Os demais Estados do Nordeste também apresentaram percentual abaixo da média nacional, de 69,8%. No entanto, a região foi a que apresentou maior avanço entre 2004 e 2008. Da mesma forma, domicílios com crianças e adolescentes, chefiados por mulheres ou localizados em áreas rurais, mais expostos à insegurança alimentar, também conseguiram diminuir com mais força a incidência do problema.
PROGRAMAS SOCIAIS
“Se os programas sociais estiverem sendo encaminhados para os domicílios adequadamente, estão tendo um impacto importante nisso”, diz a pesquisadora do IBGE Maria Lúcia Vieira. Ela também reitera que o Bolsa Família tem como foco justamente as casas com limitação de renda onde vivem crianças.
O diretor do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e conselheiro do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Francisco Menezes, defende a ampliação das transferências do programa de forma a contribuir para a superação do problema no país.
“O Bolsa Família transfere hoje um valor médio de cerca de R$ 95 reais, abaixo da linha de pobreza extrema. Ou seja, ele ajuda, mas não dá conta de tudo”, diz ele.
Menezes também defende reajustes anuais para os benefícios pagos, a exemplo do que ocorre com o salário mínimo.
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