A Nova Democracia — Na tarde de do dia 2 de abril, a reportagem de AND foi ao morro do Cantagalo apurar denúncias de que dois moradores teriam sido baleados por policiais a paisana. Um deles morreu. Quando chegou ao local, nossa equipe se deparou com os resquícios de uma revolta popular em repúdio ao crime. No local, conversamos com a líder comunitária Deise Carvalho. Ela e outros moradores que preferiram não se identificar disseram que o jovem que morreu recebeu sete disparos. Já o rapaz que estava sentado ao seu lado foi alvejado duas vezes, no braço e na nádega e não corre risco de morrer. Segundo moradores, os atiradores utilizaram um silenciador para não chamar a atenção.
Deise contou à reportagem de AND que milicianos estão dominando a favela e já ouviu testemunhas dizerem que reconheceram os atiradores como policiais da UPP. Ela nos levou em locais de reunião da milícia conhecida como Liga da Justiça. Pichações nas paredes revelam o tom da quadrilha, conhecida por ter policiais e militares das forças armadas em suas fileiras.