Evento no Studio-X Rio Analisa os Quilombos de Hoje e Apresenta o Novo Circuito da Herança Africana

Felicity Clarke – RioOnWatch

No dia 19 de novembro, o Studio-X Rio sediou o evento Quilombo do Presente / Quilombo do Futuro, que explorou o significado dos quilombos de hoje. Realizado na véspera do dia da Consciência Negra, o evento reuniu pesquisadores e profissionais das áreas de história, arte, arquitetura e urbanismo para compartilharem conhecimentos sobre o significado especial e simbólico dos quilombos no Brasil do século 21.

Originalmente, os quilombos eram comunidades de refúgio estabelecidas por escravos que fugiram como forma de resistência ativa e sobrevivência em meio ao brutal e longo período daescravidão no Brasil. O evento do Studio-X descreve: “O quilombo é tanto mito e realidade na sociedade brasileira. Desde a Constituição de 1988, ele existe como território reconhecido pelo poder público, mas desde o surgimento do movimento negro, também como símbolo da cultura afro-brasileira. Nessa véspera do Dia do Zumbi, o Studio-X assume o tema para perguntar o que significa o quilombo hoje, tanto como território físico e simbólico na paisagem rural e urbana – do interior do estado do Rio de Janeiro até o centro da cidade”. (mais…)

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‘PF encontra corpos de jovens que desapareceram após atirarem contra índios’

Por Wesley Santiago, em Olhar Direto

Os homens da Polícia Federal conseguiram encontrar, no último sábado (12), os corpos de Marciano Cardoso Mendes, 27 anos e Genes Moreira dos Santos, 24 anos, que desapareceram na última quarta-feira (09), após furarem um pedágio dos índios da etnia Enawenê Nawê, na BR-174, sentido Juína/Vilhena.

De acordo com as informações, o corpo dos homens foi encontrado em uma região de mata, próximo a aldeia indígena. A Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) confirmou ao Olhar Direto que os rapazes foram encontrados e que já passaram por exames de necropsia. Porém, não foi informada a causa da morte. (mais…)

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Funai e Iterpa se comprometem a respeitar acordo entre indígenas e quilombolas de Oriximiná

Resultado de recomendação oficializa acordo depois de três anos de debates entre os povos tradicionais. MPF em Santarém vai continuar acompanhando o caso.

MPF PA

 

A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto de Terras do Estado do Pará (Iterpa) se comprometeram com o Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) a respeitar acordo entre lideranças indígenas e quilombolas de Oriximiná, no noroeste do Pará, que resolve impasse relativo à sobreposição de áreas da comunidade quilombola de Cachoeira Porteira e da terra indígena Kaxuyana-Tunayana.

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Família quilombola consegue reintegração de imóvel rural ocupado em MG

No ConJur

Uma mulher de uma comunidade remanescente de quilombo obteve na Justiça a reintegração de posse de um imóvel rural em Rio Piracicaba, região central de Minas Gerais, que pertencia a duas famílias quilombolas, mas estava ocupado por terceiros. A decisão é do juiz da comarca, Espagner Wallysen Vaz Leite.

A mulher afirma que o terreno denominado Canangue, com 314 mil m2, foi invadido por um casal em maio de 2006. Os ocupantes teriam construído e reformado cercas, pintado porteiras e postes, colocado gado na plantação de eucalipto e causado prejuízos. (mais…)

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Eduardo Cunha barra indígenas, por Egon Heck

No Cimi

Mais um final de dia melancólico e revoltante no espaço dos Três Poderes. No estacionamento do Anexo II, uma cena que expressa o atual momento porque passa o país. Indígenas, depois de uma tarde toda de espera para participar de uma sessão de homenagem aos 20 anos da criação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, são constrangidos a uma improvisada sessão de desabafos diante de uma vergonhosa negativa de entrarem no plenário 9. Lá dentro, o cambaleante todo poderoso presidente da Câmara permaneceu irredutível diante das solicitações de entrada dos índios. “Estamos jogados que nem cachorro, diante dessa casa que foi construída com nosso dinheiro”, desabafou Gercília Krahô. (mais…)

