórum, Ivo Poletto, o objetivo do Simpósio é que os setores sociais (movimentos, organizações, sociedade em geral) e as Igrejas, mobilizados para influir nas políticas públicas, alcancem encaminhamentos concretos sobre a questão ambiental, fazendo frente às mudanças climáticas. (mais…)

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Funai troca Coordenação de Índios Isolados

A Funai vai trocar o comando da Coordenação-Geral de Índios Isolados (CGII), responsável pelas 12 frentes de proteção de reservas indígenas onde estão grupos não contactados. Sai o historiador Elias Bigio, que estava há um ano à frente do órgão, e entra o geógrafo Carlos Travassos.

Bigio pediu para deixar a CGII no início de fevereiro e irá para outra coordenação, dentro da Funai. “Vou retomar a pesquisa com história oral indígena e a documentação das ações da Funai”, disse, após confirmar sua saída ao blog Radar Político.

A trajetória de Bigio na CGII começou na gestão do indigenista Marcelo dos Santos, responsável pela proteção aos Nhambiquara do Norte e aos Negarotê, em Rondônia, na década de 1980.

“Quando chegamos aqui, verificamos a necessidade de ampliar a coordenação, sua capacidade, para que ela pudesse ser mais assertiva”, afirmou Bigio. Segundo ele, o órgão, que tinha 36 funcionários, hoje tem perto de 250 – crescimento que credita à expansão das frentes econômicas na Amazônia. (mais…)

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Grande pescaria em defesa do rio Xingu, contra Belo Monte

Evento será realizado em Altamira, Pará, dia 14 de março a partir das 9 horas

Na próxima segunda-feira, 14 de março, acontecerá uma grande pescaria em defesa do rio Xingu e contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O ato, que será realizado em Altamira (PA), é promovido pelos pescadores e pescadoras da região, que retiram do rio a sobrevivência de suas famílias.

O evento terá início às 9 horas com a concentração dos participantes no Cais de Altamira, em frente ao prédio da Eletronorte. De lá o grupo segue para a pescaria, momento em tecerão uma grande rede de pesca representando a união dos povos do Xingu contra Belo Monte. O retorno ao cais está previsto para às 16 horas, quando haverá uma coletiva de imprensa e a doação do pescado aos moradores da região.

A pescaria tem por objetivo denunciar as ameaças que pensam sobre os povos do Xingu com a construção de Belo Monte, bem como tornar público o desrespeito às leis e aos direitos humanos. As populações de Altamira que precisam diretamente do rio para garantir o sustento de suas famílias – indígenas, pescadores, ribeirinhos, têm sido vitimas constantes de ameaças e investidas de empresas que serão beneficiadas diretamente pela obra. (mais…)

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Video muestra racismo de Carabineros de Chile

Si por arriba se destapa que ministros de Estado reciben llamadas de embajadores de otros países para que intervengan en decisiones de la Corte Suprema y permitan la construcción de contaminantes termoeléctricas, por abajo Carabineros de Chile cumple su rol de ser guardianes de este orden público detectando la más pequeña falta de alguna persona.

Y si esa persona es afroamericano el dispositivo policial se acentúa más aún. Así queda demostrado en un video que ha viralizado en la red provocando repudio al accionar de Carabineros.

La secuencia, grabada por el usuario Evil Metal Attack y exhibida en Youtube el 8 de marzo, muestra la detención de un hombre afroamericano frente al Palacio de La Moneda por cruzar la calle con luz roja mientras iba en su bicicleta. ¡Plop! (mais…)

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Reporter Brasil lança documento sobre BNDES e cita Baixo Parnaíba Maranhense

“Outro setor em que o BNDES atua com forte apoio e participação – inclusive como sócio de algumas empresas – é o da produção de papel e celulose e outras atividades relacionadas à produção de madeira em larga escala. Um setor que coleciona conflitos com comunidades tradicionais, povos indígenas e outros segmentos, sem que isso motive um diálogo mais próximo entre o banco e os atingidos pelos empreendimentos.

