Grupo tomou parte do prédio na manhã desta quinta-feira. Entre as exigências estão reajuste salarial e definição de carga horária
Lucas Rage e Luiz Ribeiro – O Estado de Minas
Cerca de 300 professores da rede municipal de ensino ocuparam dois andares da prefeitura de Montes Claros na manhã desta quinta-feira. Segundo informações da Polícia Militar, a invasão aconteceu pela manhã foi pacífica e durou cerca de duas horas.
O sindicato dos servidores municipais de Montes Claros faz reivindicações como o plano de carreira, nomeação de concursados, correção dos pisos salariais e reajuste da carga horária da categoria. “O prefeito precisa democratizar sua relação com os servidores municipais no lugar de manter essa relação unilateral”, afirma Valmore de Souza, diretor do sindicato.
De acordo com o sindicato, a prefeitura não respondeu às exigências feitas pelo sindicato em maio. “Esperamos 60 dias por um posicionamento do prefeito e não recebemos nada”, diz Souza.
Em nota, a prefeitura de Montes Claros afirmou “reconhecer toda e qualquer manifestação pacífica como legítima representação dos anseios comunitários, a exemplo do que ocorreu em todo o país”. Ficou agendada uma reunião entre o sindicato e a administração do prefeito Ruy Muniz para sexta-feira, às 8 horas.
Movimentos sindicais e sociais ocupam a Codevasf
Manifestantes ocuparam a sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Montes Claros, Norte de Minas, na manhã dessa quarta-feira.
Segundo informações da PM, um grupo de aproximadamente 300 pessoas – formado por integrantes de movimentos sindicais e sociais como o MST, CUT, Movimento dos atingidos pela Barragem (MAB) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) – tomou o prédio na manhã da quarta-feira.
Entre as exigências estão a negociação coletiva em relação à desapropriação de terras para construção da barragem do rio Jequitaí, no mesmo município, e o reassentamento de 300 famílias dos municípios de Janaúbe e Nova Porteirinha desapropriadas pelo Projeto Gorutuba. As duas iniciativas são de autoria da Codevasf. Os manifestantes afixaram bandeiras com palavras de ordem na fachada da companhia, e o movimento é pacífico.
De acordo com Tatiane de Souza Gomes, que participa do protesto e se apresentou como representante do movimento, uma vídeo conferência teria sido marcada, e envolveria dez manifestantes e sete representantes da Codevasf, para debaterem a respeito de uma pauta de reivindicações. A possibilidade foi rejeitada pelo movimento.
O grupo formou uma comissão para ir a Brasília conversar com representantes do Governo Federal. Os manifestantes viajarão em um veículo disponibilizado pela própria Codevasp. A decisão resultou no fim da ocupação nesta quinta-feira, após mais de 30 horas de protestos.
Ato público
A partir das 17h, aconteceu um ato público envolvendo movimentos sindicais e sociais da região. A concentração acontece na Praça Doutor Carlos, Região Central de Montes Claros, e os organizadores da manifestação não divulgaram o percurso.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.