O maior festival de mulheres negras da América Latina chega à sua 8ª Edição. Com realização da Griô Produções, o Festival, neste ano de 2015, celebra a produção cinematográfica negra e tem como casa o Cine Brasília.
Território Cultural
A edição 2015 do Festival Latinidades acontece entre os dias 22 e 26 de julho, no Cine Brasília, regido pelo tema “O Cinema Negro”. E tem como objetivo debater o protagonismo e a representação das mulheres negras no cinema, colocando-as no centro de debates sobre políticas públicas para o audiovisual.
Produtoras, roteiristas, atrizes, editoras, dubladoras, câmera-women… Quantas são conhecidas? Quantas atuam no mercado? Que produção cinematográfica vem sendo produzida na diáspora negra? Quais são os circuitos e canais onde é possível acessar esta produção? Como está representada a mulher negra no cinema atual? Afinal, o que seria o cinema negro?
Estes são alguns dos temas que serão debatidos em seminários e mesas-redondas que compõem as 10 atividades formativas desta edição, que estão com suas inscrições prorrogadas até o dia 10 de julho, sexta-feira, e podem ser feitas através do site do Latinidades. Todas as atividades do Festival acontecerão no Cine Brasília e têm entrada franca, respeitando as inscrições e lotação da sala. Despesas com traslados, hospedagem e alimentação serão de responsabilidade das/os participantes.
Convidada como conferencista especial, está a Dra. Yaba Blay, no dia 22/07, a partir das 17h. Yaba Blay é professora universitária, produtora e editora. Como pesquisadora e etnógrafa, Yaba apresenta suas narrativas pessoais e sociais para questionar entendimentos hegemônicos sobre culturas e identidades. Como produtora cultural, utiliza imagens com o propósito de gerar consciência, incitar o diálogo e inspirar outras pessoas para a ação e a transformação.
Seus interesses de pesquisa mais amplos estão relacionados à estética cultural e a práticas estéticas, e mais especificamente, a respeito das identidades negras globais e de corporificação, com especial atenção a políticas de cabelo e da cor da pele. Blay é hoje uma das principais vozes sobre colorismo e políticas globais de cor da pele.
Programa formativo com inscrições abertas para:
22 de julho, quarta-feira
10h – Mesa de abertura: Cultura e Educação: interações no combate ao racismo e na valorização de identidades negras
15h – Mesa: Afinal, o que é cinema negro?
17h – Conferência especial: Dra. Yaba Blay
23 de julho, quinta-feira
10h – Mesa: A internet como território negro: afroimaginários, diálogos e resistência
15h – Mesa: Representações de Mulheres Negras no cinema
17h – Mesa: Encontros, mostras e festivais: difusão da produção cinematográfica e audiovisual negra e africana
24 de julho, sexta-feira
10h – Mesa: Narrativas de Mulheres Negras
15h – Mesa: Estéticas da periferia
17h – Mesa: Rotas e roteiros: produção audiovisual e literatura
26 de julho, domingo
17h – Oficina de danças Afro-brasileiras, com Renata Lima
À tarde e à noite, curtas e longas-metragens serão exibidos na grande tela do Cine Brasília. As sessões de curtas terão início sempre às 14h, de quarta a sexta, quando serão exibidas 10 produções cubanas e brasileiras. E à noite, serão exibidos os longas “My Nam is Now”, estrelado por Elza Soares; “Nos Bastidores da Fama”, da diretora Gina Prince-Bythewood; “I Love Kuduro”, com as estrelas angolanas do ritmo Kuduro; “Njinga – Rainha de Angola”, que conta a vida da lendária figura angolana, Ginga Mbandi; e “Jogo de Corpo – Capoeira e Ancestralidade”, uma produção cinematográfica conjunta do Brasil e Namíbia.
Serviço:
Festival Latinidades, 8ª Edição
Cine Brasília (EQS 106/107 – Asa Sul, Brasília – DF)
De quarta, 22/07, a domingo, 26/07/2015
Entrada franca para todas as atividades
Programação: http://www.afrolatinas.com.br/
Informações: http://www.afrolatinas.com.br/contato/
Classificação indicativa: Livre para todas as atividades
Sobre o Festival
Sediado no Distrito Federal, o Latinidades foi criado em 2008 para comemorar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, 25 de julho. Ao longo de sete anos, o Festival trouxe importantes temas relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça, colocando a cultura negra da diáspora em visibilidade.
A cultura é espaço estratégico e mobilizador dos temas tratados, o projeto envolve diversas linguagens artísticas, formação, capacitação, empreendedorismo, economia criativa e comunicação. Além do seu caráter internacional, a proposta está alinhada com a ampliação de possibilidades de circulação e diálogos entre cidades, pois realiza ações nas Regiões Administrativas do DF e tem recebido convites para fora e Brasília e do Brasil. O acesso a toda a programação é gratuito.
Retrospectiva
2008 – Nasce o festival com dois debates e algumas apresentações culturais para marcar o Dia da Mulher Afro-Latino Americana e Caribenha.
2009 – O festival discute a mulher negra nos meios de comunicação com uma tarde de debates e uma noite de shows.
2010 – Desta vez o tema foi Censo e Políticas Públicas para Mulheres Negras e as discussões deram origem a uma publicação-referência, em parceria com a Conferência do Desenvolvimento, promovida pelo Ipea. Os shows aconteceram na Esplanada dos Ministérios.
2012 – Juventude Negra foi o tema que deu origem à uma série de atividades no ano de 2012, trazendo palestrantes de grande representatividade. Os shows, debates e a feira afro em parceria com a maior feira de cultura negra da América Latina, a feira Preta, reuniram em uma semana cinquenta mil pessoas no complexo Cultural da República.
2013 – Arte e Cultura Negra – Memória Afro-descendene e Políticas Públicas foi o tema que movimentou debates, palestras, recitais e lançamentos literários e agregou, mais uma vez, cinquenta mil pessoas. A participação internacional se intensificou, com a presença de representantes de Cuba, Colômbia, Nigéria, Zimbabwe, África do Sul, Estados Unidos, Congo, Holanda, Nicaragua e Inglaterra.
2014 – Sob o tema Griôs da Diáspora Negra, o Festival Latinidades chegou ao auge de público e alcance internacional, com sete dias de atividades e a participação de palestrantes como a ex Pantera Negra Angela Davis, a socióloga norte-americana Patricia Hill Collins e as escritoras Shirley Campbel (Costa Roca) e Paulina Chiziane (Moçambique). Artistas de todas as regiões brasileiras, Estados Unidos, Canadá, Guadalupe, Haiti e Panamá.
Informações à imprensa:
Rodrigo Machado
Território Cultural – Assessoria de Comunicação
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