Por União – Campo, Cidade e Floresta
Na madrugada de 12 de novembro de 2013 Inauê e João Victor foram vítimas da Polícia. Foram presos, agredidos, algemados e encaminhados para o Centro de detenção Policial.
As prisões foram resultado da intervenção da tropa de choque na Universidade com o objetivo de reintegrar posse da Reitoria ocupada desde o dia 1 de outubro em protesto ao autoritarismo da burocracia e pela democracia universitária. No entanto, Inauê e João Victor foram presos fora da Reitoria, e a eles foram imputadas as acusações de formação de quadrilha, furto qualificado e depredação ao patrimônio público.
Trata-se de uma clara violação ao direito de organização e mobilização, orquestrada pelo Estado em conluio com a Secretaria de Segurança Pública, o Poder Judiciário e a Reitoria, transformando uma ação coletiva em defesa da universidade pública em quadrilheiros.
Essa ação expressa a tendência repressiva desfechada pelo Estado contra todos os que se levantam em defesa de suas reivindicações pelas questões mais elementares, como educação pública, saúde pública, moradia e transporte.
A Lei de segurança Nacional, a lei anti-máscaras, a Lei anti-greve, a recente reunião entre o ministro da justiça e os secretários de segurança de SP e RJ, de forma a modificar a legislação possibilitando o enquadramento individual de ações coletivas, tem demonstrado a centralização dos Estados em conter as massas que se radicalizam, tomando ruas, bloqueando avenidas, em resposta ao aumento da opressão.
O Comitê Estadual Contra a Repressão repudia veementemente a ação do Estado e de sua Polícia ao prender Inauê e João Victor. Defendemos o direito irrestrito a livre organização e manifestação. Defendemos os métodos de luta adotados pelos movimentos.
Nenhuma punição aos lutadores! Liberdade imediata a todos os presos políticos!
Pela Unidade na luta contra a repressão aos movimentos sociais que se levantam pelas suas reivindicações.
Assina:
Assembleia Geral da USP do dia 13 de outubro de 2013.