Ha quinhentos anos atrás os portugueses invadiram nossas terras, deram o nome de Brasil a nosso território ancestral e apelidaram os nativos como índios, achando que tinham chegado a índia. Aí começou toda a desgraça contra os povos nativos, contra os verdadeiros guardiões dessa terra. Os portugueses enganaram, mataram, escravizaram, estruparam as nossas índias e dizimaram muitos povos.
Aqueles povos que não morreram foram forçados a fazer tudo que os portugueses queriam. Não falar mais nossa língua materna, obrigaram-nos a vestir roupas e não fazer mais nosso ritual sagrado, ou seja, querendo descaracterizar um povo que sempre teve sua própria cultura.
Hoje estamos exigindo nossos direitos, que sabemos que temos desde muito tempo bem antes da invasão. Mas também queremos lembrar nossos direitos que estão escritos perante a Constituição Brasileira, onde tem a obrigação de demarcar, homologar e desintruzar todo nosso território tradicional e ancestral. Território onde vivemos os índios e que em pleno século 21, nós Tupinambá de Olivença sofremos discriminação, preconceito e até ameaça de morte, sem nenhum respeito com nós índios que sempre tivemos nosso jeito de viver.
Agora os fazendeiros e o resto dos coronéis, falam que vivem nessa terra há 80 anos, mas eles esquecem que bem antes de Pedro Álvares Cabral invadir o Brasil, nós nativos chamados de índios da etnia Tupinambá, já habitávamos essas terras.
Governo, fazendeiros e coronéis não falam dessa dívida que tem com o povo Tupinambá de Olivença. Lembremos que em 1560 Men De Sá ordenou que matassem todos os Tupinambá de Olivença, o que ficou conhecido na história como a Batalha dos Nadadores no rio Cururupi, que significa rio dos sapos. Mas também ficou conhecido como rio de sangue porque a água do rio ficou vermelha como sangue. Centenas de corpos dos guerreiros Tupinambá foram colocados enfileirados no meio da praia. Quem não morreu fugiu.
Mesmo todo mal que os portugueses, fazendeiros e coronéis fazem contra nós índios Tupinambá de Olivença eles tem que saber que das árvores que eles derrubaram, ficaram muitas sementes e essas sementes brotaram e vem brotando a cada dia que passa.
A História do povo Tupinambá de Olivença que não está nos livros
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