Pacari: “He sufrido más por ser indígena que por mujer”

Pacari defiende los intereses de 15 nacionalidades.

Entrevista de Pere Ríos.

Nina Pacari nunca había estado en Barcelona. Viene de reunirse con algunos de los profesores del Observatorio de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales que la han invitado a disertar sobre los derechos de los pueblos indígenas ante la globalización. Y son ellos los que eligen el restaurante, situado a pocos metros de la Facultad de Derecho de la Universidad de Barcelona.

Esta ecuatoriana tiene 50 años, es la mayor de ocho hermanos de una familia de campesinos y nunca ha escondido su origen. Luce desde la niñez la vestimenta característica de los indígenas, que no cambió cuando fue elegida diputada, vicepresidenta del Parlamento y, más tarde, ministra de Exteriores, en 2003, hasta que los indígenas rompieron con el presidente Lucio Gutiérrez. “Le temblaron las piernas para aplicar políticas proindígenas”, precisa. (mais…)

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Europa: Fotos de indígenas llevados a Gran Bretaña, encontradas tras un siglo

Foto: Museo de Arqueología y Antropología, Universidad de Cambridge

18 de diciembre, 2010.- Lesley Wylie, profesor de la Escuela de las Lenguas Modernas en la Universidad de Leicester encontró las fotografías cuando estaba haciendo una investigación para su libro sobre Putumayo, una región de la Amazonía.

Las dos fotografías en que aparecen los dos nativos desnudos a medio cuerpo, hechas por John Thomson han sido publicadas como la parte del relato sobre Roger Casement*, quien puede ser calificado como el primer defensor de los derechos humanos. (mais…)

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União pode retomar 90 mil km2 de terras de posseiros na Amazônia

Uma área na Amazônia de aproximadamente 90 mil quilômetros quadrados – o equivalente a 60 vezes a cidade de São Paulo – poderá ser retomada pela União. Isso porque seus atuais ocupantes não se apresentaram para cadastramento no programa de regularização fundiária do governo. A reportagem é de Marta Salomon e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 18-12-2010.

Ao final da primeira etapa de cadastramento dos posseiros, que alcançou 84,2 mil ocupações desde 2009, o Ministério do Desenvolvimento Agrário lançará uma convocação aos ocupantes de áreas mais consolidadas de exploração econômica na Amazônia e também nas bordas da região mais preservada da floresta, além de uma área menor no chamado “coração” da floresta.

A avaliação é de que os atuais ocupantes de 30% da área alcançada nessa primeira etapa da regularização fundiária não se apresentaram ao cadastramento do Terra Legal, calcula o coordenador do programa, Carlos Guedes. “Depois do processo de chamada compulsória, o governo vai retomar as áreas”, disse. (mais…)

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O herói negro em seu labirinto

Dois livros recém-publicados revisitam a acidentada trajetória de João Cândido Felisberto, personagem central da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910 para[br]encerrar os maus-tratos então vigentes na Marinha. O artigo é de Lilia Moritz Schwarcz, professora titular do Departamento de Antropologia da USP, e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 18-12-2010. Eis o artigo.

Muitas vezes a realidade acaba por se mostrar bem mais criativa do que a própria imaginação. Se são muitos os exemplos retirados da história, arrisco aqui mais um: o caso de João Cândido Felisberto. Marinheiro de formação, filho de ex-escravos, participou da Revolta da Chibata de 1910, transformando-se em líder do movimento, quando ganhou a alcunha de Almirante Negro. A história dessa insurreição popular, até hoje pouco contada entre nós, faz parte da lógica dos vários levantes que assolaram a, assim chamada, República Velha, que nasceu prometendo a igualdade, mas acabou entregando a exclusão social. Se a princípio a República foi saudada como um movimento cidadão, e de distribuição equânime de direitos – afastado de vez o fantasma da escravidão -, já o cotidiano se mostrou muito distinto.

A Reforma do Prefeito Pereira Passos transformou o Rio de Janeiro em um cartão-postal do novo Brasil moderno, mas tratou de expulsar boa parte da população pobre para os arredores da cidade: os subúrbios cariocas, cada vez mais apinhados de gente e carentes de infraestrutura ou das benesses do progresso. Exemplo de insatisfação podem ser encontrados nas palavras de uma série de intelectuais, coetâneos, como Lima Barreto ou Euclides da Cunha – descontentes com “a República que não foi”. Termômetro aquecido são as inúmeras revoltas que estouram nesse momento, anunciando críticas de toda sorte: Canudos (1897-1900) a Revolta da Armada (1902-3), a Revolta da Vacina (1904), Contestado (1912), e finalmente a Revolta da Chibata.

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Lobby do amianto é derrotado no CONAMA

Fernanda Giannasi

Dia 16/12/2010 vai ficar na memória dos militantes anti-amianto. Mais uma vez o prepotente lobby do amianto foi derrotado ao tentar impor sua “verdade” sobre a “inocuidade” da fibra cancerígena goela abaixo dos dez conselheiros da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que tem representantes de governos federais, estaduais e municipais, dos ambientalistas e do setor empresarial.

Por 6 votos contra, 3 a favor e 1 abstenção acabou o sonho acalentado pelos lobbystas, que há 6 anos tentavam revogar a Resolução 348/2004, que classificou o resíduo de construção civil, contendo amianto, como perigoso. Foi uma lição de cidadania que ali se assistiu quando se aniquilaram as pretensões da indústria da morte, que produz pesquisas e uma ciência duvidosa e comprometida com seus interesses (junk science) para dar sustentação à sua tese mirabolante de que o amianto brasileiro é inofensivo, quando no mundo inteiro é chamado de “a poeira assassina”, que causou a maior “catástrofe sanitária” do século XX. (mais…)

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MPF/MA quer preservar os limites territoriais das comunidades quilombolas de Alcântara

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recomendou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que se abstenha de promover qualquer alteração nos limites territoriais das comunidades quilombolas de Alcântara, bem como adotar medidas que impliquem a perda da propriedade ou posse das áreas por elas ocupadas. A recomendação foi assinada pelos procuradores da República no Maranhão Alexandre Silva Soares e Tiago de Sousa Carneiro e pela vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat.

De acordo com a apuração do MPF, o governo pretende realocar as comunidades quilombolas que vivem ao redor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). A medida visa a ampliação das áreas destinadas ao programa espacial brasileiro e atingiria pelo menos nove povoados situados nas proximidades do mar. (mais…)

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