Incra reconhece área de comunidade quilombola

fonte: Oreporte

BRASÍLIA (Agência Brasil) – O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu e declarou como terras da Comunidade Remanescente de Quilombo de Rincão dos Caixões a área de 226 hectares situada no município de Jacuizinho, no Rio Grande do Sul. A portaria foi publicada ontem (27), no Diário Oficial da União.

A comunidade Rincão dos Caixões é composta por 12 famílias que vivem na região de Jacuizinho há mais de cinco décadas. O relatório sócio-histórico-antropológico, necessário ao processo de regularização dos territórios de comunidades remanescentes de quilombos, foi feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A tarefa é desempenhada pelo Incra desde 2003, em parceria com a UFRGS. (mais…)

Ler Mais

Equações para justiça e igualdade racial

Matilde Ribeiro

Ela nasceu em março de 2003, é ainda uma criança. O seu nome de guerra é SEPPIR. Tornou-se um pouco mais independente nos últimos tempos, mas ainda requer cuidados e acompanhamentos. Mas ao mesmo tempo, essa criança tem grande carga de responsabilidades, a considerar os mais de 500 anos de descaso com o que constitui a sua alma – a promoção de igualdade racial. Antes mesmo de nascer, foi muito desejada e esperada pelos tantos que a idealizaram e a projetaram como uma fatia do pagamento de uma dívida que não foi acumulada pelos que estão atualmente no poder, mas que faz parte de seus instrumentos que projetam justiça e equidade. (mais…)

Ler Mais

Pesquisadores se mobilizam para denunciar no Brasil e no exterior poluição da CSA

Grupo de pesquisadores está se mobilizando para denunciar para autoridades no Brasil e no exterior irregularidades socioambientais cometidas pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), localizada em Santa Cruz, investimento dos grupos alemão ThyssenKrupp e Vale. Neste fim de semana, pela segunda vez no ano, a empresa foi multada pela Secretaria do Ambiente por ter lançado poluição sobre a população de comunidades próximas, na Zona Oeste do Rio.

“Estamos preparando laudos e outros tipos de documentação que ajude a comprovar os danos à saude dos moradores e ao meio ambiente”, informou à Plurale em site, a bióloga Mônica Lima, integrante do Comitê Bíia de Sepetiba Pede Socorro. Ela integra grupo multidisciplinar de especialistas que está acompanhando de perto o impacto da siderúrgica na Zona Oeste, desde o início da implantação.
(mais…)

Ler Mais

Perú: “La muerte lenta de los Kandozi” del Datem del Marañón

Servindi – Un reportaje televisivo elaborado por René Gastelomendi y presentado por el programa “Cuarto Poder” de América Televisión muestra la triste realidad de un pueblo condenado- al parecer- a la extinción a consecuencia de la hepatitis B que los diezma hace décadas.

Así lo reconoce Guillermo Sundi, que en el reportaje afirma “esto significa la extinción del pueblo Kandozi”. Mientras, se aprecia a indígenas que caminan con el abdomen abultado por la infección al hígado que ocasiona la cirrosis hepática.
(mais…)

Ler Mais

Perú: Indígenas peruanos bloquean el Marañón por incumplimiento de Pluspetrol

Derrame de petróleo en río Marañón ocasiona impacto ambiental y social

Servindi – Unos 5 mil indígenas bloquearon una zona del río Marañón en la amazonía peruana, en protesta al incumplimiento de la empresa Pluspetrol de indemnizarlos por el derrame de petróleo ocurrido en junio pasado.

Los manifestantes demandaron la inmediata presencia de las autoridades competentes de la provincia de Loreto, así como de los ejecutivos de Pluspetrol a fin de llegar a una solución inmediata.
(mais…)

Ler Mais

Índios criam milícias contra as drogas nas tribos

Crianças e jovens indígenas bebem e se drogam sem nenhum controle.

Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia.  Na terra dos tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas.

Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar.  A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas.  O Rio Solimões é a principal estrada da região.  As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.
(mais…)

Ler Mais

Movimento negro reconhece avanços, mas diz que expectativa com governo Lula era maior

Os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxeram avanços para a questão racial, na opinião do movimento negro, mas alguns resultados poderiam ser melhores tendo em vista as expectativas geradas com a chegada do primeiro trabalhador à Presidência da República.

“De fato existia uma expectativa da população negra com a eleição do Lula”, afirma Vanda Pinedo, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) ao manifestar frustração com a recente aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e com o desempenho da titulação de terras quilombolas. “O estatuto traz o que traz a Constituição. Nós precisamos de desdobramento para que, de fato, a política aconteça”, assinala.