No Maranhão, Mayron Régis, militante do Fórum Carajás, explica que desde a década de 1980 existe uma relação “intrínseca” do BNDES com o eucalipto na região em que os Estados de MA, PI, TO e PA fazem fronteira. No Baixo Parnaíba, região em que se localizam os municípios maranhenses de Santa Quitéria, Urbano Santos e Anapurus, a disputa pelas terras entre o eucalipto e a soja tem vitimado de maneira crescente as comunidades tradicionais. Os desmatamentos atingem áreas de extrativismo (do pequi, bacuri, babaçu e outros), e os conflitos agrários se multiplicam. O potencial da região para produção de madeira despertou a cobiça de grandes empresas de setores variados, da celulose à siderurgia, passando pelo carvão e móveis. Vale, Gerdau, Margusa, Suzano e outros grupos de destaque da economia brasileira promoveram então uma corrida às terras da região, marcada por complexas engenhariasde compra, repasses, arrendamento, terceirizações e outros mecanismos de uso da terra. Tal processo trouxe marcas de violência e ilegalidades. As denúncias de grilagem dasterras são muitas, e recentemente envolvem a Suzano Papel e Celulose26. Se os métodos são duvidosos, os objetivos não são modestos. A empresa pretende chegar em 2015 à produção de 7,2 milhões de toneladas anuais de papel e celulose. Do total, 1,3 milhões viriam de uma nova unidade no Sul do Maranhão, e mais 1,3 milhão de uma nova fábrica no Piauí – as duas novas linhas estariam entre as maiores do mundo.

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Comunidade Pataxó Hã-Hã-Hãe encontra cemitério antigo em área retomada

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia confirmaram, no dia 1 de março, que se trata de artefatos indígenas

Por Cimi Regional Leste – Equipe Itabuna

No final do mês de janeiro, um grupo de indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe encontrou uma urna funerária e várias cerâmicas antigas na área retomada que fica na região de Água Vermelha, município de Pau Brasil, sul da Bahia. Os indígenas aravam a terra para plantar uma roça de feijão e milho, quando começaram a aparecer vários pedaços de cerâmicas, algumas com detalhes e depois acabaram encontrando um pote, enterrado aproximadamente 1,5 m no chão.

De acordo com o indígena Sinhozinho Pataxó, coordenador do grupo de roça, eles só perceberam a importância do achado quando um índio escutou o barulho de algo se trincando e, ao se aproximar do objeto, veio a surpresa do grande pote enterrado. “Ao observar mais de perto, percebemos que dentro do pote havia ossos, continuamos o trabalho em outro local próximo e foram encontrados mais dois potes. Decidimos então informar as nossas lideranças sobre o achado!”, relatou. (mais…)

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Controle conservador sobre a reforma agrária

A forma como a estrutura burocrática de reforma agrária foi concebida, desde a criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pela ditadura militar (1964-1985), é a antítese do que se entende por política pública. A excessiva autonomia das superintendências regionais, e o avanço de grupos políticos sobre elas depois da redemocratização, tiraram do governo federal qualquer capacidade de formular e executar políticas nessa área. O superintendente nacional do Incra não consegue, via de regra, penetrar nos redutos políticos que tornaram a questão agrária um negócio entre amigos em alguns Estados, em especial nas fronteiras agrícolas, onde o interesse econômico incentiva um clima permanente de conflito. É impossível controlar políticas e evitar desvios numa estrutura como essa. O comentário é de Maria Inês Nassif e publicado pelo jornal Valor, 10-03-2011.

Segundo reportagem de Roldão Arruda publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, na edição de ontem, o governo Dilma Rousseff estuda formas de aumentar o controle sobre as superintendências regionais do Incra. Isso pode encontrar resistências corporativas de funcionários do instituto, que atuam na ponta burocrática, e de setores que detém o controle regional da política agrária nos Estados em que a pressão por indicação do superintendente tende a favorecer grupos interessados em legitimar a ocupação de terras públicas ou de áreas de preservação ambiental. Aliás, nessas regiões, a questão ambiental e a agrária andam tão próximas que é impossível elaborar uma política de meio ambiente eficaz sem resolver com muita clareza o problema de titularidade da terra.
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Universidades Federais vão formar 6.700 pessoas em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça

Curso gratuito será ministrado em 18 universidades federais das cinco regiões do País e atenderá pessoas de nível médio e superior.

Formar 6.700 gestores e gestoras para a condução das políticas públicas de gênero e raça. Esse é um dos objetivos do curso gratuito de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça que será desenvolvido por 18 universidades federais das cinco regiões do país para pessoas de nível médio e superior.

A iniciativa é resultado da parceria entre Ministério da Educação, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – UNIFEM Brasil e Cone Sul, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – CLAM/UERJ.

O curso utiliza a plataforma da Universidade Aberta do Brasil, composto por um sistema integrado de universidades públicas através da metodologia da educação à distância com uso de ferramentas de aprendizagem e conteúdo ministrados pela internet. Estão programados de dois a três encontros presenciais.
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