Mais de 50% de PI e MA não têm acesso a comida

A pesquisa sobre segurança alimentar divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o Maranhão e o Piauí tinham menos da metade de seus domicílios com acesso garantido a alimentos de qualidade em quantidade suficiente. A reportagem é de Denise Menchen e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 27-11-2010.

Os demais Estados do Nordeste também apresentaram percentual abaixo da média nacional, de 69,8%. No entanto, a região foi a que apresentou maior avanço entre 2004 e 2008. Da mesma forma, domicílios com crianças e adolescentes, chefiados por mulheres ou localizados em áreas rurais, mais expostos à insegurança alimentar, também conseguiram diminuir com mais força a incidência do problema.

PROGRAMAS SOCIAIS

“Se os programas sociais estiverem sendo encaminhados para os domicílios adequadamente, estão tendo um impacto importante nisso”, diz a pesquisadora do IBGE Maria Lúcia Vieira. Ela também reitera que o Bolsa Família tem como foco justamente as casas com limitação de renda onde vivem crianças.

O diretor do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e conselheiro do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Francisco Menezes, defende a ampliação das transferências do programa de forma a contribuir para a superação do problema no país.

“O Bolsa Família transfere hoje um valor médio de cerca de R$ 95 reais, abaixo da linha de pobreza extrema. Ou seja, ele ajuda, mas não dá conta de tudo”, diz ele.

Menezes também defende reajustes anuais para os benefícios pagos, a exemplo do que ocorre com o salário mínimo.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=38731

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