Ela cita, entre os exemplos de políticas que deveriam receber mais incentivo, a titulação de terras quilombolas. “Uma das maiores políticas que poderia ser desenvolvida no governo Lula é a questão da terra, porque terra é dignidade, poder, visibilidade, autonomia, renda, cultura e respeito aos ancestrais. A terra tem todo esse conteúdo para o povo negro do Brasil”, afirma. Segundo dados da Presidência da República, 126 comunidades ganharam o título de suas terras desde 2003, menos de 10% das 1.527 certificadas pela Fundação Palmares como áreas quilombolas. (mais…)

Ler Mais

Pernambuco é um dos estados brasileiros com mais força no candomblé

Festejo aos orixás no Terreiro de Pai Adão (Foto: Davi Lira / Especial para o JC Online)

Davi Lira
Especial para o JC Online

O candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta. Para o etnólogo com sangue baiano Pierre Verger, falecido em 1996, ao contrário da maioria das religiões, esse culto de origem afro-brasileira, com mais de quatro séculos de história, confere certo grau de dignidade aos descendentes de escravos como nenhum outro rito.

“O que eu acho é que na Bahia há um certo prestígio e orgulho em ser negro, por causa do candomblé”. Segundo Verger isso pode ter a ver, inclusive, com o fato dessa religião ser também admirada pelos brancos. Sem perder de vista, é claro, e não deixando de considerar toda a essência ritualística e da vasta riqueza dessa tradição iorubá (grupo étnico da África Ocidental que influenciou o candomblé local). (mais…)

Ler Mais

Terreiro de candomblé completa 135 anos

Pé de Irocó (gameleira) é considerado sagrado para essa nação de candomblé (Foto: Davi Lira / Especial para o JC Online/ Reprodução quadro)

Davi Lira
Especial para o JC Online

Só existem relações sociais com atos simbólicos. A afirmação da antropóloga inglesa Mary Douglas se vincula intensamente à prática religiosa do candomblé. Uma religião repleta de muitos rituais, tabus e uma imensidão de segredos. A fiel discípula do sociólogo Émile Durkheim acredita que os ritos são bem mais importantes para a sociedade que as palavras para os pensamentos. Ritos que essencialmente são transmitidos oralmente e pela memória de seus adeptos. Foi com essa lógica que o terreiro de nação Nagô – considerado o mais antigo do Brasil, conseguiu completar 135 anos de criação agora em 2010.

O “Terreiro de Pai Adão”, localizado no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, não comemora apenas sua fundação – ocorrida por volta de 1875; festeja também 25 anos de tombamento do seu patrimônio artístico e cultural pelo Governo de Pernambuco, ocorrido através do decreto N.º 10.712 do Conselho Estadual de Cultura. Se esses marcos comemorativos possuem um caráter mais protocolar, alheios ao dia dia desse “Ilê Obá Ogunté” (lar da rainha Iemanjá), o fato é que no final do mês de novembro a casa de santo, situada na Estrada Velha de Água Fria, promoveu uma das maiores reverências à mãe de todos os orixás, a grande deusa do mar. (mais…)

Ler Mais

Manifesto contra a invasão militar e a criminalização da pobreza

Nós lutadoras e lutadores sociais, da cidade e do campo, denunciamos as práticas sistemáticas de terror estatal nas quais se converteu a política de segurança pública no Rio de Janeiro.  Que legitimidade tem um estado que tem no extermínio e encarceramento da juventude pobre, negra e indígena a sua principal política de gestão da ordem pública? A quem interessa a criminalização das comunidades empobrecidas do Rio de Janeiro?

Embora a versão oficial das últimas operações militares na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão minimize o número de pessoas assassinadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e as Polícias Militar e Civil continuam a espalhar o terror nas periferias do Rio. Cadáveres queimados ou lançados aos porcos, roubos, agressões físicas, extorsões, ameaças de morte, invasão de domicílios: por qualquer ângulo que se olhe, as comunidades empobrecidas do Rio de Janeiro se transformaram em zona de invasão militar.

Uma vez que o governador Sérgio Cabral e o seu secretário José Mariano Beltrame converteram o extermínio em políticas de segurança pública; e, uma vez que o histórico de atuação das polícias civil e militar do Rio de Janeiro aponta para o terror absoluto como operação-padrão, DENUNCIAMOS: (mais…)

Ler Mais