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MPF denuncia ação etnocida e pede intervenção judicial em Belo Monte

Depois de extensa investigação, procuradores concluem que o projeto de desenvolvimento do governo brasileiro promove a destruição da organização social, costumes, línguas e tradições de povos indígenas

MPF PA

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial na Justiça Federal em Altamira em que busca o reconhecimento de que a implantação de Belo Monte constitui uma ação etnocida do Estado brasileiro e da concessionária Norte Energia, “evidenciada pela destruição da organização social, costumes, línguas e tradições dos grupos indígenas impactados”. A ação etnocida comprovada por longa investigação do MPF acaba por ser potencializada com a recente permissão de operação, por conta do descumprimento deliberado e agora acumulado das obrigações de todas as licenças ambientais que a usina obteve do governo.

Por isso, a ação do MPF pede também a decretação de intervenção judicial imediata, por meio de uma comissão externa, sobre o Plano Básico Ambiental do Componente Indígena de Belo Monte, o chamado PBA-CI, ou Programa Médio Xingu, que foi aprovado pelos órgãos licenciadores mas está sendo implementado de maneira totalmente irregular pela Norte Energia. A intervenção, de acordo com a proposta do MPF, promoveria a readequação dos programas e funcionaria como uma auditoria externa independente para garantir a transição da situação atual, de ilegalidade e ação etnocida (onde deveria haver mitigação e compensação), para uma situação em que o dinheiro público que financia a obra seja efetivamente usado em benefício dos povos afetados por ela. (mais…)

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Pernambuco diz não à PEC 215

Movimentos sociais e entidades da sociedade civil pernambucana chamam a criação da Rede de Monitoramento e Defesa de Direitos dos Povos Indígenas e Comunidade Tradicionais em Pernambuco.

Nós, organizações indígenas e indigenistas, movimento sociais e setores da universidade, vimos nos somar às organizações que nacionalmente tem se posicionado contra as sucessivas tentativas de desmonte dos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais; e de criminalização de organizações indígenas e indigenistas; que na atual conjuntura se expressam na PEC 215 e nas CPI’s do CIMI, FUNAI e INCRA. (mais…)

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Barrados por Cunha, indígenas participam de audiência do lado de fora da Câmara dos Deputados

Cimi

Na tarde de ontem, dia em que ocorria uma atividade em comemoração ao aniversário de 20 anos da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), impediu os indígenas dos povos Munduruku, do Pará (PA), e Xerente, Krahô, Avá-Canoeiro, Kanela de Tocantins, Karajá de Xambioá e Apinajé, do Tocantins (TO) de entrarem para participar da solenidade na qual eram convidados.

No início da tarde, os indígenas deslocaram-se até o anexo II da Câmara dos Deputados, onde ocorria a solenidade em homenagem aos 20 anos da CDHM, e onde ocorria também a sessão do Conselho de Ética que deveria decidir – após cinco adiamentos – pela continuidade ou arquivamento do processo que poderia levar à cassação do deputado Eduardo Cunha, por quebra de decoro parlamentar ao mentir, na CPI da Petrobrás, que não tinha contas no exterior. (mais…)

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“Retomadas são motivadas pela falta de perspectiva fora das terras tradicionais”, afirma Terena

CIMI

Inquirido durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o professor Alberto Terena, liderança da Terra Indígena Buriti, afirmou que a entidade não incitou ou financiou as retomadas realizadas pelo povo Terena nos municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. O depoimento foi colhido no final da tarde desta terça-feira, 8, no plenário da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.

O Terena também afirmou que o Cimi não orientou os indígenas para que desobedecem a reintegração de posse das áreas ocupadas, e refutou a acusação de que a entidade dá dinheiro aos indígenas para retomadas. (mais…)

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