Após polêmica, vereador propõe feriado da Consciência Indígena

Vereador diz que índios e suas culturas ainda sofrem preconceito (Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress)
Vereador diz que índios e suas culturas ainda sofrem
preconceito (Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress)

Proposta começou a tramitar na Câmara de Curitiba na segunda-feira (18). Feriado da Consciência Negra na cidade foi suspenso pela Justiça

Fernando Castro – Do G1 PR

Após a polêmica instaurada em torno da criação do feriado da Consciência Negra em Curitiba, o vereador Professor Galdino (PSDB) apresentou uma nova proposta de feriado. A proposta que transforma o dia 20 de janeiro em feriado da Consciência Indígena foi apresentada na segunda-feira (18) pelo parlamentar, dando início à tramitação na Câmara Municipal.

A apresentação da proposta ocorreu no mesmo dia em que o Superior Tribunal Federal (STF) manteve, provisoriamente, a decisão liminar da Justiça estadual de suspender o feriado da Consciência Negra – que seria celebrado pela primeira vez em Curitiba na quarta-feira (20). O pedido da suspensão partiu da Associação Comercial do Paraná (ACP), que alegou a possibilidade de prejuízos em virtude do fechamento do comércio. O mérito da questão deve ser julgado posteriormente pelo órgão federal.

“Se foram criados dias como o da Consciência Negra, por que não termos também o Dia da Consciência Indígena?”, justificou o autor da proposta. Para Galdino, a homenagem visa combater o preconceito que ainda existe conta a etnia e suas culturas. “Os indígenas brasileiros foram, em sua maioria, subjugados, agredidos e tiveram direitos arrancados arbitrariamente”, acrescentou.

Ainda segundo o vereador, a escolha da data faz referência à memória do índio Aymberê, um dos líderes da revolta dos tamoios, que ocorreu entre 1554 e 1567.

A partir da leitura em Plenário, a proposta deve seguir para instrução da Procuradoria Jurídica da Casa, e deve ainda passar por comissões do Legislativo antes de estar apta a ser posta em votação.

Comments (2)

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.