Dr. José Cláudio Souza Alves
Sociólogo, Porfessor da UFRRJ – Seropédica, RJ – 25/11/2010
Nós que sabemos que o “inimigo é outro”, na expressão padilhesca, não podemos acreditar na farsa que a mídia e a estrutura de poder dominante no Rio querem nos empurrar.
Achar que as várias operações criminosas que vem se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes, é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão. (mais…)
Eles fecharam os dois trechos da rodovia em protesto contra a colocação das praças de pedágio da concessionária Via Bahia no local
Membros de duas comunidades quilombolas de Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, estão fazendo uma manifestação neste momento na BA 093. Eles fecharam os dois trechos da rodovia em protesto contra a colocação das praças de pedágio da concessionária Via Bahia no local.
Segundo os manifestantes, as praças de pedágio estão desmatando uma área onde vivem comunidades quilombolas. Eles prometem ocupar a área até as dez da manhã.
Comissão pró índio de São Paulo http://www.cpisp.org.br/terras/html/pesquisa_porque.asp
Foi apenas na Constituição de 1988, como resultado da mobilização do movimento negro, que se assegurou às comunidades quilombolas a propriedade de suas terras. Na luta pelo cumprimento do preceito constitucional, os quilombolas e seus parceiros conseguiram dar visibilidade a um setor da população brasileira até então desconhecido da Sociedade e ignorado pelo Poder Público. Como fruto dessa luta, podemos citar ainda a construção de um arcabouço de leis e normas, o estabelecimento de políticas públicas e programas governamentais dirigidos aos quilombolas, e também algumas titulações. (mais…)
Bope faz incursão no Alemão com apoio de blindados da Marinha. Principais acessos estão cercados para evitar fuga de criminosos
Anderson Ramos e Daniel Gonçalves – iG
Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) começaram por volta das 9h50 desta sexta-feira uma incursão no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, com ajuda de dois carros lagarta anfíbio da Marinha. Em cada veículo blindado, que possui metralhadora MK-19 e lança-chamas, cabem 22 policiais e três militares. Um caminhão mumk do Bope também será usado para remover estruturas pesadas, além de retroescavadeiras para destruir barricadas montadas pelos bandidos. O comboio seguiu pela localidade conhecida como Fazendinha. Há troca de tiros na região da Pedreira, por onde os criminosos passaram na fuga de quinta-feira (25). (mais…)
Em entrevista a Terra Magazine, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), conhecido pelo combate às milícias, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez “a escolha política” de ir “à fonte do financiamento do tráfico”. Segundo ele, a ação da polícia carioca nas favelas reforça “a criminalização da pobreza” e não enfrenta o crime organizado. Ele será enfrentado, diz Freixo, “onde há o lucro (com a ilegalidade), que não é na favela”.
– A favela é a mão de obra barata. É a barbárie – diz o deputado, elencando a Baia da Guanabara e o Porto como locais onde há o tráfico de armas e onde lucra o crime organizado. (mais…)
Enquanto o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame defendem o projeto das Unidades Pacificadoras de Polícia (UPPs), e dizem que a ação violenta dos bandidos é desespero da criminalidade sufocada, moradores das comunidades ocupadas se reuniram ontem para fazer críticas às ações da polícia nas favelas e mostrar frustração em relação ao projeto. Segundo eles, as UPPs têm trazido muita opressão e não adicionam solução a problemas como falta de saúde, educação, emprego e saneamento. A reportagem é de Paola Moura e publicada pelo jornal Valor, 25-11-2010.
Reunidos no seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), representantes de comunidades ocupadas, e a serem ocupadas, cobraram a mudança de comportamento prometida para os novos policiais e programas sociais efetivos.
