Mostra África Hoje 3ª Edição / 2014 começa terça-feira, 04/11, no Rio e em São Paulo

Mostra de documentários áfrica hojePor Luciana Hees, Curadora da Mostra

Ao olharmos o mapa-múndi, deparamo-nos com o continente africano ao centro. E ao centro também do nosso imaginário, mas ainda à margem dos nossos conhecimentos. Os livros infantis contribuem para fantasias da África das quais desvencilhamo-nos com facilidade —  hipopótamos cor de rosa e leões amarelos. Mais difícil é desvencilharmo-nos das idéias que vão sendo construídas pela mídia de massa. Repleta de clichês que nos são transmitidos, seja pelos documentários atuais de Safáris, sempre apresentando as tensões da vida animal africana, seja pelos filmes etnográficos, mostrando povos em áreas tão remotas quanto estão alguns dos nossos povos do Xingu. Este imaginário está, aos poucos, modificando-se, e é com propostas como a Mostra África Hoje, fora do grande circuito, que esta mudança torna-se possível. (mais…)

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Cientistas creem em relação entre falta de água e saudade da ditadura em SP, por Leonardo Sakamoto

Em foto de março de 2014, Técnico monitora nível baixo de represa do sistema Cantareira, na Grande São Paulo.  Seria bom ter uma foto atual, já que a situação só fez piorar desde então. Foto: Moacyr Lopes Junior, Folhapress.
Em foto de março de 2014, técnico monitora nível baixo de represa do sistema Cantareira, na Grande São Paulo. Foto: Moacyr Lopes Junior, Folhapress.

Leonardo Sakamoto

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biosociais da Universidade de São Paulo afirmam que metais pesados presentes na água do volume morto do reservatório da Cantareira podem ser responsáveis por surtos de amnésia coletiva em parte da população. A perda de memória estaria relacionada às partes do cérebro responsáveis pelo armazenamento das aulas de história.

Essas substâncias, absorvidas durante atos simples como escovar os dentes ou tomar banho, atuariam nos receptores dos neurônios, impedindo sinapses e levando o indivíduo a ignorar o passado e produzir discursos desprovidos de razão.

O volume morto é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas do sistema Cantareira. Conhecida também como “reserva técnica”, essa água nunca havia sido utilizada antes para atender a população e cientistas temiam seus efeitos nocivos.

O estudo aponta que o efeito é potencializado quando os metais pesados do volume morto são combinados com outros produtos químicos, como os presentes em potes de iogurte grego premium e drinks feitos com Aperol. Nesses caso, os pesquisadores têm registrado significativa diminuição na capacidade de empatia com o sofrimento alheio. (mais…)

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Urgente: Notícias sobre o Plano para a Implementação do Comunismo no Brasil, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Às 10h da noite do dia 22 de junho, um grisalho senhor com um pesado casaco preto e uma elegância parada no tempo tocou a campainha e me entregou um envelope. Logo depois, sumiu num táxi velho. No envelope, um documento rasgado que levou muito durex para ser recuperado. Surpresa, os paranóicos tinham razão: era um relatório de andamento da etapa 12 do Plano para a Implementação do Comunismo no Brasil.

No dia seguinte, publiquei-o aqui neste espaço. Houve espanto e ranger de dentes.

É claro que isso não ficaria impune e, nas semanas seguintes, fui seguido.

Um Lada Niva vermelho, com insulfilm nas janelas, passou dois meses estacionado, todas as noites, do outro lado da rua. Parado, estático, desesperador. Uma menininha veio até mim enquanto eu corria no parque do Ibirapuera. Disse que se chamava Rosa e passou um recado: “você sabe que não deveria ter feito isso”. Depois, perseguindo um labrador caramelo, desapareceu. E só percebi em casa que, junto com a receita para dada pelo médico, havia um postal de Havana e, nele, escrito: “La muerte nos llega a todos”. Sem contar que o cobrador da linha Vila Iório – Terminal Pinheiros cantarola a Internacional Socialista quando me vê cruzar a sua catraca.

Eles estão em todos os lugares.

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Na noite deste 31 de outubro, a campainha novamente soou, o que fez minha espinha gelar. O mesmo senhor grisalho com o mesmo casaco preto estava na porta com outro envelope na mão. Atirei contra ele um rosário de perguntas, às quais tive o silêncio como resposta. Gritei: “Por que eu? Por quê?” Sabia que aquilo ia me colocar em uma enrascada, mas não pude deixar de pegar o envelope e viver o déjà vu de vê-lo entrar no mesmo táxi velho e desaparecer.

Não sei se me deixarão livre depois disso. Mas, que se dane! Cansei de viver com medo.

Novamente peço que gaste alguns minutos para ler o conteúdo do envelope. Se não for por você, que seja por seus filhos e netos. (mais…)

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