Amanhã, dia 29 de abril de 2014, 120 quilombolas da comunidade de Brejo dos Crioulos estarão em BH, no TJMG, para a defesa dos irmãos presos desde 2012. Haverá uma audiência, às 13h. Os 120 quilombolas sairão de Montes Claros hoje e, ao chegarem, irão direito para o TJMG onde passarão o dia de amanhã e voltarão à noite. Portanto, aqueles que puderem levar: frutas, sanduíches, garrafas de café, água, suco, etc. serão muito bem vindos. Lembrando que essa doação poderá ocorrer tanto no período da manhã quanto da tarde. O endereço do TJMG é: Rua Goiás, 229 – Centro. Chegando ao local podem procurar por: Paulo ou Alexandre da CPT, Rosely, Sãozinha ou Marlicéia da Recid. Mais informações ligar para: 8763.9787 (Rosely); 85678574 (Saozinha); 9984.9310 (Marlicéia). Veja relato abaixo
VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
Deparamos, até hoje, com reiterados casos de violência no território do Quilombo Brejo dos Crioulos, cujas forças antagônicas às desapropriações do território de 17.302,00 ha (dezessete mil trezentos e dois hectares), descrevem um modus operandi muito claro, no que tange à formação de milícias armadas e financiadas pelos latifundiários descontentes com a titulação das áreas inseridas no perímetro territorial do quilombo, bem como a total inércia da justiça local em punir os fazendeiros e seus jagunços.
No início de 2011, após o atentado contra uma das lideranças dos quilombolas, o Edmilson de Lima Dutra (Coquinho), que quase faleceu em decorrência das facadas que levou, desferidas pelo jagunço do fazendeiro Raul Ardito Lerário, de nome, Roberto Carlos Pereira, a Delegada de Policia, Dra Andrea Pochmann, investigou e indiciou a milicia de latifundiários, pedindo, inclusive, a busca e apreensão de armas e a prisão preventiva de todos os pistoleiros e mandantes. Restou frustrada as diligências da Polícia Civil (com colaboração da equipe da Policia Federal de Montes Claros), uma vez que o MPe local e o Juiz da Comarca de S. J. da Ponte/MG, denegaram o pedido de prisão da jagunçada.
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