Governo Federal revela que Luz para Todos atende a 113 mil quilombolas

O Luz para Todos, do governo federal, já levou energia elétrica a cerca de 13,6 milhões de brasileiros em todo o país. Os quilombolas fazem parte desta imensa massa de beneficiados pelo Programa. Até o mês de março, 22,6 mil famílias de descendentes de escravos foram atendidas pelo Programa, representando 113 mil quilombolas que saíram da escuridão.

Os quilombos eram os locais onde os negros fugidos das fazendas se escondiam e se isolavam do restante da sociedade. Muitos dos seus descendentes permanecem no mesmo local onde moravam seus antepassados, vivendo em condições que lembrava as do século passado. Com a chegada do Programa Luz para Todos, que atendeu às comunidades quilombolas de norte a sul do país, famílias quilombolas estão podendo mudar a página da sua história.

A chegada da energia elétrica proporciona melhor qualidade de vida aos moradores do meio rural. A comunidade remanescente de quilombo da fazenda Picinguaba, localizada no município de Ubatuba, São Paulo, é um exemplo vivo das mudanças que a luz levou ao local. Lá 49 famílias foram beneficiadas e tiveram as suas rotinas totalmente modificadas.

Com a luz elétrica a comunidade recebeu um telecentro com dez computadores para os jovens, onde fazem trabalhos escolares e pesquisas. Algo inimaginável para eles, até então. Os adultos também podem trabalhar à noite na casa de farinha aumentando a produção, e consequentemente a renda da comunidade. Até as festas tradicionais do quilombo ficaram melhores. “Antes da energia a festa tinha que ser durante o dia, hoje podemos aproveitar à noite, e elas duram a noite inteira”, diz a líder comunitária, Laura de Jesus.

A energia elétrica também trouxe economia para as famílias. Antes, os gastos com querosen e e vela somavam cerca de R$ 70,00 por mês. Hoje a média da conta de luz é de R$ 30,00. Além de ser mais caro, a lamparina exala fumaça nociva à saúde das crianças e dos adultos. “Quase perdi um neto por problema respiratório. Hoje eu e ele fazemos tratamento por causa da fumaça do querosene”, diz Laura, que lembra também que os problemas de pressão, antes comum entre os mais idosos, devido à necessidade de salgar carnes e peixes para que não estragassem, já é coisa do passado. Agora os alimentos perecíveis são guardados na geladeira. “A energia era um sonho de todos por aqui. Se perguntássemos para qualquer pessoa o que ela mais queria, a resposta era sempre luz. Luz na minha casa. E hoje isso não é mais sonho é a nossa realidade”, finaliza a líder comunitária.

De norte a sul do país, muitas mudanças estão acontecendo na zona rural. Mudanças proporcionadas a partir da chegada da energia elétrica, melhorando a qualidade de vida e oferecendo mais dignidade aos moradores do campo.

http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=db78aa9c06215807b385aefa8c2a18d6

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