Denúncia: MA, Comunidades tradicionais na mira da Costa Pinto e TG Agroindustrial

Em visita à zona rural do município de Codó, região dos cocais no Maranhão, entre os dias 22 e 23 de outubro de 2010, os agentes da Comissão Pastoral da Terra – CPT, Ronilson e Pe. Bento, constataram que há várias comunidades camponesas na mira do ambicioso negócio de terras do Grupo Costa Pinto. Aos olhos de quem passa não percebe o clima de tensão e insegurança que toma conta de centenas de famílias que, por várias décadas, usufruem da generosidade daquelas terras. Conversando com camponeses/as percebemos o medo de falar sobre a situação, da organização para exigir seus direitos. Alguns até conseguem manifestar certa indignação, porém a maioria não tem nenhuma noção de seus direitos, do que possa vir a acontecer com o arrendamento das terras que a Costa Pinto já garantiu que fará. São camponeses/as que trabalham e reside nestas comunidades onde sua produção e reprodução se dá através da agricultura de subsistência e de relações culturais e religiosas ainda bastante vivas.
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Começa juízo em Cañete contra 18 indígenas acusados de ‘terrorismo’

Adital – Mais ou menos às 10h30 desta manhã, começou o juízo oral contra 18 indígenas acusados de participar de ações de resistência mapuche na zona do Lago Lleu Lleu entre 2005 e 2009. Em primeira instância, o debate se centrará na estratégia da promotoria por meio de suas 36 testemunhas protegidas, que declararão por meio de videoconferência, o que dificulta o diálogo com eles e não dá garantia alguma de validade de seus dizeres.

Na audiência, encontra-se presente a grande maioria dos processados acompanhados de seus familiares. Recordemos que familiares dos prisioneiros pediram ao governo que se respalde hoje a petição da defesa de restituir os delitos deixando fora a Lei Antiterrorista. O ministro do Interior respondeu que “o avaliaremos e seguiremos conversando…”.
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Rede Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas se reúne a partir de hoje

Tatiana Félix

Adital – Começou ontem (8) em Belo Horizonte, Minas Gerais, o I Encontro Nacional da Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que reúne cerca de 200 pessoas, entre representantes de órgãos governamentais e de organizações não-governamentais, pesquisadores e outros, que lidam com o enfrentamento, prevenção ou atendimento às vítimas do tráfico humano. O evento segue até a próxima quarta-feira (10). Durante os três dias do encontro serão compartilhadas as mais diversas experiências na área. Um dos principais focos é a avaliação do I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, desenvolvido pelo Governo Federal, com participação de vários ministérios, e o direcionamento para a elaboração do II Plano.
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Mulheres do MST ocupam Balsa em São Francisco

Mais de 250 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocupam a Balsado município de São Francisco.

Nos dias 6 e 7 mulheres vindas de Montes Claros, Jequitaí, Patrocinio, Coração de Jesus,Capitão Enéas e Engenheiro Navaro se reuniram no Assentamento São Francisco para debater os desafios da reforma agrária e a situação atual dos assentamentos.

A luta pela reforma agrária tem enfrentado diversos entraves colocados pelo Estado, que vãodesde o descaso por parte do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA), até a indiferençadas prefeituras locais que não cumprem com o papel de garantir as condições básicas de infraestrutura. Grande parte dos Assentamentos da região norte de Minas Gerais ainda se encontram sem água encanada, sem energia elétrica, com péssimas condições de estrada, sem atendimento médico, sem garantia de condições para as crianças frequentarem a escola. (mais…)

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“Não gostava da ideia de que tinha que ‘riscar’ para entrar no Ilê Aiyê”

Foto: Margarida Neide | Ag. A TARDE
Tatiana Mendonça, para A Tarde

O soteropolitano Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, é o entrevistado da Muito deste domingo. Leia trechos inéditos da conversa que ficaram de fora da revista:

Quando o senhor deixou de ser Edvaldo Mendes Araújo para se tornar Zulu?

Me tornei Zulu em 1965, quando eu tinha 13 anos. Tinha acabado de entrar no Severino Vieira. E estava passando um filme chamado África, Adeus. Eram uns documentários exóticos que passavam à época sobre o continente africano. E dentro desse filme falava-se sobre os zulus. Os zulus à época eram vistos quase como animais,  eram um tribo africana, extremamente guerreira. Eles eram baixos, magros, mas eram absolutamente furiosos e combatentes, agressivos. E o Rei Zulu era uma figura que segundo meus colegas que foram assistir ao filme  era muito parecida comigo. Eu era magro, pequeno, mas era danado. Aí ficou ‘Rei Zulu, Rei Zulu’. Com o tempo, o reinado foi caindo, ficou só o Zulu (risos). Quando eu entrei na escola de arquitetura [da Universidade Federal da Bahia] aí já era Zulu e eu só fiz a adequação do Araújo porque é meu sobrenome. E hoje é o meu nome público, particular, pessoal. (mais…)

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