“Passamos meses ansiosos esperando a chegada da UPP. A gente queria tudo que o Santa Marta estava vivendo: o teleférico, a geladeira e a paz”, conta Mônica Francisco, líder comunitária do Borel, morro da Tijuca, Zona Norte do Rio. “E quando ela chegou, deixamos de ser uma população matável para ser humilhável e espancável”, conta. A gente é revistado a cada quarteirão. Mandam colocar os braços no muro e abrir as pernas”, relata. (mais…)
O quarto dia de confrontos no Rio de Janeiro foi marcado pela ofensiva do governo estadual em áreas controladas pelo tráfico, em uma operação sem precedentes, com apoio da Marinha. Ao mesmo tempo, os ataques contra automóveis , ônibus e postos da da Polícia Militar se espalharam por diversas regiões da cidade, com concentração maior nas zonas oeste e norte. O medo da população atingiu em cheio o comércio, que já calcula perdas da ordem de 30% do faturamento. A reportagem é de Paola de Moura, Juliana Ennes e Vera Saavedra Durão e publicada pelo jornal Valor, 26-11-2010.
Na zona norte, a guerra entre facções criminosas e a polícia se acirrou na região da Penha, onde aconteceu a ocupação da favela Vila Cruzeiro, uma das mais perigosas da cidade. Oito pessoas morreram nos confrontos. Na operação, a polícia contou com a ajuda de blindados da Marinha, conduzidos por fuzileiros navais.
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que a conquista da Vila Cruzeiro foi um passo importante, mas não definitivo. “Ainda não há nada a comemorar”, disse o secretário, que reafirmou a decisão de manter a política de ocupação das favelas, iniciada há dois anos. (mais…)
Ex-presidente da Asplana, Edgar Antunes, mantinha trabalhadores em condição degradante
Uma ação do Ministério Público Federal (MPF) resultou na condenação, em 16 de novembro, do ex-presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), Edgar Antunes, por manter trabalhadores em condição análoga a de escravos em três fazendas de sua propriedade. Antunes foi condenado, com base no artigo 149 do Código Penal, a três anos e seis meses de reclusão, convertidos em prestação de serviços comunitários e prestação pecuniária, além de pagamento de multa.
A ação do procurador da República Gino Lôbo teve origem em notícia crime do Ministério Público do Trabalho (MPT), dando conta de que o empregador mantinha trabalhadores em condições degradantes, similares à de escravidão, comprovada por fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nas fazendas Mato Grosso, Prata e Lagoa Redonda, todas de propriedade de Antunes. (mais…)
A Ong Entrerrios apresenta os danos ambientais da ACM e JS empresas terceirizadas pela Suzano no Baixo Parnaíba Maranhense
As mudanças ocasionadas no ambiente da zona rural do município de Urbano Santos – MA, com efeitos da ação antrópica refletem em alterações significativas no equilíbrio dos sistemas naturais e no modo de vida das comunidades, principalmente no decorrer dos últimos anos com o aumento da exploração da monocultura do eucalipto, onde intensificaram-se os impactos oriundos da interferência humana na paisagem natural e consequentemente na alteração do cotidiano das comunidades circunvizinhas.
Estes processos transformaram toda a estrutura ecológica e social, provocando, assim, uma maior fragilidade e vulnerabilidade dessas localidades. Como podemos evidenciar a seguir.
Com base na legislação ambiental, destacamos alguns impactos socioambientais, infrações efetivas e possíveis advindas das terceirizadas da empresa SUZANO Papel e Celulose. (mais…)
Adital – Povos indígenas de diversas etnias do Chile se encontrarão, nos próximos dias 26, 27 e 28 de novembro, na colina Ñielol de Temuco, na região de Araucanía, província de Cautín, para a Grande Reunião da Nação Mapuche. Ontem (25), a mobilização foi pela liberdade dos 17 presos políticos mapuche.
De acordo com convocatória das autoridades Mapuche de Meli Witrán Mapu, o encontro tem o objetivo de debater sobre questões referentes à reconstrução da nação mapuche no país. Para isso, as discussões passarão por temas relacionados ao legado ancestral dos mapuche, à continuidade histórica nos territórios e ao respeito à natureza.
“Sabemos que os estados que se formaram em nossos territórios há aproximadamente 200 anos – produto da invasão européia – querem continuar desenvolvendo seu pensamento e querem fazer-nos cúmplices disso através de seus programas, projetos e planos que querem continuar depredando o que, através de milhares de anos, nossas famílias mapuche cuidaram, diminuindo-nos como nação e empobrecendo nossos anseios de liberdade junto ao território ancestral deixado por nossas antigas autoridades mapuche”, destacam. (mais…)