População representa 53% das matrículas dentro do programa Brasil sem Miséria do Ministério do Desenvolvimento Social desde 2011; Mulheres representam 68% das matrículas
“Hoje eu não trabalho para ninguém, só para mim mesmo”, orgulha-se Maria Júlia Vieira de Carvalho, 34 anos. A vida da maranhense de Buriti Bravo começou a mudar depois que ela fez o curso de pedicure e manicure pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “É bom ganhar um dinheirinho e melhorar a vida. Eu quero agora fazer o curso de cabelereira”, completa.
As ações de inclusão produtiva do governo federal apresentam resultados positivos na área de qualificação profissional entre a população negra. 53% dos cursos oferecidos pelo programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) dentro do Brasil sem Miséria são feitos por negros. Do total de matrículas registradas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), cerca de 1,75 milhão desde 2011, 919,7 mil foram feitas por negros. O programa é custeado por recursos federais e tem cursos ministrados pelo chamado Sistema S: Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Sesc (Serviço Social do Comércio), além de institutos federais e redes estaduais.
Segundo dados do relatório do Plano Brasil sem Miséria, divulgado pelo MDS, 68% das inscrições da população negra são de mulheres. Outro dado apontado pela pesquisa registra um aumento do número de jovens que participam do programa: 49% das inscrições são de negros e negras com idade entre 18 e 29 anos.
Entre 2011 e 2014, 3.623 municípios registraram matrículas em 637 cursos. Os mais procurados são auxiliar administrativo, operador de computador, eletricista, costureiro, manicure e pedicure, recepcionista, pedreiro de alvenaria, vendedor, auxiliar de recursos humanos, almoxarife, cuidador de idosos, entre outros.
Fonte: Portal Brasil