Ibama flagra extração ilegal em área indígena e apreende 1,3 mil toras em MT

Flagrantes ocorreram ao longo do mês de outubro na região de Juara. Foto: Ibama - MT
Flagrantes ocorreram ao longo do mês de outubro na região de Juara. Foto: Ibama – MT

Operação foi realizada na área indígena Apiaká-Kayabi, na região de Juara. Quatro pessoas foram presas e o valor de R$ 2 milhões em multa aplicado.

G1 MT

Mais de 1,3 mil toras de madeira, maquinários e equipamentos agrícolas foram apreendidos por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na área indígena Apiaká-Kayabi, localizada na região de Juara, a 690 km de Cuiabá. De acordo com a assessoria do Ibama, quatro pessoas foram detidas em flagrante no local em uma operação no município durante o mês de outubro após suspeita de que a área servia como ponto de extração ilegal de madeira.

Foram apreendidos cinco caminhões, uma pá carregadeira, dois tratores de pneus, um trator de esteira, duas caminhonetes e duas motocicletas. Também cinco motosserras, duas armas e munições de vários calibres. Segundo o Ibama, os motoristas instalaram rádios nos caminhões e nos tratores para se comunicarem com membros da quadrilha alertando sobre o monitoramento dos fiscais na região. Dessa forma, conforme o chefe de fiscalização em Juína, Edilson Fagundes, a equipe realizou campana pela estrada de acesso que fica nos fundos da área indígena. “Quando a quadrilha foi alertada, as viaturas já estavam no interior da terra indígena”, relatou.

Porém, cinco caminhoneiros que estavam no local, juntamente com o responsável pela retirada da madeira, conseguiram fugir pela mata ao perceberem a chegada dos agentes. Outros quatro que também estavam na área foram detidos. Todos os equipamentos apreendidos foram encaminhados ao pátio do Ibama em Juína, cidade a 737 km da capital.

Ainda foram aplicados quase R$ 2 milhões em multas, valor oriundo de autuações feitas pelos ficais ao proprietário da área vizinha à terra indígena e aos donos dos maquinários, que foram identificados posteriormente. A assessoria do Ibama informou que as investigações continuam para verificar a suspeita de envolvimento de empresários do ramo madeireiro em Juara e no interior de São Paulo. Até o momento não há indícios de participação de indígenas no esquema de extração ilegal.

Fiscais montaram campana em área indígena após denúncia. Foto: Ibama - MT
Fiscais montaram campana em área indígena após denúncia. Foto: Ibama – MT

Cinta Larga
Em outra operação do Ibama, no mês de outubro, com o apoio da Polícia Militar Ambiental do estado, na terra indígena Aripuanã, da etnia Cinta Larga, também foi flagrada extração de madeira ilegal. Os ficais encontraram um trator florestal, uma pá carregadeira e uma motocicleta. Os motoristas que estavam no local conseguiram fugir, no momento em que os fiscais chegaram.

De acordo com a assessoria do Ibama, a exploração de madeira era realizada rapidamente, não havia estoque na mata. Somente os tocos foram encontrados junto às trilhas de arraste. A retirada de madeira da terra indígena Aripuanã, na região conhecida como Pavorosa, no município de Aripuanã, distante 976 km de Cuiabá, já havia sido constatada no ano de 2013. Os fiscais tentaram rastrear a madeira para identificar as empresas envolvidas no esquema, entretanto, os equipamentos, como as câmeras e rastreadores, foram localizados e destruídos pelo grupo criminoso. Além disso, os agentes foram cercados e ameaçados pelos índios quando estavam saindo da área.

Trator foi queimados pelos agentes após o proprietário não ser encontrado. Foto: bama - MT
Trator foi queimados pelos agentes após o proprietário não ser encontrado. Foto: bama – MT

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.